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Ano de 2024 atingiu número recorde de feminicídios em Cabo Verde – PR

Selecção de andebol feminina vai ao Campeonato Africano na RD Congo

Alterações climáticas: Políticas que apoiam e defendem o empoderamento das famílias são cruciais para garantir um futuro seguro - FAO

Ex-eleita municipal do PAICV diz que governação de Ulisses Correia e Silva “está a dar cabo do país” - eleita do MpD contrapõe

Andebol: Selecção masculina inicia em Novembro trabalhos para o Mundial’2025 da Croácia e Polónia

Ex-eleita municipal do PAICV diz que governação de Ulisses Correia e Silva “está a dar cabo do país” - eleita do MpD contrapõe

Cidade da Praia, 15 Mai (Inforpress) - A ex-eleita municipal do PAICV (oposição), no Sal, Kátia Carvalho, asseverou hoje que a governação de Ulisses Correia e Silva “está a dar cabo” do país, mas a líder da bancada do MpD (poder), Luísa Fortes, contrapõe.

Kátia Carvalho rompe o silêncio após algum tempo ausente da política, mas “atenta” ao cenário político no país, tecendo duras críticas à governação do Movimento para a Democracia (MpD), liderado por Ulisses Correia e Silva, no seu terceiro ano do segundo mandato.

“O Governo não pode continuar na sua bolha, a pensar que com os seus discursos vai iludir os cabo-verdianos. Está a dar cabo deste país, está a dar cabo das pessoas que poderiam estar a trabalhar para recuperar este país porque está a estragar a sua autoestima”, criticou, acrescentando, por outro lado, que as famílias estão “sobrecarregadas e esgotadas”.

“Os salários não chegam para fazer o básico para o sustento das famílias, e é claro que surgem outras formas alternativas das pessoas se sustentarem e pôr comida na mesa. O impacto é grave, e a médio curto prazo teremos muitos problemas neste país”, analisou.

Considerando que a eliminação da pobreza e da pobreza extrema é um objectivo de Cabo Verde desde o primeiro Governo em 1975 e dos sucessivos governos, Kátia Carvalho entende que para se conseguir esse objectivo é preciso trabalhar, e questiona sobre quais eram os indicadores da pobreza em 1975, 1990, em 2000 e hoje. 

“Temos que saber acompanhar isso, e trabalhar com medidas de políticas, medidas macro de carácter universal, depois para os grupos de risco, e depois minimizar, nós não estamos a fazer isso… estamos a implementar medidas avulsas e com carácter eleitoralista. Não podemos ter medo de dizer isso”, aguçou, salientando que o povo cabo-verdiano quer recursos para resolver os seus problemas.

“Eu já não quero ouvir a rádio, a televisão para acompanhar as questões do país porque estou farta e sinto-me desgastada a ouvir os governantes a falar como se estivessem noutro país (…). Vamos trabalhar com seriedade, caso contrário os impactos serão ainda piores daqueles que já estamos a sentir”, exteriorizou.

Opinião contrária tem a deputada Luísa Fortes, líder da bancada do Movimento para a Democracia (poder), ainda no activo, embora admita que “nem tudo foi positivo” no segundo mandato de Ulisses Correia e Silva que enfrentou, conforme sublinhou, “momentos difíceis” motivados pela pandemia da covid-19, associada à situação de seca e guerra na Ucrânia.   

“O Governo teve um papel extraordinário no combate à pandemia da covid-19. Foram momentos difíceis, mas Cabo Verde teve resiliência e capacidade para fazer face e ultrapassar a crise”, manifestou, enfatizando que sobre isso “ninguém poderá ter dúvidas”.

Luísa Fortes lamenta, entretanto, aspectos menos conseguidos, nomeadamente a situação dos transportes tanto aéreos como marítimos.

“Não podemos esconder esse lado negativo da governação. Na verdade, as coisas não têm corrido de forma desejada, relativamente ao sector dos transportes, mas acreditamos que o Governo tem feito de tudo para resolver essa situação”, reconheceu.

