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Xi Jinping diz a Putin que China e Rússia vão preservar a justiça no mundo

Basquetebol/Santiago Sul: Prédio e ABC partem em vantagem para a final em sénior masculino

Teatro em línguas minoritárias leva Marrocos, Galiza e Cabo Verde a Barcelos

CPLP tem condições para liderar ratificação do acordo para conservação do alto mar

Primeiro-ministro eslovaco estável, mas em estado muito grave

Ex-eleita municipal do PAICV diz que governação de Ulisses Correia e Silva “está a dar cabo do país” - eleita do MpD contrapõe

Cidade da Praia, 15 Mai (Inforpress) - A ex-eleita municipal do PAICV (oposição), no Sal, Kátia Carvalho, asseverou hoje que a governação de Ulisses Correia e Silva “está a dar cabo” do país, mas a líder da bancada do MpD (poder), Luísa Fortes, contrapõe.

Kátia Carvalho rompe o silêncio após algum tempo ausente da política, mas “atenta” ao cenário político no país, tecendo duras críticas à governação do Movimento para a Democracia (MpD), liderado por Ulisses Correia e Silva, no seu terceiro ano do segundo mandato.

“O Governo não pode continuar na sua bolha, a pensar que com os seus discursos vai iludir os cabo-verdianos. Está a dar cabo deste país, está a dar cabo das pessoas que poderiam estar a trabalhar para recuperar este país porque está a estragar a sua autoestima”, criticou, acrescentando, por outro lado, que as famílias estão “sobrecarregadas e esgotadas”.

“Os salários não chegam para fazer o básico para o sustento das famílias, e é claro que surgem outras formas alternativas das pessoas se sustentarem e pôr comida na mesa. O impacto é grave, e a médio curto prazo teremos muitos problemas neste país”, analisou.

Considerando que a eliminação da pobreza e da pobreza extrema é um objectivo de Cabo Verde desde o primeiro Governo em 1975 e dos sucessivos governos, Kátia Carvalho entende que para se conseguir esse objectivo é preciso trabalhar, e questiona sobre quais eram os indicadores da pobreza em 1975, 1990, em 2000 e hoje. 

“Temos que saber acompanhar isso, e trabalhar com medidas de políticas, medidas macro de carácter universal, depois para os grupos de risco, e depois minimizar, nós não estamos a fazer isso… estamos a implementar medidas avulsas e com carácter eleitoralista. Não podemos ter medo de dizer isso”, aguçou, salientando que o povo cabo-verdiano quer recursos para resolver os seus problemas.

“Eu já não quero ouvir a rádio, a televisão para acompanhar as questões do país porque estou farta e sinto-me desgastada a ouvir os governantes a falar como se estivessem noutro país (…). Vamos trabalhar com seriedade, caso contrário os impactos serão ainda piores daqueles que já estamos a sentir”, exteriorizou.

Opinião contrária tem a deputada Luísa Fortes, líder da bancada do Movimento para a Democracia (poder), ainda no activo, embora admita que “nem tudo foi positivo” no segundo mandato de Ulisses Correia e Silva que enfrentou, conforme sublinhou, “momentos difíceis” motivados pela pandemia da covid-19, associada à situação de seca e guerra na Ucrânia.   

“O Governo teve um papel extraordinário no combate à pandemia da covid-19. Foram momentos difíceis, mas Cabo Verde teve resiliência e capacidade para fazer face e ultrapassar a crise”, manifestou, enfatizando que sobre isso “ninguém poderá ter dúvidas”.

Luísa Fortes lamenta, entretanto, aspectos menos conseguidos, nomeadamente a situação dos transportes tanto aéreos como marítimos.

“Não podemos esconder esse lado negativo da governação. Na verdade, as coisas não têm corrido de forma desejada, relativamente ao sector dos transportes, mas acreditamos que o Governo tem feito de tudo para resolver essa situação”, reconheceu.

Considerando que nada nem ninguém é perfeito, a mesma fonte disse que apesar de todas essas “dificuldades e tribulação” a nível da governação, “tem havido uma vontade enorme de se fazer diferente”.

“Nem sempre as coisas correm como a gente quer ou as pessoas desejam, mas tem havido uma vontade titânica para transformar Cabo Verde num país desenvolvido e de oportunidades. O Governo de Ulisses Correia e Silva tem feito o melhor para o povo cabo-verdiano”, enfatizou, reiterando que a prioridade das prioridades é a resolução do problema dos transportes, e a criação de emprego no país.

