Cidade da Praia, 12 Mai (Inforpress) – O governador do BCV anunciou hoje que a instituição vai colocar em circulação, brevemente, cerca de cinco milhões de moedas e que o relatório do inquérito sobre a sua utilização estará concluído até finais de Junho.
“O Banco Central, tendo constatado a ausência de moedas, mandou produzir mais cinco milhões de moedas e vão ser colocadas faseadamente em circulação ainda este ano, e o relatório deve estar pronto antes do final de Junho”, afirmou, Óscar Santos, esta manhã, durante a apresentação do relatório de política monetária (RPM) 2025.
O governador do Banco de Cabo Verde (BCV) adiantou que esta medida surge em resposta à constatação da escassez de moedas no mercado.
Assegurou que, paralelamente, o BCV aguarda a conclusão do relatório do inquérito sobre a utilização de moedas metálicas, que está a ser conduzido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com previsão de conclusão até ao final de Junho.
Segundo Óscar Santos, o relatório terá um carácter essencialmente pedagógico, permitindo compreender os comportamentos da população relativamente ao uso e eventual retenção das moedas, com o objectivo de sensibilizar os cidadãos para a sua correcta utilização, sobretudo nos pequenos negócios.
Alertou ainda para a existência de suspeitas de uso indevido das moedas, que poderão estar a ser desviadas da sua função como meio de pagamento, suspeitas essas, que levaram o BCV a solicitar, desde o ano passado, uma investigação à Polícia Judiciária, para apurar se há práticas ilícitas associadas à acumulação ou transformação das moedas.
O responsável sublinhou a importância de garantir que o investimento na produção de novas moedas corresponda à sua circulação efectiva na economia.
“Não faz sentido o Banco produzir cinco milhões de moedas para daqui a alguns meses as pessoas começarem a sentir falta de moedas”, referiu.
Óscar Santos reforçou que, enquanto o relatório servirá para informar e educar, as situações de natureza criminal serão da competência das autoridades judiciais.
Em Agosto de 2024, cidadãos praienses, comerciantes e ‘rabidantes’, em declarações à Inforpress, manifestaram-se preocupados com a falta de moedas no mercado, questionando por onde param, acusam os chineses de retenção das mesmas e pedem às autoridades competentes que ponham cobro à situação.
AV/HF
Inforpress/Fim
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