Considerando que nada nem ninguém é perfeito, a mesma fonte disse que apesar de todas essas “dificuldades e tribulação” a nível da governação, “tem havido uma vontade enorme de se fazer diferente”.

“Nem sempre as coisas correm como a gente quer ou as pessoas desejam, mas tem havido uma vontade titânica para transformar Cabo Verde num país desenvolvido e de oportunidades. O Governo de Ulisses Correia e Silva tem feito o melhor para o povo cabo-verdiano”, enfatizou, reiterando que a prioridade das prioridades é a resolução do problema dos transportes, e a criação de emprego no país.

Confrontada com as declarações de Kátia Carvalho, Luísa Fortes escusou-se a fazer quaisquer comentários a propósito, referindo, apenas que Cabo Verde é um arquipélago com os seus próprios desafios e cada ilha com as suas exigências.

SC/CP

Inforpress/Fim

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Cabo Verde precisa investir 700 milhões de euros para atingir níveis de serviços de água dos países da OCDE – governante

Cidade da Praia, 15 Mai (Inforpress) - Cabo Verde precisa investir 700 milhões de euros para atingir níveis de desenvolvimento de serviços de água e saneamento comparáveis com os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

A OCDE é uma organização económica intergovernamental com 38 países membros fundada em 1961 para estimular o progresso económico e o comércio mundial.

A informação foi avançada hoje, na Cidade da Praia, pelo secretário de Estado da Economia Agrária, Miguel da Moura, na abertura do workshop de sensibilização, prevenção, fiscalização e repressão do furto e fraude de água, que decorre na Cidade da Praia, realizado pela Agência Reguladora Multisectorial da Economia (ARME).

“Isto quer dizer 35 milhões de euros por ano, durante 20 anos”, precisou Miguel da Moura, esclarecendo que este investimento é no sentido de estar consequentes com a próxima geração a nível do saneamento e da conservação da água.

Neste sentido, considerou que no processo de combate ao furto, fraude e perda de água, para além da pedagogia e repressão é preciso fazer chegar os serviços às pessoas.

“Neste momento 100 por cento (%) da população tem água segura, cerca de 88% através da rede, ou seja, estamos a caminhar para  níveis de serviços altamente avançados,” frisou o governante.

O workshop realizado pela ARME tem como objectivo identificar os mecanismos de tutela penal necessários para responsabilizar aqueles que praticam actos de furto e fraude de água e desencorajá-los a tais práticas.

O encontro conta com a intervenção da empresa AdS, da Procuradoria-Geral da República e no final será elaborado um documento com as propostas e recomendações a entidades gestoras para uma actuação mais célere e eficaz no combate ao furto e fraude de água.

OM/ZS

Inforpress/Fim

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Metereologia

VÍDEOS

Ano de 2024 atingiu número recorde de feminicídios em Cabo Verde – PR

São Filipe, 15 Mai (Inforpress) - O Presidente da República, José Maria Neves, disse hoje que o ano de 2024 já atingiu um número recorde de feminicídios que são situações extremas de todas as violências.

“Esta não é uma mera questão de estatísticas. São muitas vidas que já se foram e deixaram rastos de sangue, de sofrimento e de lares desfeitos”, disse o PR que participou hoje, via plataforma zoom, na conferência internacional sobre a violência enquadrada na VI Semana de Reflexão sobre VBG.

Para o chefe de Estado, uma vida sem violência é um direito fundamental que deveria estar ao alcance de todos, mas referiu, infelizmente a realidade é bem outra e bastante perturbadora, sublinhando que é com “frequência preocupante que as mulheres, sobretudo elas, passam por situações atormentadas devido a VBG”.

A VBG continua a ser, no dizer de José Maria Neves, um enorme problema social provocando feridas profundas no corpo e na alma de muitos cabo-verdianos, particularmente na ilha do Fogo, e daí a oportunidade desta VI semana de reflexão sobre VBG acontece, pela primeira vez, na ilha do Fogo.

O PR formulou votos para que os participantes do encontro possam encontrar uma saída para esta “dramática realidade” que ameaça sobretudo a vida das mulheres.