Confrontada com as declarações de Kátia Carvalho, Luísa Fortes escusou-se a fazer quaisquer comentários a propósito, referindo, apenas que Cabo Verde é um arquipélago com os seus próprios desafios e cada ilha com as suas exigências.

SC/CP

Inforpress/Fim

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Défice público cai para 0,03% e dívida pública para 107,9% no primeiro trimestre de 2024

Cidade da Praia, 15 Mai (Inforpress) - Os resultados das contas do primeiro trimestre de 2024 divulgados hoje apontam para uma redução do défice em Cabo Verde para 0,03% e da dívida pública para 107,9%, uma queda de 4,4% face ao mesmo período de 2023.

Conforme o documento partilhado hoje com a imprensa, Cabo Verde registou resultados positivos e uma melhoria significativa na execução orçamental no primeiro trimestre deste ano, com os indicadores a demonstrarem uma evolução consistente na gestão das finanças públicas do país.

O défice passou de 0,2% no primeiro trimestre de 2023 para 0,03% no primeiro trimestre de 2024, uma diminuição, que, segundo o Governo, reflecte um controlo mais eficiente das despesas e um aumento nas receitas.

De acordo com os resultados das contas do Estado, o saldo corrente primário apresentou uma melhoria considerável, com um valor positivo de 2.264,7 milhões de escudos, equivalente a 0,8% do PIB, valor superior ao registrado ao mesmo período de 2023, quando alcançou 1.340,3 milhões de escudos, representando 0,5% do PIB.

O documento realça também o desempenho positivo do saldo global primário, que atingiu o montante de 1.161,4 milhões de escudos, ou seja, 0,4% do PIB, superando os 792,8 milhões de positivos registados no ano passado, que foi de 0,3% do PIB.

No que se refere às receitas, os dados mostram que houve nos primeiros três meses deste ano um aumento significativo de 11,9%, ou seja, correspondente a 1.645,4 milhões de escudos, um crescimento, que segundo o Ministério das Finanças, foi impulsionado principalmente pelo aumento na arrecadação de impostos, que registou um aumento de 11,2%, e nas outras receitas, que apresentaram um aumento de 23,7%.

Em contrapartida, houve um aumento de 5,3% nas despesas face ao período homólogo de 2023, impulsionado principalmente pelas despesas com aquisição de bens e serviços, transferências, benefícios sociais e outras despesas.

De acordo com o executivo, a execução dos investimentos líquidos em activos não financeiros registou um crescimento expressivo de 77,6%, o que indica um aumento nos investimentos em infraestrutura e desenvolvimento.

O relatório destaca também a redução da dívida pública, que passou de 112,3% para cerca de 107,9% do PIB, uma diminuição de 4,4 pontos percentuais, que reflecte os esforços do país em promover uma gestão sustentável da dívida.

MJB/CP

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Metereologia

VÍDEOS

Fogo: Presidente da ACLCVBG diz que estudos em curso e por realizar darão uma ideia mais precisa da situação de VBG no país

São Filipe, 15 Mai (Inforpress) – A presidente da Assembleia-geral da ACLCVBG disse hoje, em São Filipe, que os estudos em curso e alguns que serão realizados posteriormente poderão dar uma ideia mais precisa da situação da violência baseada no género (VBG) no país.

A presidente da Assembleia-Geral da Associação Cabo-verdiana de Luta Contra a Violência Baseada no Género (ACLCVBG), Antonieta Martins, fez estas referências à margem da conferência internacional sobre a VBG realizada hoje na cidade de São Filipe ao ser questionado sobre a existência de dados que colocam o Fogo como a ilha com maior taxa de VBG.

“Tenho muito cuidado em dizer que é na ilha do Fogo que há mais VBG. Pode ser que no Fogo haja maior consciência e orientação e as instituições estejam mais sensibilizadas para fazer notificação e reportagem de tudo que acontece aqui”, destacou Antonieta Martins.

A ilha do Fogo, explicou, tem neste momento mais denúncias que outras localidades, sublinhando que os dados apresentados na conferência e que foram questionados indicam que realmente houve uma diminuição de denúncias nas outras paragens do país.

Antonieta Martins salientou que não se pode afirmar com segurança que seja a ilha do Fogo a encabeçar a taxa de VBG, mas os dados disponíveis a nível nacional apontam que na ilha do Fogo há uma maior denúncia e isso pode resultar de um maior registo e notificação dos dados e maior consciência da população para denunciar.

