Cidade da Praia, 12 Mai (Inforpress) – O director do Mestrado em Treino Desportivo, Filomeno Tavares, afirmou hoje que a universidade de Cabo Verde, quer ter profissionais capacitados em desporto para a dinamização da investigação científica com base na realidade do país.

Em entrevista à Inforpress, Filomeno Tavares enalteceu a importância de “incutir” esta profissão nos estudantes, por forma a reforçar o conhecimento sobre o Desporto. 

O director do Mestrado em Treino Desportivo falava sobre isso, no âmbito do primeiro Seminário Internacional em Desporto e Ciência com a participação de especialistas internacionais, direccionado aos estudantes de mestrado.

“O que nós queremos é, sobretudo, proporcionar oportunidade para uma maior dinamização da investigação científica no âmbito desportivo e ajudar na tomada de decisões com base em evidência”, disse Filomeno Tavares.

A mesma fonte acrescentou que durante o encontro, foram partilhadas experiências sobre actividade física no tratamento da depressão, treino de futebol em relação à composição corporal e temas relacionados com as escolinhas de iniciação desportiva.

“Porque a ideia desse mestrado é, exactamente, nós virmos a ter investigadores em Cabo Verde para analisarem e apresentarem evidências científicas sobre a realidade desportiva de Cabo Verde” disse o docente, acrescentando que “a saúde mental é uma questão muito importante e a investigação tem mostrado que a actividade física é importante no tratamento da depressão, daí ser uma boa aposta neste tema”.

A iniciativa contou com a participação de conferencistas de Portugal, vindos das universidades da Madeira, Lisboa e Coimbra.

OS/HF

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Cidade da Praia 12 Mai (Inforpress) – Cabo Verde acolhe de 13 a 15 de Maio, o Ateliê Regional sobre o acordo Biodversity Beyond National Jurisdiction (BBNJ) e Áreas Marinhas Protegidas em Alto Mar, evento que reunirá, na Praia, especialistas de diversas áreas.

O evento tem como lema "Conectividade das redes de áreas marinhas protegidas, da zona costeira até o alto-mar".

De acordo com uma nota de imprensa, o evento conta com a presença de especialistas de diversas áreas, incluindo oceanografia, biologia marinha, ecologia e direito do mar, além de representantes governamentais, parlamentares, membros da sociedade civil e instituições científicas da África Ocidental.

O acontecimento tem como objectivo principal, de acordo com a nota, promover uma maior compreensão sobre o acordo BBNJ, adoptado pela ONU em 2023, e apoiar os países da África Ocidental no processo de ratificação do acordo.

A criação de áreas marinhas protegidas (AMP) em alto-mar, considerando a interligação ecológica entre zonas costeiras e oceânicas, é também um dos objectivos do evento.

Nos dois primeiros dias do ateliê, os especialistas vão abordar temas como a oceanografia, uso de recursos marinhos, ameaças ao ambiente marinho e governança regional. O terceiro dia será dedicado a uma conferência-seminário, que tem como objectivo apresentar as conclusões das discussões e propor recomendações operacionais para a implementação do acordo BBNJ.

Promovido pelo Programa Regional de Conversação da Zona Costeira e Marinha da África Ocidental (PRCM), pelo Gabinete Francês para a Biodiversidade (OFB), em parceria com as autoridades nacionais de Cabo Verde, o evento conta com a participação do ministro do Mar, Jorge Santos.

De acordo com a nota, a realização deste ateliê representa um passo importante na mobilização regional em torno da protecção dos oceanos e na construção de uma governança marinha mais sustentável e inclusiva.

A Declaração Praia que será apresentada na United Nations Ocean Conference (UNOC), lido no final do evento, refletirá as conclusões e compromissos assumidos pelos participantes.

O Acordo BBNJ, adoptado pela ONU em 2023, é um marco internacional que visa garantir a protecção da biodiversidade marinha além das jurisdições nacionais.

O acordo prevê a criação de novas áreas marinhas protegidas em alto-mar e regula a exploração dos recursos marinhos, com ênfase na conservação e no uso sustentável dos ecossistemas oceânicos.

KR/SR//JMV

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Nova Sintra, 12 Mai (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal da Brava, Amândio Brito, considerou produtiva a visita de cinco dias às cidades de Serpa e Mértola (Portugal), no quadro do protocolo de cooperação existente desde 1997.

