Lisboa, 13 Jun (Inforpress) – A primeira mesa redonda internacional sobre o Mapeamento da Diáspora no Mundo será realizada, em Lisboa, a 22 de Junho, reunindo comunidades cabo-verdianas residentes em Portugal e nos demais países da Europa, que acolhem a diáspora cabo-verdiana.
Em comunicado conjunto, o Instituto Nacional de Estatística (INE) e o Ministério das Comunidades indicam que a operação de mapeamento da diáspora cabo-verdiana já se iniciou com a deslocação na quarta-feira, 11, da primeira missão a São Tomé e Príncipe.
“O fim da missão culminará com a realização da primeira mesa redonda internacional sobre o Mapeamento da Diáspora no Mundo, a realizar-se com as comunidades cabo-verdianas residentes em Portugal e nos demais países da Europa que acolhem a nossa diáspora, no próximo dia 22 de Junho, no Centro Cultural de Cabo Verde em Lisboa, Portugal”, referiram as duas instituições.
De acordo com a mesma fonte, a missão ao país africano “reflecte a grande importância” reservada às comunidades cabo-verdianas residentes em São Tomé e Príncipe para a “compreensão do fenómeno migratório” que caracteriza as populações de Cabo Verde.
“A sua realização marca, ainda, definitivamente, o arranque do processo de preparação desta grande operação estatística, proposta pelo Governo, liderada pelo INE, e financiada pelo Banco Mundial, enquanto um dos maiores parceiros de desenvolvimento do país”, frisou.
O projecto de mapeamento da diáspora cabo-verdiana confere “centralidade à diáspora cabo-verdiana, tanto na mudança de paradigma em relação à cultura de governação do país, quanto no seu processo de integração em prol do seu desenvolvimento sustentável, enquadrando-a no processo de produção, sistematização e difusão de informações estatísticas oficiais, como pilar estratégico fundamental no planeamento do processo de desenvolvimento de Cabo Verde”.
O INE e o Ministério das Comunidades sublinham que se quer com esta operação estatística saber onde estão os cabo-verdianos que decidiram emigrar ao longo da história do país, quantos são, quem são e como vivem na diáspora.
Com isso, o objectivo é definir seu perfil, enquanto parte da população cabo-verdiana expatriada em mais de 40 países do mundo, de forma a que seja possível avaliar e projectar a sua real condição de vida e disponibilidade para se engajarem estrategicamente no processo de desenvolvimento do país.
O Governo aprovou em Junho de 2023 o início do processo de mapeamento da diáspora cabo-verdiana, conferindo ao INE o papel de executar o projecto, com o mapeamento a ser realizado em todos os países que acolhem comunidades cabo-verdianas com vista a atualizar e facilitar a produção de estatísticas oficiais, prevendo-se a conclusão da operação em 2026.
A estimativa é que vivem fora do país 1,5 milhões de cabo-verdianos e descendentes, cerca do triplo da população residente no arquipélago, de quase 500 mil habitantes.
DR/AA
Inforpress/Fim
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