Economia cabo-verdiana cresceu 7,3% em 2024 – BCV

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Economia cabo-verdiana cresceu 7,3% em 2024 – BCV
12/05/25 - 04:25 pm

Cidade da Praia, 12 Mai (Inforpress) – O relatório de política monetária apresentado hoje pelo governador do BCV, revela que a economia cabo-verdiana cresceu 7,3 por cento (%) em 2024, com inflação a recuar para 1,0% e “superavit” externo de 3,7% do PIB.

“A economia nacional registou um forte dinamismo, crescendo 7,3%, impulsionada pelo consumo privado e pelas exportações de serviços, sobretudo, do turismo”, afirmou Óscar Santos.

Adiantou que a taxa de inflação média em Cabo Verde reduziu-se para 1,0%, impulsionada pela descida dos preços dos produtos energéticos e alimentares nos mercados internacionais.

No sector externo, a balança corrente registou um “superavit” de 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB), sustentado pelo bom desempenho das exportações ligadas ao turismo, pelas reexportações de combustíveis e víveres nos portos e aeroportos nacionais e, ainda, pelas remessas dos emigrantes.

Este resultado foi também favorecido pelo abrandamento das importações de bens e serviços, o que permitiu compensar a fraca performance da balança financeira e contribuiu para o reforço das reservas externas líquidas do país.

Explicou que as reservas acumuladas são agora suficientes para cobrir 6,5 meses de importações estimadas para 2024, face aos 6,2 meses registados em 2023.

No sector monetário, o crédito à economia registou um crescimento de 5,6%, reflexo da maior dinâmica da actividade económica, do aumento do poder de compra das famílias e da maior disponibilidade dos bancos em conceder crédito, tanto a empresas como a particulares.

Perante o cenário actual de crescente incerteza marcado por tensões geopolíticas e comerciais, o BCV projecta um abrandamento económico de 5,5%, em 2025, e de 5,0% para 2026 e revendo em alta a inflação.

O banco central também reviu em alta as previsões de inflação, prevendo uma taxa de 1,8% para 2025 e 1,4% para 2026, ambos os valores permanecem abaixo do limiar de 2%, referência para a estabilidade dos preços, mantendo-se, por isso, dentro de um intervalo considerado confortável pelo BCV.

Face à persistência da incerteza global, agravada por factores como o conflito comercial entre a China e os Estados Unidos, cuja trégua é temporária, o BCV afirma estar atento e preparado para actuar sempre que necessário, garantindo a defesa da estabilidade macroeconómica e do regime cambial do país.

AV/HF

Inforpress/Fim

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