A mesma fonte admitiu que houve eventos, nos últimos meses, que chamaram atenção para a ilha do Fogo, mas isso pode não ser a regra, acrescentando que é preciso analisar os dados antes de rotular que a ilha encabeça a taxa de VBG porque isso também tem os seus perigos.

A conferência sobre a VBG concluiu pela necessidade de divulgação dos dados das instituições de recolha de dados para conhecer melhor o contexto da ilha, mas também do país.

Igualmente destacou a necessidade de melhorar a coordenação entre as instituições que actuam na área da VBG porque se constata uma deficiente coordenação e articulação entre as instituições e parceiros que trabalham com a igualdade de género e o combate à VBG, a necessidade de mais psicólogos para o atendimento e o seguimento das vítimas e agressores da VBG.

A conferência concluiu por outro lado da necessidade de continuar a reflectir sobre a realidade da ilha do Fogo, sobre as políticas implementadas, da procura de experiências e parceiros internacionais e a partilhar das estratégias de combate à VBG para vencer os desafios na promoção da igualdade entre homens e mulheres.

JR/HF

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Teatro em línguas minoritárias leva Marrocos, Galiza e Cabo Verde a Barcelos

Barcelos, Braga, 16 Mai (Inforpress) - A segunda edição do Língua - Festival Internacional de Teatro em Línguas Minoritárias vai decorrer de 07 a 10 de Junho, em Barcelos, com quatro espetáculos “com sabor” a Portugal, Marrocos, Galiza e Cabo Verde, foi hoje anunciado.

Em comunicado, o município refere que o festival abrirá com a peça “O Milagre das Cruzes”, com interpretação em língua gestual portuguesa, obra protagonizada pela companhia de teatro da APACI, de Barcelos, que trabalha artisticamente a inclusão de pessoas com deficiência ou incapacidade através do teatro.

Da Galiza, chegará o trabalho “O meu mundo non é deste reino” do Teatro da Ramboia.

A companhia Blanc’art de Casablanca, Marrocos, levará a Barcelos o espetáculo “Soupir” em dialeto darija.

A fechar o cartaz, e dedicado ao público infantil, será em língua cabo-verdiana ou crioulo que “Saaraci, o Último Gafanhoto do Deserto” subirá a palco pela mão do Saaraci Coletivo Teatral, companhia na diáspora entre Portugal e Cabo Verde.

O certame terá, ainda, um debate sobre a importância do teatro como expressão para a salvaguarda e a difusão das línguas minoritárias.

Haverá também espaço para formação, com destaque para a oficina para crianças sobre língua mirandesa, dirigida pelo autor e professor Duarte Martins.

No campo musical, o festival incluirá um espetáculo de música tradicional galega e um concerto do projeto Sons de Barro, da Banda Musical de Oliveira.

O Festival Internacional de Teatro em Línguas Minoritárias é organizado pela companhia Teatro de Balugas, de Barcelos, e pelo Clube Unesco para a Salvaguarda do Teatro em Línguas Minoritárias.

Inforpress/Lusa

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Basquetebol/Santiago Sul: Prédio e ABC partem em vantagem para a final em sénior masculino

Cidade da Praia, 16 Mai (Inforpress) - As equipas do Prédio e do ABC partem em vantagem nos play-off de acesso à final do regional de basquetebol de Santiago Sul, em sénior masculino, que é disputado no sistema a melhor de três jogos.

A formação de Achada Santo António [Prédio] venceu o Bairro por 76 -72, porquanto o ABC bateu o Revolutio por 76 -64, no primeiro jogo dos play-off, em jogos realizados esta quarta-feira, 15, no pavilhão Vavá Duarte, na Praia.

A segunda partida acontece no sábado, 18, a partir da 19:30, também no Pavilhão Vavá Duarte, na cidade da Praia.

O regional de Santiago Sul época 2023/2024, que contou com nove equipas, marca o regresso da histórica formação do Bairro e as estreias das equipas Veteranos, São Filipe e Achadinha.

A primeira fase foi disputada no sistema de todos contra todos, a duas voltas, e transitaram para a fase do play-off as quatro melhores classificadas.

Conforme o regulamento da competição, o primeiro classificado da fase regular (Prédio) joga com o quarto (Bairro), e segundo (ABC) defronta o terceiro classificado (Revolution).

Na classificação final da fase preliminar o Prédio liderou com 46 pontos, seguido de ABC, como os mesmos pontos, Revolutions (38), Bairro (34), Veteranos (32), São Filipe (30), Guardiões (26), Achadinha (18) e Maracanã (desclassificado).