“Não podemos consentir a assistir este flagelo”, precisou o PR, referindo que também é de assinalar o facto de mais de dois terços dos cabo-verdianos reconhecem a VBG como questão mais importante relacionada aos direitos das mulheres, observando que 97 por cento (%) dos cabo-verdianos defendem que não se justificam nunca que os homens usam força física contra as suas esposas.

José Maria Neves advogou que é oportuno questionar-se o motivo das falhas, principalmente no tocante à educação dos rapazes, mas também das mulheres, lembrando que à família não cabe educar homens para serem violentos e mulheres para serem submissas.

Para o PR, há condições necessárias para uma reflexão capaz de trazer um quadro de maior harmonia e menos desprezo pela mulher, mas observou que tal mudança passa obrigatoriamente pelo reforço dos planos de sensibilização e prevenção de VBG bem como de sensibilização e educação, através de campanhas de consciencialização e educação visando o combate a VGB e igualdade entre homens e mulheres.

A prevenção, no dizer do PR, revela-se aposta certa conjugada com sistema interligados entre Polícia Nacional, Procuradoria da República, ICIEG e sistema de saúde para alcançar resultados melhores que os actuais, mas também destacou a necessidade de se envidar todos os esforços para a detecção da precoce de VBG poupando dramas sociais e familiares.

“Estamos face a uma calamidade social que atinge todas as ilhas, quer o meio urbano como o rural”, defendeu José Maria Neves, para quem o empoderamento das famílias, núcleo central na educação e transmissão de valores é uma das formas mais eficazes de combater a VBG, apontando a necessidade de se investir no crescimento inclusivo e ambientalmente sustentável como forma de garantir rendimento às famílias.

O Presidente da República destacou que o crime de VBG é público e como tal é fundamental o envolvimento da sociedade nas denúncias, lembrando que o dever dos agentes de aplicação da lei é ainda muito mais especial.

“Cabo Verde dispõe de um interessante quadro legal relacionado com a VBG conjugada com ratificação de diversas convenções internacionais”, disse o PR, sublinhando que se constata que o seu conhecimento é deficiente e regista-se igualmente um déficit na sua implementação.

José Maria Neves terminou a sua mensagem via plataforma zoom com apelo aos participantes na VI semana de reflexão, esperando que a ilha do Fogo seja “bastante inspiradora” e que essa reflexão seja capaz de apontar caminhos tendentes a mudanças profundas do comportamento em matéria de VBG.

JR/CP

Inforpress/Fim

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Cidade da Praia acolhe performance de dança esta quinta-feira

Cidade da Praia, 15 Mai (Inforpress) - O Instituto Guimarães Rosa Praia acolhe esta quinta-feira, 16, pelas 19:00, performance de dança, dirigida pela bailarina espanhola Inês Vooduness e pelo bailarino Cabo-verdiano, Djam Neguin.

Promovida pela embaixada da Espanha em Cabo Verde, em parceria com a escola de dança Freestyle is the Future, o evento acontece no âmbito da oficina de dança que acontece na Praia desde a passada sexta-feira.

Nesta quinta-feira serão partilhados os resultados finais da formação intensiva que teve como foco a partilha de metodologias e processos criativos destes dois artistas, com vista a contribuir para uma formação multidisciplinar dos bailarinos de danças urbanas na cidade da Praia.

Em declarações à Inforpress, Inês Vooduness explicou que, durante esses cinco dias, o seu workshop consistiu em compartilhar a metodologia de criação da sua peça “Simbi” em águas astronómicas, que vai estrear em Setembro de 2024 no Festival TNT, na Catalunha.

“A intenção é entender se este processo criativo tem o potencial de propor uma forma alternativa de acessar diferentes subjectividades corporais e campos coreográficos. Minha dança, que esculpe minha própria identidade a partir da fertilidade de conceitos como diáspora ou pós-memória, é composta por interrogações”, enfatizou.  

Na quinta-feira, informou a bailarina espanhola, vão apresentar uma série de exercícios que têm uma textura aquática, evocando também um certo serpenteio.

