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Santa Catarina: Munícipes louvam ganhos da cidade, mas pedem mais oportunidades e melhorias

Banda Municipal da Praia regressa hoje à Praça Alexandre Albuquerque no Plateau

Santa Catarina: Ana Mileida eleva batuco a outro patamar – Gil Semedo prova que é “líder”

Santa Catarina: Presidente da câmara considera que festival 13 de Maio foi um sucesso em todo os sentidos

Futebol/Campeonato Nacional: Treinador do Morabeza promete representar ilha Brava da melhor forma possível

Directora executiva do IPP diz que vale a pena celebrar 90º aniversário de Pedro Pires como político e cidadão

Cidade da Praia, 11 Mai (Inforpress) - A directora executiva do Instituto Pedro Pires para a Liderança, Indira Pires, considerou hoje que vale a pena celebrar o nonagésimo aniversário de Pedro Pires como um político e cidadão que contribuiu para a libertação e construção do Estado.

Indira Pires falava em declarações à Inforpress a propósito do XI Diálogo Estratégico enquadrada nas celebrações do nonagésimo aniversário de Pedro Pires, realizado no Liceu Domingos Ramos, na cidade da Praia.

A filha de Pedro Pires acredita que vale a pena comemorar a vida do patrono por tudo que representou e representa para o País, uma pessoa que tanto contribuiu para o processo de libertação como de construção da nação cabo-verdiana, bem como da parte da abertura política como presidente.

“Estamos a celebrar o homem revolucionário, estadista e cidadão Pedro Pires, porque achamos que efectivamente é uma vida que vale a pena conhecer e celebrar. Por isso, o instituto achou por bem organizar o seu diálogo estratégico sobre “O País e o Homem: uma história de compromisso e luta, explicou, elucidando que o instituto tem trilhado um bom caminho e vencido os desafios ligados à sustentabilidade.

Segundo Indira Pires, nesta XI edição do diálogo estratégico, busca-se a consolidação da marca da organização que tem presenciado, cada vez mais, a adesão das pessoas, um percurso que considerou “interessante e desafiante” em termos de mobilização de recursos e parceiros.

“Temos uma parceria com a Academia BAI, de Angola, temos realizado cursos com a instituição, realizamos um diálogo estratégico em Luanda, temos vindo a colaborar em várias actividades mas não neste sentido de financiamento”, esclareceu.

A directora executiva demonstrou-se preocupada com a sustentabilidade da organização e disse que tem acautelado quando o assunto é actividades e projectos, práticas frequentes do IPP, uma vez que “se quiser ter vida longa” tem de se fazer uma boa gestão.

LT/CP

Inforpress/Fim

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Ilha do Sal: Solférias com voos charter durante o Verão para combater sazonalidade no turismo

Santa Maria, ilha do Sal, 10 Mai (Inforpress) – O operador turístico português Solférias tem programado para este verão sete voos charter para Cabo Verde, sendo seis para o Sal e um para a ilha da Boa Vista, numa operação tri-partilhado com a SATA e a Emptyleg.

A operação, que deverá colocar por semana mais de 1.300 turistas no país e mais um número considerável de clientes regulares, conforme o director-geral da Solférias em Cabo Verde, Odair Inocêncio, vai “mexer” com a taxa de ocupação dos hotéis nesta altura considerado época baixa do turismo.

“É um volume enorme de clientes que vai mexer com a ocupação dos hotéis agora que é uma época considerada baixa e vai criar mais postos de trabalho tanto dentro dos próprios hotéis como os parceiros comerciais e assim manter os colaboradores”, sublinhou.

Para este responsável, neste momento o país é muito procurado como destino turístico pelos portugueses e destacou o “grande número de procura” por clientes repetentes, o que quer dizer que é um destino que “vale a pena visitar".

É por estes motivos, conforme a mesma fonte, que se tem verificado a aposta neste destino por parte de outros operadores sendo a última novidade a entrada da companhia EasyJet em Cabo Verde com voos “low cost”, a partir de Portugal.