OM/AA

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CPLP tem condições para liderar ratificação do acordo para conservação do alto mar

Lisboa, 16 Mai (Inforpress) - O presidente executivo da Fundação Oceano Azul defendeu hoje que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem condições para liderar a ratificação de um tratado "tão importante" para a conservação do alto mar, como é o “Acordo BBNJ”.

Esta foi uma das conclusões do seminário que terminou hoje na capital portuguesa dedicado ao acordo sobre a conservação e a utilização sustentável da biodiversidade marinha nas zonas não sujeitas à jurisdição nacional, evento organizado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, pela CPLP e pela Fundação Oceano Azul, disse Tiago Pitta e Cunha.

"Eu diria que a principal conclusão [do seminário] é que a CPLP reúne hoje já a nível dos altos quadros da administração pública um conjunto de elementos com grande experiência, grandes competências e capacidades. Portanto, está ao alcance da CPLP estar (...) na linha da frente na ratificação de um tratado tão importante como este sobre a conservação do alto mar", afirmou o responsável da fundação em declarações à Lusa após o encerramento do evento, que começou na segunda-feira e terminou hoje.

Para o gestor da Fundação Oceano Azul, o seminário que decorreu nos últimos três dias em Lisboa "foi muito importante", desde logo "pela qualidade dos altos quadros" que participaram e pelo "grande objetivo" de "tentar levar a CPLP a ser líder nesta grande vaga de fundo, que é a ratificação deste acordo", que representa "um passo civilizacional muito grande na área da conservação da natureza e da conservação do oceano".

Tiago Cunha realçou que, pela primeira vez, uma área que não pertence a ninguém, “como é a área do alto mar, vai passar a ter todo um enquadramento de governação, com uma convenção das partes, (...) com instituições próprias, instituições políticas, instituições técnicas, o que vai permitir a todos os países do mundo, através destas instituições, poder ter uma palavra a dizer naquilo que é os chamados Global Commons, sobre aquilo que pertence e é património mundial da humanidade".

Portugal, Cabo Verde, Timor-Leste e Brasil foram os países da CPLP que estiveram entre os 80 signatários do Acordo BBNJ, no primeiro momento de assinaturas.

No encontro, foi feito mais uma vez o apelo para que o total dos estados-membros da organização o faça.

Tiago Cunha salientou que ratificar o acordo exige a realização de análises setoriais, por ministérios, do impacto que o tratado terá nas diferentes tutelas políticas dos Estados-membros e uma carta que depois será referendada pelos parlamentos antes de ser assinada pelos chefes de Estado.

A CPLP, com “uma extensa linha de costa”, mais de sete milhões de quilómetros quadrados de oceano, “é um dos grandes gigantes mundiais dos oceanos” e os seus estados-membros não têm grandes frotas de marinha mercante, referiu.

É uma organização que não tem os interesses “de um Estado de pavilhão, como a Convenção do Direito do Mar os designa, mas tem os interesses típicos dos Estados costeiros, que procuram acima de tudo preservar a conservação do oceano para proteger as suas costas e desenvolver as suas atividades económicas” e "quanto mais for preservado o mar alto, mais os mares costeiros serão ricos", frisou.

“Vamos então procurar ver se a CPLP estará à altura de conseguir que os Estados-membros desta organização estejam no pelotão da frente da ratificação deste tratado", desafiou o gestor da fundação.

Para isso têm de fazê-lo "a contrarrelógio", porque "o grande objetivo continua a ser que, daqui a um ano, em junho de 2025, na próxima Conferência Mundial das Nações Unidas para os Oceanos, em Nice (França), haja um conjunto de 60 países que tenham ratificado o tratado", lembrou.

O acordo, no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, tem uma natureza vinculativa e constitui um importante contributo para a governação integrada dos mares, além de pemitir que se cumpra o compromisso internacional de proteger 30% do oceano até 2030.

Inforpress/Lusa

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Xi Jinping diz a Putin que China e Rússia vão preservar a justiça no mundo

Pequim, 16 Mai (Inforpress) – O Presidente chinês, Xi Jinping, disse hoje ao homólogo russo, Vladimir Putin, em Pequim, que a China e a Rússia vão "preservar a justiça no mundo", segundo um comunicado divulgado pela diplomacia chinesa.

“Somos um bom exemplo para outras potências em termos de respeito e abertura. O desenvolvimento dos nossos laços é propício à paz, estabilidade e prosperidade na região e no mundo", afirmou Xi, durante uma reunião à porta fechada, no Grande Palácio do Povo.