“Trabalhamos diferentes qualidades de água e a ideia da serpente-ancestral do vodu do Haiti, como elementos iniciáticos que poderiam nos permitir entrar em contacto com as narrativas que estão abaixo das águas”, esclarece Inés Vooduness.

Por seu lado, Djam Neguin avançou à Inforpress que a sua oficina consistiu em contribuir para uma exploração do bailarino como um ser e artístico multidisciplinar.

“Trabalhamos com voz e pesquisa de movimentos a partir dela construção de personagens com máscaras”, salientou.

Nesta quinta-feira, vão ser partilhados os percursos desta jornada, numa performance de dança, no Instituto Guimarães Rosa Praia com entrada gratuita.

TC/ZS

Inforpress/Fim

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Selecção de andebol feminina vai ao Campeonato Africano na RD Congo

Cidade da Praia, 15 Mai (Inforpress) - A selecção de Cabo Verde de andebol sénior feminina vai representar o país no Campeonato Africano da modalidade que se realiza em Outubro/Novembro deste ano na República Democrática do Congo.

A direcção da Federação Cabo-verdiana de Andebol pretende contar com a continuidade da treinadora portuguesa Ana Seabra, no comando da equipa técnica, mas, segundo o presidente federativo, Tony Teixeira, a presença da treinadora lusa está a depender de um possível castigo anunciado de quatro a cinco jogos à técnica, ainda que verbalmente.

Para a federação nacional da modalidade faz todo o sentido a selecção feminina continuar a contar com os trabalhos de Ana Seabra, já que esta técnica vem trabalhando com as jogadoras pelo que detém o conhecimento da maioria das atletas.

Para esta que vai ser a terceira participação da selecção sénior feminina consecutiva no Campeonato Africano das Nações Ana Seabra vai ser coadjuvada por uma treinadora residente.

SR/CP

Inforpress/Fim

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Alterações climáticas: Políticas que apoiam e defendem o empoderamento das famílias são cruciais para garantir um futuro seguro - FAO

Cidade da Praia, 15 Mai (Inforpress) - A representante da FAO em Cabo Verde considerou hoje que as políticas que apoiam e defendem o empoderamento das famílias no contexto das alterações climáticas são cruciais para garantir um futuro “seguro, resiliente e sustentável para todos”.

Ana Touza fez estas afirmações no âmbito da “conversa aberta” sobre “Família e as alterações climáticas: Desafios e soluções”, que decorreu na cidade da Praia, em comemoração ao Dia Internacional da Família, que hoje se assinala.

Este ano, a efeméride é comemorada sob o tema das alterações climáticas, como forma de sensibilizar para o impacto e o papel do mesmo nas famílias.

“As alterações climáticas têm um impacto negativo na saúde e no bem-estar das famílias através do aumento da poluição, enquanto os fenómenos meteorológicos extremos exacerbados pelas alterações climáticas, como furacões, secas e inundações, conduzem frequentemente a deslocação forçada e a perda de meios de subsistência para famílias e indivíduos”, alertou.

Tais eventos, apontou, impactam a produtividade agrícola e o acesso à água, como se tem observado em Cabo Verde nos últimos anos, intensificando a insegurança e a vulnerabilidade alimentar, entre outros.

Segundo Ana Touza, sem medidas drásticas a adaptação e a mitigação dos impactos das alterações climáticas tornar-se-ão cada vez mais difíceis e dispendiosas, tendo defendido que existe uma “necessidade urgente” de uma acção climática mais ambiciosa por parte dos Governos, do sector privado e dos cidadãos.

“Cabo Verde já estabeleceu objectivos claros e ambiciosos no PEDS II [Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável II] e noutros programas de desenvolvimento sustentável, como o aumento das energias renováveis no consumo total de energia”, reconheceu, salientando que esses passos são louváveis.

Segundo a representante da FAO, iniciativas familiares e comunitárias também podem promover a acção climática através da educação, do acesso à informação, formação e da participação comunitária.

“Capacitar as famílias para a tomada de decisões respeitadoras do ambiente, apoiar iniciativas comunitárias e integrar abordagens centradas na família e inter-geracionais nas políticas podem garantir uma acção climática mais significativa e eficaz”, perspectivou.