Em termos de transportes terrestres na ilha, o operador também tem vindo a apostar numa frota de autocarros, que permitem também “maior conforto aos clientes” que chegam na ilha.

Odair Inocêncio lamentou a perda de considerável de mão-de-obra qualificada da ilha para a emigração, mas entende que isso se deve à “falta de incentivos e de valorização” dos colaboradores, principalmente na área do turismo.

“Essas pessoas que estão a deixar os seus empregos e o país, se realmente tivessem todas as condições necessárias e a sua mão-de-obra mais valorizada, acredito que muitos não procurariam este caminho”, explicou.

Por outro lado, disse acreditar que estas saídas podem trazer um “pouco de vantagens” para aqueles que ainda estão aqui, porque as empresas começam a valorizar o trabalhador local, sob risco de perderem essas mesmas pessoas.

A Solférias está a operar em Cabo Verde desde 2010, mas este ano abriu a sua própria estrutura na ilha do Sal e, até Outubro, tem programado sete ligações aéreas charters que serão realizadas às sextas, sábados e domingos, mas com ligações também feitas pelas companhias de bandeira de Portugal e de Cabo Verde.

NA/HF

Inforpress/Fim

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Metereologia

VÍDEOS

Santa Catarina: Munícipes louvam ganhos da cidade, mas pedem mais oportunidades e melhorias

Assomada, 13 Mai (Inforpress) – Os munícipes da Santa Catarina, interior de Santiago, aplaudiram os ganhos que a cidade de Assomada tem tido, mas pedem oportunidades para os jovens e melhorias na área do saneamento em diversos pontos da cidade.

Por ocasião dos 23 anos da cidade de Assomada, assinalado a 13 de Maio, a Inforpress conversou com alguns munícipes e todos reconheceram que a cidade teve ganhos, desenvolveu, mudou o rosto, mas que ainda é necessário fazer mais, principalmente nas oportunidades para os jovens, melhorias na área do saneamento, assim como, melhorias nas vias de acesso em algumas localidades dentro da cidade.

Marlene Tavares é uma munícipe que pede mais oportunidades para os jovens, porque segundo a mesma o nível de vida está cada vez mais elevado, o preço dos produtos “está exagerado” e nem todos conseguem um dia de trabalho para se sustentarem.

No seu caso, que é “rabidante” (comerciante ambulante) disse sentir essas dificuldades na vida dos munícipes que se espelham na demora de escoamento e venda dos produtos e a queixa que sempre escuta é que os preços estão elevados, mas o salário não muda.

Não desmerecendo o desenvolvimento que a cidade já alcançou e conquistou, Marlene Tavares, frisou ainda que é preciso apresentar opções aos jovens, porque não se pode falar numa cidade desenvolvida se os jovens, que são o motor, continuam sem rumo.

Além da parte dos jovens, esta munícipe sublinhou que também é preciso investir mais na área do saneamento para manter a cidade mais limpa e na reabilitação das vias de acesso, porque em muitos locais os passeios, e mesmo a estrada, encontram-se num estado “caótico”.

Igualmente Gelson Pereira, pai de família e formado na área da construção civil, reconheceu os ganhos da cidade ao longo dos 23 anos, mas admitiu que há coisas e áreas que precisam ser melhoradas.

Por exemplo, na sua área e em tantas outras, queixou-se da falta de fiscalização e rigor, o que, segundo o mesmo, tem contribuído para uma concorrência desleal e trabalho de má qualidade, o que coloca em causa a qualidade dos serviços finais tanto na área da construção civil como em outras áreas.  

Outra munícipe que deu nota positiva ao desenvolvimento da cidade é a Adalgisa Pereira que considerou que o único meio que os jovens têm encontrado para driblar o desemprego é o empreendedorismo em diversas áreas.

Outrossim, enalteceu o envolvimento dos jovens em outras áreas e as oportunidades que têm surgido na cultura e no desporto, mas defende mais investimentos para consolidar esses dois ramos, principalmente.

Aldalgisa Pereira também comunga da mesma opinião dos outros munícipes no sentido de reunir condições para melhorar o saneamento dentro da cidade, reconhecendo também que os munícipes têm de fazer algum esforço para mudar este cenário.

