Fogo: Intercâmbio fortalece a base do judo cabo-verdiano – presidente da federação

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Fogo: Intercâmbio fortalece a base do judo cabo-verdiano – presidente da federação
28/08/25 - 01:23 pm

São Filipe, 28 Ago (Inforpress) – O presidente da Federação Cabo-verdiana de Judo, João Carlos Tavares Fidalgo, destacou hoje a importância do intercâmbio desportivo realizado na ilha do Fogo como um passo fundamental para o fortalecimento e expansão da modalidade.

O intercâmbio de judo, que reuniu, durante uma semana na escola Pedro Pires em Ponta Verde, atletas do judô das ilhas do Fogo, Maio e Santiago (norte e sul) para reforçar a capacitação de atletas, foi encerrado hoje pelo presidente da federação, cuja presença visa transmitir confiança para o desenvolvimento da modalidade.

A iniciativa, realizada na última quinta-feira na escola secundária Pedro Verona Pires, no quadro do intercâmbio, é uma base para projectar atletas desde as categorias infantis até os seniores, referiu o presidente da federação.

“Precisamos aumentar e densificar o judo nas regiões desportivas. O Fogo tem uma população jovem e este tipo de intercâmbio é uma base sólida para formar futuros campeões e consolidar o judo como uma modalidade inclusiva e estruturante”, afirmou João Carlos Tavares Fidalgo que destacou a vertente educativa e social do intercâmbio.

“Acredito que essa experiência, além da troca técnica, valoriza a amizade, o espírito de equipa e ajuda na formação de cidadãos. É uma oportunidade para promover o judo nas escolas, especialmente nas secundárias, onde há espaço físico e motivação dos professores e monitores”, disse.

Segundo o presidente da Federação Cabo-verdiana do Judo, o projecto conta com desafios, como a limitação de espaços e equipamentos, mas o engajamento local tem sido positivo e com o envolvimento das escolas e com apoio do Instituto do Desporto e da Juventude (IDJ), poderá integrar o judo ao desporto escolar e à Olimpíada Nacional do Desporto.

O presidente enfatizou a necessidade de garantir sustentabilidade para o desenvolvimento da modalidade, com mais apoio logístico, formação de técnicos e protocolos de cooperação com entidades nacionais e internacionais.

“Não podemos depender apenas da boa vontade. Precisamos de treinadores motivados, sim, mas também recompensados. O judo, como qualquer outro desporto, exige recursos, equipamentos como ‘tatamis’ que não são baratos, e tudo isso deve ser pensado com foco no futuro”, advogou o presidente federativo.

João Carlos Fidalgo reforçou que a base sólida é essencial para formar atletas de elite e lembrou que nem todos estarão no topo da pirâmide, mas com uma base forte, é possível ter os melhores representantes nacionais e internacionais.

“O judo forma campeões não só no ‘tatami’, mas na vida”, sublinhou João Carlos Tavares Fidalgo que lembrou que o judo ajuda a ter bom comportamento.

Questionado se a ilha do Fogo tem condições para receber competições de carácter nacional, o presidente da federação elogiou o potencial da ilha e afirmou que sempre que visita a ilha percebe algo especial, um ambiente calmo, culturalmente rico e com juventude disponível.

“Se criarmos as condições e envolvemos a sociedade, podemos transformar essa energia em resultados concretos para o judo cabo-verdiano”, disse a mesma fonte que acrescentou que a ilha tem condições para receber provas nacionais desde que os espaços físicos sejam adequados, dotados dos equipamentos e mobilizar a sociedade em torno desse valor.

JR/HF

Inforpress/Fim

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