A “conversa aberta”, enquadrada nas celebrações do Dia Internacional da Família, foi promovida pelo Ministério da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, na Escola Básica de Achada Grande Trás, com o intuito de destacar a sua importância na base da educação e protecção infantil.

A iniciativa teve por objectivo ainda sensibilizar os alunos, pais, encarregados de educação, famílias e toda a sociedade civil para as alterações climáticas e o seu impacto na família, bem como consciencializá-los sobre a adoção de hábitos sustentáveis e a importância da consciência climática.

ET/CP

Inforpress/Fim

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ARME exorta CEDEAO a “colaboração contínua” face à integração digital e “utilização eficaz” dos recursos tecnológicos

Cidade da Praia, 15 Mai (Inforpress) – A Agência Reguladora Multissectorial da Economia (ARME) exortou hoje os estados membros da CEDEAO a uma “colaboração contínua” face à integração digital e “utilização eficaz” dos recursos tecnológicos disponíveis para impulsionar o desenvolvimento sustentável na África Ocidental.

O administrador da ARME, João Tomar, falava no acto de abertura da Reunião Anual do Observatório Estatístico da CEDEAO das Telecomunicaçõe e Postais (ECODOB), organizada pela CEDEAO, a que presidiu num dos hotéis da cidade.

O evento, que durante dois dias reúne representantes dos estados membros da região ocidental africana, nomeadamente Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Togo, Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, Gana, Libéria, Côte d’Ivoire, Gâmbia, Berlim e Cabo Verde, visa validar o Relatório dos Indicadores das Telecomunicações e os indicadores nacionais e regionais do sector postal, referentes ao ano 2023.

O Observatório Digital da CEDEAO (ECODOB) é um Sistema de Gestão e Informação para Telecomunicações/TIC, utilizado para acompanhar o desenvolvimento, tendências e desempenho do sector das telecomunicações na África Ocidental para apoiar o estabelecimento de um mercado digital único na região. 

Segundo João Tomar, para quem é “uma honra” o país acolher esta “importante reunião” da CEDEAO, o ECODOB trata-se de uma “ferramenta importante” porque, conforme sublinhou, ajuda a encontrar o caminho para o estabelecimento do mercado digital único na África Ocidental.

“Que é uma prioridade. O nosso compromisso para a construção deste mercado digital é claro e inabalável. Reconhecemos que a sua realização está intrinsecamente ligada à nossa capacidade de enfrentar o desafio da disponibilidade de dados estatísticos e sua relevância”, salientou aquele responsável.

Por isso, acrescentou que a ECODOB se torna numa “peça central” fornecendo indicadores específicos que garantem a disponibilidade e acessibilidade ao sector das telecomunicações e das TIC nas sub-região, em que os dados são uma base que permitem tomar “decisões informadas”.

“Que moldam o futuro das nossas comunicações e indústrias das TIC. São comerciais não apenas para os governos, mas também para atrair investimentos no sector privado e parcerias de desenvolvimento para a nossa região”, esclareceu.

Explicou, por outro lado, que o ECODOB não se limita apenas aos indicadores sobre telecomunicações e das TIC, mas abrange uma gama diversificada de indicadores que reflectem a transformação digital em curso, desde indicadores cibernéticos até indicadores de serviços postais, sublinhando que a plataforma está projectada para ser um reflexo abrangente no panorama digital em evolução na região.

“No entanto, para que o ECODOB seja verdadeiramente eficaz, dependemos da colaboração contínua e do compromisso dos estados membros. A fiabilidade nesta plataforma exige actualizações frequentes, com informações precisas e oportunas”, reiterou.

“Portanto, exorto a todos a se unirem em nosso compromisso, compartilhá-lo com a integração digital e a utilização eficaz dos recursos tecnológicos disponíveis para impulsionar o desenvolvimento sustentável em toda a África Ocidental”, finalizou, augurando, nesta jornada de dois dias, “contributos valiosos” que permitam afinar ao nível de cada país.

