São Vicente/Chuvas: UNTCCS preocupada com prejuízos das trabalhadoras do sector informal e perda de postos de trabalho
Mindelo, 16 Ago (Inforpress)- A secretária-geral da UNTC-CS mostrou-se hoje preocupada com os prejuízos das trabalhadoras do sector informal na Praça Estrela e com a perda de postos de trabalho por causa das chuvas.
Joaquina Almeida, secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS), disse que a situação é extremamente crítica, marcada pelo encerramento de inúmeros postos de trabalho e pela grande dificuldade de recuperação sem uma assistência externa imediata.
“O impacto desta catástrofe é devastador para toda a comunidade trabalhadora, com especial incidência nas mães trabalhadoras do sector informal, que já enfrentavam enormes desafios devido às secas prolongadas e às dificuldades económicas”, afirmou.
Face a essa realidade, segundo Joaquina Almeida, a central sindical já accionou os seus parceiros internacionais, apelando à mobilização de apoios solidários que permitam oferecer ajuda alimentar, assistência médica e apoios à reconstrução de forma a “restituir esperança e dignidade às famílias afectadas”.
Segundo a mesma fonte, os sindicatos do Maio, Fogo e Praia já se disponibilizaram a ajudar nesta luta pelos trabalhadores de São Vicente.
Além disso, avançou que numa próxima fase, a UNTCCS estará em São Vicente para ajudar a comunidade trabalhadora, particularmente as mulheres do sector informal.
“Vimos, por exemplo, o mercado de hortaliças e verduras que ficou completamente destruído e nós pensamos nessas mulheres, com as dificuldades que têm, o que estarão a fazer, como é que estarão a viver o dia-a-dia com os seus filhos, as suas casas. Isso é de cortar o coração”, lançou.
Para Joaquina Almeida, em primeiro lugar o Governo deve fazer alguma coisa para alojar quem está desalojado de uma maneira definitiva, não provisório para depois retirar essa gente.
E depois, ajuntou, os bancos devem financiar com uma ajuda incondicional e sem juros para as pessoas recuperem os seus negócios.
“Essas pessoas perderam tudo, como é que vão começar, se se vai financiar pensando já, daqui a três meses, para poderem pagar as prestações? Não é possível, porque nós sabemos que talvez a seis meses ou daqui a um ano é que a vida vai retornar à normalidade aqui em São Vicente”, arrematou.
CD/JMV
Inforpress/Fim
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