“Apesar de alguns altos e baixos, as nossas relações têm vindo a fortalecer-se e resistido ao teste das transformações no cenário internacional”, observou o líder chinês, segundo a nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

"Vamos continuar a consolidar a nossa amizade e a defender a justiça no mundo", realçou.

Putin foi recebido com guarda de honra, salvas de canhão e o hino dos dois países tocado por uma banda militar. Os dois líderes passaram em revista a guarda de honra antes de iniciarem o encontro à porta fechada, segundo imagens transmitidas em direto pela televisão estatal chinesa CGTN.

O líder russo chegou depois das 04:00 locais (21:00 de quarta-feira, em Lisboa) para uma visita que se prolongará até sexta-feira.

A viagem ocorre após a tomada de posse de Putin para um quinto mandato e a recente viagem de Xi Jinping à Europa, onde o líder chinês enfrentou renovada pressão para persuadir o homólogo russo a pôr fim à ofensiva na Ucrânia.

Recordando que já se encontrou com Putin "mais de quarenta vezes", o líder chinês referiu que mantém com o homólogo russo uma “comunicação estreita" e que ambos partilham "orientações estratégicas" que "asseguram o desenvolvimento sólido, estável e harmonioso dos laços bilaterais".

"A relação entre China e Rússia é hoje uma relação duramente conquistada e as duas partes devem valorizá-la e promovê-la", afirmou.

Xi disse que a China está disposta a trabalhar com a Rússia "para continuar a ser um bom vizinho, bom amigo e bom parceiro".

A visita ocorre também um dia depois de o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter anunciado em Kiev um montante adicional de dois mil milhões de dólares (1,83 mil milhões de euros) para ajudar a Ucrânia a adquirir armas e a aumentar a capacidade de produção da sua própria indústria militar.

Trata-se da segunda visita de Putin a Pequim em menos de um ano, após a sua participação no Fórum da Iniciativa Faixa e Rota, em outubro de 2023.

Para o líder chinês, a visita será uma oportunidade de mostrar que a afinidade com Putin não comprometeu a sua capacidade de manter relações com o Ocidente, especialmente depois de Washington ter pedido a Pequim que não fornecesse componentes que pudessem ser utilizados na guerra.

A China, que não condenou a invasão, negou ter laços militares com a Rússia, mas apelou à realização de uma conferência "reconhecida por todas as partes" para retomar as negociações de paz.

O comércio entre China e Rússia registou, em 2023, um crescimento homólogo de 26,3%, para 240 mil milhões de dólares (223 mil milhões de euros).

Pequim tornou-se o maior mercado para o petróleo e gás russos e uma importante fonte de importações, incluindo bens de dupla utilização civil e militar, que mantêm a máquina militar russa operacional, apesar de a China ter banido a venda de armamento ao país vizinho.

Nos últimos meses, a secretária do Tesouro e o secretário de Estado norte-americanos, Janet Yellen e Antony Blinken, visitaram a China e advertiram os dirigentes e instituições financeiras chinesas para a imposição de sanções contra todos os bancos que facilitarem pagamentos à máquina de guerra russa.

Inforpress/Lusa

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Primeiro-ministro eslovaco estável, mas em estado muito grave

Bratislava, 16 Mai (Inforpress) - O estado de saúde do primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, é hoje de manhã estável, mas mantém-se em estado "muito grave", após ter sido baleado no dia anterior, disseram o vice-primeiro-ministro e uma fonte hospitalar.

“Esta noite, os médicos conseguiram estabilizar a condição do paciente. Infelizmente, o estado continua muito grave, porque as lesões são complicadas”, disse vice-primeiro-ministro, que é também ministro da Defesa, Robert Kalinak.

Também um funcionário hospitalar disse hoje que Robert Fico, está estável, mas em estado grave.

“Os médicos continuam a tratar Robert Fico na tentativa de melhorar a sua condição”, disse Robert Kalinak, aos jornalistas junto ao hospital em Banska Bystrica.

Roberto Fico, de 59 anos, foi atingido no estômago por vários tiros, disparados junto da Casa da Cultura, na cidade de Handlova, localizada a cerca de 150 quilómetros a nordeste da capital.

A polícia isolou o local e o suspeito foi detido.

O autor dos disparos contra Fico é um homem de 71 anos, natural da cidade de Levice, no sudeste do país, que foi detido pela polícia no local do ataque, segundo os meios de comunicação eslovacos.

O suspeito foi identificado pelos ‘media’ eslovacos como um escritor local.

Inforpress/Lusa

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