Amândio Brito, que falava à Inforpress, informou que a visita tinha a ver com a necessidade de reactivar a relação de amizade, de parceria e de germinação e de protocolo existente com as autarquias portuguesas, que remonta a 1997.

Segundo o autarca, a deslocação a Serpa foi para juntos falarem sobre aquilo que foi o protocolo já antes assinado, por um lado, e, por outro, conviver também com a realidade desse município. 

Conforme salientou o edil, a visita permitiu para analisarem os vários domínios que poderão ser interessantes para o desenvolvimento do município de Serpa, mas também para o desenvolvimento da ilha Brava.

“Nós fomos praticamente a custo zero para com o município da Brava, porque quem nos convidou foi a Associação de Defesa do Património de Mértola, por via do seu presidente, Dr. Jorge Revés, sendo que a ilha não teve despesas com a saída para Portugal”, disse.

O edil avançou ainda que analisaram a situação da Brava comparativamente com aquilo que são as condições existentes em outra região e deste exercício poderem efetivamente ver que há possibilidade do município ser apoiado. 

O autarca sublinhou que as câmaras municipais de Serpa e Mértola comprometeram-se em ajudar no processo da reconstrução do mercado e que juntos analisaram, também, a vertente da cultura, do desporto e da formação técnica profissional.

“Portanto, há toda uma abertura no sentido de se estabilizar essa relação de amizade, de parceria e de germinação e que possa contribuir efectivamente para o crescimento e a evolução da ilha Brava”, finalizou.

DM/JMV

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Roma, 12 Mai (Inforpress) - O Papa Leão XIV pediu hoje a libertação dos jornalistas presos e "a salvaguarda do bem precioso da liberdade de expressão e de imprensa", durante uma audiência com a comunicação social que acompanhou o conclave.

Perante milhares de jornalistas reunidos no Salão Paulo VI para a primeira audiência do seu pontificado, o primeiro Papa norte-americano disse querer "reiterar a solidariedade da Igreja para com os jornalistas presos por procurarem e reportarem a verdade", pedindo a sua libertação.

"A Igreja reconhece nestes testemunhos --- penso naqueles que narram a guerra, mesmo à custa da própria vida --- a coragem daqueles que defendem a dignidade, a justiça e o direito dos povos a serem informados, porque só as pessoas informadas podem tomar decisões livres", afirmou Robert Francis Prevost, na sua mensagem.

"O sofrimento destes jornalistas presos desafia a consciência das nações e da comunidade internacional e convoca-nos a todos para salvaguardar o precioso valor da liberdade de expressão e de imprensa", acrescentou.

O Papa, de 69 anos e eleito há quatro dias, iniciou a sua mensagem com as palavras: "Bem-aventurados os que trabalham pela paz", pedindo aos profissionais da imprensa que "usem um tipo diferente de comunicação, que não procure o consenso a todo o custo, que não se revista de palavras agressivas, que não abrace o modelo da competição e que nunca separe a busca da verdade do amor com que devemos procurá-la humildemente".

Para Leão XIV, a forma como comunicamos é de importância fundamental, pelo que se deve "dizer não à guerra das palavras e das imagens".

Admitindo que o mundo está "a viver tempos difíceis de navegar e de comunicar", o Papa lembrou aos jornalistas que "estão na linha da frente", quando narram conflitos e esperanças de paz ou situações de injustiça e pobreza".

Por isso, pediu-lhes que "escolham consciente e corajosamente o caminho da comunicação da paz", tendo sido aplaudido pelos jornalistas em vários momentos do discurso.

Leão XIV destacou ainda que o imenso potencial dos desenvolvimentos tecnológicos e da inteligência artificial exige responsabilidade e discernimento.

Um tema que já tinha abordado no fim de semana, quando explicou que a escolha do seu nome de Papa se deveu ao facto de acreditar que a Igreja deve enfrentar atualmente os desafios de "outra revolução industrial" que é o desenvolvimento da Inteligência Artificial.

"O Papa Leão XIII, com a histórica Encíclica 'Rerum Novarum', abordou a questão social no contexto da primeira grande revolução industrial e hoje a Igreja oferece a todos o seu legado de doutrina social para responder a uma nova revolução industrial e aos desenvolvimentos da Inteligência Artificial, que traz novos desafios na defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho", concluiu.

Inforpress/Lusa

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