Cidade da Praia, 11 Mai (Inforpress) – A escritora Eurídice Monteiro apresenta na quarta-feira, 14, na cidade da Praia, o seu novo romance “Em Algum Lugar”, terceiro volume da trilogia iniciada em 2016, centrado numa jovem jornalista cabo-verdiana e no tempo contemporâneo.
“Este é o terceiro volume de uma trilogia que eu comecei a publicar em 2016, portanto, na sequência de A Ponte de Kayetona, A Praia dos Amores Clandestinos, agora esse novo romance como título "Em Algum Lugar”, afirmou a escritora.
Em declarações à Inforpress, Eurídice Monteiro explicou que neste novo romance a protagonista é uma jovem, jornalista cabo-verdiana, que simboliza uma nova geração de profissionais em constante interação com uma sociedade em profunda mudança.
“O título deste terceiro livro vem na sequência dos outros volumes, eu tenho vindo a reforçar essa ideia de que essa trilogia que eu comecei a escrever já há algum tempo, tem como principal fio condutor o tempo, cada volume incide sobre um contexto histórico concreto”, apontou.
Segundo disse, o primeiro volume situa-se entre 1924 e 1964, o segundo aborda a década de 1990, e Em Algum Lugar acompanha o leitor desde os anos 90 até aos dias de hoje, contextualizando desafios e mudanças vividas no país e na sua relação com o mundo.
Com uma abordagem marcada pelo humor e pela crítica social subtil, adiantou que “Em Algum Lugar” combina elementos do jornalismo literário e da ficção para reflectir sobre os desafios da juventude cabo-verdiana e o papel do país no contexto global.
Na ocasião reforçou ainda a importância de tornar o livro mais acessível à população cabo-verdiana, sobretudo aos mais jovens, defendendo o papel da literatura na formação de uma sociedade mais consciente e crítica.
É um livro de fácil leitura, que incide sobre a vida da jornalista e um pouco também sobre as diferentes reportagens que ela vai tentando fazer. Portanto é uma narrativa que eu costumo dizer que também gosto muito, do humor na literatura, é um livro que pode ser também visto como páginas de humor e de crítica em certa forma corrosiva da nossa sociedade”, referiu.
Eurídice Monteiro defende que Cabo Verde dispõe hoje de um vasto material sociocultural que deve ser aproveitado para a produção literária.
"Eu escrevo não só para o público mais jovem, mas para todas as gerações. Os mais seniores podem também ler o que eu escrevo, porque é uma literatura comprometida com causas, e neste novo volume futuro, com os problemas dessa nova geração, mas os problemas da juventude, são problemas de toda a sociedade”, concluiu.
AV/CP
Inforpress/Fim
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