SC/AA

Inforpress/Fim

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Activista Graça Machel insta líderes mundiais a incluir as mulheres na "mediação de conflitos"

Lisboa, 15 Mai (Inforpress) – Graça Machel exortou hoje os líderes religiosos de todo o mundo a garantirem condições para que “as mulheres se sentem nas principais mesas de negociação” e “contribuam plenamente para a resolução de conflitos” e “construção” dos estados.

“Exorto-nos a todos a encontrar formas significativas de garantir que as mulheres se sentam nas principais mesas de negociação e de tomada de decisões - nas suas diversas capacidades como especialistas, líderes da sociedade civil, guardiãs da religião, académicas, advogadas, defensoras dos direitos humanos, mães e irmãs”, afirmou Graça Machel, num discurso proferido no 1º Fórum KAICIID para o Diálogo, que decorre hoje e na em Lisboa, e reúne vários altos líderes religiosos e políticos mundiais, assim como organizações internacionais e da sociedade civil.

A mulher de Nelson Mandela, e antes do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, deu vários exemplos do papel das mulheres na mediação de conflitos, alguns dos quais em que participou diretamente, nomeadamente na Libéria, no Burundi e no Quénia, para sublinhar que “as mulheres - que carregam o maior peso do sofrimento e as feridas mais dolorosas das vitimas dos conflitos - têm perspetivas e aspirações que são absolutamente cruciais para a resolução duradoura dos conflitos e para a construção efetiva das nações”.

“Temos de criar espaço para ouvir e respeitar as diferentes vozes, as diversas entoações e as múltiplas oitavas de perspetivas das mulheres, se alguma vez quisermos desfrutar dos acordes harmoniosos e duradouros da paz”, acrescentou.

A “dor” das mulheres dá “forma” às suas “perspetivas únicas, sobre as quais podem assentar as bases para uma paz sustentável e para a construção dos estados”, disse ainda.

“Apesar das provas esmagadoras que demonstram que a participação das mulheres na resolução de conflitos é fundamental para acabar com a violência, e apesar dos quase 25 anos da adoção da Resolução 1325 das Nações Unidas, as mulheres continuam a ser uma minoria nas mesas de negociação a nível mundial”, sublinhou.

“Precisamos urgentemente de nos afastar deste paradigma de exclusão e desconsideração para um paradigma de inclusão e respeito”, acrescentou.

Machel sustentou que os atuais modelos de resolução de conflitos “estão ultrapassados” e defendeu a necessidade de “um novo modelo” em que se deixe de “permitir que as fações beligerantes que iniciam o conflito sejam os únicos decisores na sua resolução”.

“A inclusão é tão importante para qualquer processo de paz que defendo vivamente a existência de quotas obrigatórias na mediação”, disse.

Segundo a ativista, “os processos políticos oficiais - quer sejam geridos por organismos multilaterais ou por governos individuais - deveriam ser obrigados a ter uma percentagem de mulheres sentadas à mesa das negociações formais”.

“Temos de mudar a dinâmica do poder e aproximarmo-nos de um paradigma em que reconhecemos a força do diálogo entre múltiplos intervenientes e damos poder a coligações alargadas de pacificadores civis para que sejam igualmente influentes no processo de construção da paz”, sustentou ainda.

A “mulher-ativista”, como se apresentou no fórum, apontou ainda a “responsabilidade” dos líderes religiosos de “moldar as crenças de milhares de milhões de pessoas em todo o mundo”, pelo que a sua “influência deve ser transformada” e estimulada a sua “capacidade” enquanto “poderosos portadores da paz”.

“Temos de alargar o espaço para as instituições religiosas servirem de plataformas de diálogo e de parceiros progressistas para pôr fim aos conflitos”, afirmou.

“Agora, mais do que nunca, precisamos que aqueles a quem procuramos orientação espiritual rejeitem as ideologias que fomentam a desigualdade, a divisão e a destruição e, em vez disso, nos orientem para a empatia, a compaixão e a aceitação mútua”, acrescentou Graça Machel.

Inforpress/Lusa

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