A vila de Assomada, sub-dividida em 22 bairros, foi elevada à categoria de cidade, através do decreto-lei n.º 07/2001, de 26 de Março, e é no seu centro que se situa o popular Pelourinho (mercado) de Assomada, o Centro Cultural Norberto Tavares, Paços do Concelho de Santa Catarina, a Igreja Nossa Senhora de Fátima e o Cine Clube de Assomada.

Enquadrado nas festividades de 13 de Maio foram realizados um leque de actividades culturais e desportivas que tiveram o seu início no passado mês de Abril.

No dia 11 de Maio foi realizado o festival de música, foram entregues algumas obras aos munícipes e terão o ponto alto hoje, com a missa em honra da santa padroeira da cidade, Nossa Senhora de Fátima.

MC/HF

Inforpress/Fim

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Banda Municipal da Praia regressa hoje à Praça Alexandre Albuquerque no Plateau

Cidade da Praia, 12 Mai (Inforpress) – A Banda Municipal da Praia regressa hoje, pelas 19:00, ao Coreto da Praça Alexandre Albuquerque, após cinco anos de interregno devido à pandemia da covid-19, comunicou o director da Cultura da Câmara Municipal, Adilson Spínola.

Outro motivo pelo qual as actuações estavam inactivas desde 2019, segundo Adilson Spínola, tem a ver com o facto de o coreto estar danificado, mas a autarquia promoveu uma remodelação completa do espaço que agora reune todas as condições para o retorno das actuações, todos os domingos na Praça Alexandre Albuquerque, de forma condigna.

Assim, depois da missa da tarde, música e animação estão de volta para proporcionar aos munícipes, não só, momentos alegres com muita música, através de um repertório feito para todos os gostos, como também de muito convívio.

O acto, que marca a retoma das actuações da banda, vai contar com as presenças do presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, de outros integrantes da equipa camarária, convidados e munícipes.

A Banda Municipal da Praia, formada por 34 integrantes, tem actuado também nas comunidades nos finais de semana.

A Banda Municipal da Praia foi fundada em 1912, marcando épocas e gerações com as suas actuações, não só no coração da Praça, animando as noites na cidade, como também através de participações em eventos festivos nas comunidades da Praia e noutros municípios de Cabo Verde. 

TC/HF

Inforpress/Fim

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Futebol/Campeonato Nacional: Treinador do Morabeza promete representar ilha Brava da melhor forma possível

Nova Sintra, 12 Mai (Inforpress) – O treinador da equipa do Morabeza garantiu hoje que a sua equipa vai representar a ilha Brava da melhor forma possível, apesar de jogar fora de casa.

O jogo, a ser disputado hoje, irá contar para a segunda jornada do campeonato nacional, grupo B, e, em declarações à Inforpress, o técnico Nêy Lokô salientou que o adversário é uma equipa bastante complicada e fisicamente forte.

“É uma jornada difícil, tendo em conta que o Barreirense é uma equipa que tem uma boa estrutura, juntamente com o seu técnico, pois já tínhamos jogado no ano passado com esta equipa, numa outra competição, onde acabaram por nos eliminar na “final-four”, em São Vicente” considerou.

De acordo com este treinador, o objectivo do Morabeza hoje é conseguir pontos fora de casa, respeitando o adversário que também, segundo o mesmo, de certeza quer conseguir pontos, mas garantiu que a sua equipa vai jogar com o pensamento na vitória.

“Já demonstramos que a equipa do Morabeza da Brava tem capacidade de praticar um bom futebol e disputar de igual para igual com qualquer equipa a nível nacional”, finalizou.

É de realçar que a partida estava marcada para sábado, às 16:00, no Estádio Dau d'Segunda, na ilha do Maio, mas devido ao cancelamento, na sexta-feira, do voo Praia/Maio, a partida foi reagendada para hoje às 15:00, possibilitando, assim, que a delegação do Morabeza regresse no voo Maio/Praia, do mesmo dia.

O jogo vai ser dirigido por um trio de arbitragem de Santo Antão, comandado por Emanuel dos Santos, tendo como assistentes Francisco Duarte e Ronilson da Luz.

No outro jogo do grupo B, o Varandinha empatou este sábado, no Estádio Municipal do Tarrafal de Santiago, com o Palmeira do Sal, sendo que neste momento ambas as equipas somam dois pontos cada, e aguardam pelo desfecho do jogo entre o Barreirense e o Morabeza.

DM/HF

Inforpress/Fim

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Calor extremo na Tailândia causou 61 mortos desde o início do ano

Banguecoque, 10 Mai (Inforpress) – O calor extremo que afecta a Tailândia provocou a morte de 61 pessoas desde o início do ano, anunciou hoje o Ministério da Saúde tailandês.

Durante quase uma semana em Abril, as autoridades de Banguecoque emitiram avisos diários de calor extremo, com a temperatura sentida a ultrapassar os 52 graus Celsius.

O ministério disse que 61 pessoas morreram de insolação em todo o país desde o início de 2024, em comparação com 37 em todo o ano de 2023.

O nordeste da Tailândia, maioritariamente constituído por terras agrícolas, registou o maior número de mortes, segundo um comunicado do ministério citado pela agência francesa AFP.

Os cientistas alertam regularmente para o facto de as alterações climáticas induzidas por acção humana levaram a ondas de calor mais frequentes, mais longas e mais intensas.

Embora o fenómeno El Niño esteja a contribuir para o clima excepcionalmente quente deste ano, a Ásia também está a aquecer mais rapidamente do que a média global, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial da ONU.

O chefe do departamento de controlo de doenças do Ministério tailandês, Apichart Vachiraphan, aconselhou as pessoas com problemas de saúde a limitarem as saídas de casa.

Este ano, o tempo quente e seco tem durado mais tempo do que o habitual no país, com o consequente atraso do início da estação das chuvas.

Esta semana, registaram-se trovoadas em algumas regiões, que fizeram baixar as temperaturas, mas levaram as autoridades a alertar para a possibilidade de inundações repentinas.

Em Abril, o reino do Sudeste Asiático registou uma temperatura de 44,2°C na província de Lampang, no norte do país, próxima do recorde nacional do ano passado de 44,6°C.

Inforpress/Lusa

Fim

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PJ assina protocolo com Polícia Nacional e Forças Armadas para melhor cooperação e articulação 

Cidade da Praia, 11 Mai (Inforpress) - A Polícia Judiciária (PJ) assinou hoje, na Praia, um protocolo com a Polícia Nacional (PN) e com a Forças Armadas (FA) com objectivo de melhorar a cooperação e a articulação com essas forças de segurança.

O acto aconteceu no quadro das celebrações do 31º aniversário da instituição que decorrem sob o lema “Polícia Judiciária - 31 anos de proactividade e comprometimento na prevenção e combate ao crime”.

Segundo o director nacional, Manuel da Lomba, a intenção é revitalizar e dinamizar a cooperação já existente entre a PJ e as duas outras forças de segurança.

No caso da PN, explicou que essa colaboração é um imperativo da lei já que são dois órgãos da polícia criminal que trabalham sob a tutela do Ministério Público.

“Neste sentido, o protocolo é uma forma de dinamizar a relação entre a Polícia Nacional e a PJ numa forma de complementaridade e não de substituição, cada um tem o seu papel. A PN tem o papel de uma polícia de proximidade e ordem pública, e a PJ é uma polícia que se quer científica de investigação, principalmente de casos mais graves, nomeadamente crimes organizados transnacionais”, explicou.

Relativamente às FA, sublinhou que é um parceiro fundamental na promoção da paz e na segurança do país e com conhecimentos em áreas específicas que poderão auxiliar o trabalho da polícia científica.

“A PJ tem um papel fundamental quando se trata de crimes transnacionais, principalmente tráfico de drogas, de controlar as nossas encostas e as FA têm uma perícia no controlo marítimo, no conhecimento marítimo e então é uma forma de nós aprendermos com a FA através de formação.

O protocolo prevê, para além da troca de conhecimento, a prestação de serviços, nomeadamente mecânicos e a cedência de espaços.

“As FA têm uma equipa de mecânica, uma oficina de mecânica que nós também precisamos desses serviços. Nós temos centros de formação e eles tem uma polícia judiciária militar que precisa de cientificidade da PJ. E nestes parâmetros nós estamos a assinar esses protocolos que são muito importantes para essas instituições”, realçou.

O que se pretende, reiterou Manuel da Lomba, é, sobretudo, fazer com que a colaboração aconteça de forma mais revitalizada e dinâmica com ganhos para todas as partes e o benefício para o país e para sociedade cabo-verdiana.

MJB/CP

Inforpress/Fim

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Moçambique/Ataques: Mais de 54 mil deslocados em três semanas

Maputo, 11 Mai (Inforpress) - A nova vaga de ataques terroristas em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, provocou pelo menos 54.415 deslocados em três semanas, segundo estimativa divulgada hoje pela Organização Internacional das Migrações (OIM).

Em causa, de acordo com o mais recente boletim regular daquela agência intergovernamental, está a deslocação de pessoas devido a “ataques e o receio de ataques por parte de grupos armados”, entre 17 de Abril e 05 de Maio, sobretudo nos distritos de Ancuabe e Chiùre, mas também em Eráti, na vizinha província de Nampula, envolvendo 13.131 famílias.

No distrito de Chiùre, sul de Cabo Delgado, que tem sido o epicentro dos ataques terroristas mais violentos dos últimos meses, a OIM registou neste período um total de 51.012 deslocados, a maioria (49.798) registados pela organização nas povoações de Namissir e Micone.

No distrito de Ancuabe, a OIM registou 2.959 deslocados, que fugiram sobretudo para a sede distrital, e no distrito de Eráti mais 444 deslocados.

A maioria dos deslocados neste período partiu do posto administrativo de Chiùre-Velho (40.316), sobretudo com destino à sede distrital, a vila de Chiùre, que desde fevereiro recebe dezenas de milhares de pessoas em fuga das comunidades vizinhas.

Do total de deslocados neste período, 59% (33.260) são crianças e 23% (12.276) mulheres, detalha a OIM, destacando que 99% destas pessoas em fuga necessitam de alimentação e 96% de abrigos.

O alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados disse em 07 de março, em Pemba, capital da província de Cabo Delgado, que só garantiu 5% dos 400 milhões de dólares (371 milhões de euros) necessários para responder à crise de deslocados provocados pelos ataques terroristas e desastres naturais no norte de Moçambique.

“Infelizmente, não está bem financiando”, admitiu Filippo Grandi, em declarações aos jornalistas, após visitar campos de reassentamento de populações deslocadas, em fuga aos últimos ataques terroristas, reforçando o apelo ao apoio internacional.

O líder do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) avançou que os ataques terroristas na província, desde 2017 até à altura, já tinham provocado cerca de 1,3 milhões de deslocados e que 780 mil pessoas permaneciam fora das aldeias de origem, apesar de 600 mil terem regressado.

Só a última vaga de ataques terroristas em Cabo Delgado, segundo as organizações das Nações Unidas, provocou 100 mil deslocados no mês de fevereiro, sobretudo em Chiùre.

O alto-comissário admitiu que conflitos mais mediáticos que ocorrem noutros locais condicionam a canalização de verbas para o plano de apoio a Cabo Delgado, em 2024, que envolve “esforços conjuntos” com outras agências.

“Infelizmente, a situação de Moçambique talvez não seja a mais visível”, apontou Grandi.

“Se não tivermos todos os recursos que necessitamos, infelizmente teremos que fazer menos” acrescentou, assumindo, no entanto, a necessidade de mobilizar mais recursos para conter a crise humanitária no norte de Moçambique.

Depois de vários meses de relativa normalidade nos distritos afetados, Cabo Delgado tem registado, desde fevereiro, novas movimentações e ataques de grupos rebeldes, com mortes e destruição de casas e edifícios públicos.

Inforpress/Lusa

Fim

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