internacional


28/04/24 15:54

Riade, 28 Abr (Inforpress) - O Alto Representante para os Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), Josep Borrell, afirmou hoje que os vinte sete apoiarão a Ucrânia “até que (Vladímir) Putin decida parar a guerra”, o que, admitiu, “não acontecerá em breve”.

Na reunião especial do Fórum Económico Mundial (WEF), que começou hoje em Riade, na Arábia Saudita, e continua até segunda-feira, Borrell reiterou o compromisso da UE em apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia, independentemente do investimento orçamental que isso represente.

"Continuaremos a apoiar o povo da Ucrânia (...) Há quem pergunte quanto dinheiro iremos gastar neste conflito. Comprometemo-nos a apoiar a Ucrânia a resistir até que Putin decida parar a guerra, mas eu acho que isso não acontecerá em breve", disse o mais alto representante na Política de Segurança da UE.

No seu discurso, Borrell lembrou que “Putin começou a guerra” e que o presidente russo “vai esperar pelas eleições nos Estados Unidos” para considerar o futuro ou a possibilidade de pôr fim ao conflito que começou há pouco mais de dois anos.

Quanto à prolongada guerra entre a Rússia e a Ucrânia, manifestou preocupação com a possibilidade de algo semelhante acontecer no Médio Oriente, referindo-se ao conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

Inforpress/Lusa

Fim

28/04/24 11:36

Jerusalém, 28 Abr (Inforpress) - O exército israelita revelou hoje novos ataques e operações na Faixa de Gaza por terra, mar e ar contra alegados alvos do grupo Hamas, após 205 dias de ofensiva militar que criaram condições de vida “atrozes” para a população.

Os caças do exército israelita atacaram e “desmantelaram com precisão os locais de lançamento prontos a disparar contra o território israelita”, refere um comunicado do exército, acrescentando que as forças armadas continuam a operar no centro de Gaza.

“Nas últimas horas, caças e outros aviões atacaram dezenas de alvos terroristas, incluindo infraestruturas terroristas, locais de lançamento, terroristas armados e postos de observação”, refere o comunicado militar, sublinhando que a marinha israelita se juntou a estes ataques com “apoio de fogo” e assistência às forças terrestres.

Desde o início da guerra, em 07 de Outubro, mais de 34.300 palestinianos foram mortos, na sua maioria crianças e mulheres, na ofensiva implacável de Israel, na qual morreram 260 soldados israelitas.

Sem desvendar mais pormenores ou locais, o exército diz que os aviões mataram “vários” combatentes suspeitos perto das tropas e que os aviões e a artilharia mataram outro grupo de combatentes que operavam no centro da Faixa de Gaza.

Para o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), estes contínuos “bombardeamentos israelitas a partir do ar, terra e do mar em vastas zonas da Faixa de Gaza” estão a resultar em “mais vítimas civis, deslocações e destruição de casas e outras infraestruturas civis”.

O porta-voz do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, descreveu esta semana as condições de vida em Gaza como “terríveis” e alertou para o facto de se agravarem com a subida das temperaturas e a crescente dificuldade de acesso a água potável, uma vez que os ataques israelitas provocaram o colapso do sistema de tratamento de água potável.

Estes ataques ocorrem no momento em que o Hamas analisa a última proposta de trégua em Gaza apresentada por Israel, que continua a insistir, apesar das pressões da comunidade internacional, na sua determinação de invadir Rafah, no extremo sul do enclave palestiniano, onde se aglomeram cerca de 200.000 habitantes e 1,2 milhões de pessoas deslocadas.

A coordenadora humanitária e de reconstrução das Nações Unidas para Gaza, Sigrid Kaag, advertiu em 24 de abril o Conselho de Segurança da ONU de que uma eventual incursão terrestre em Rafah “agravaria a catástrofe humanitária em curso, com consequências para as pessoas já deslocadas e que suportam graves dificuldades e sofrimentos”.

Inforpress/Lusa

Fim

27/04/24 21:30

Cairo, 27 Abr 2024 (Lusa) – O Hezbollah lançou hoje uma operação aérea, com mísseis guiados e drones, contra posições militares no norte de Israel, em resposta a um ataque israelita contra o sul do Líbano, noticia a agência Efe.

Em comunicado, o grupo xiita libanês disse que lançou “uma complexa operação aérea com drones de assalto e mísseis guiados” contra um quartel-general em Manara, no norte de Israel, e “contra posições do 51.º batalhão, pertencente à Brigada Golani”, que sofreu “impactos directos”.

O Hezbollah acrescentou que esta acção foi “em resposta aos ataques inimigos contra cidades e casas civis, especialmente nos municípios de Kfar Kila e Kfar Shuba" no sul do Líbano

No mesmo sentido, deu também conta da morte de dois dos seus combatentes nas cidades libanesas de Kfar Kila e Khiam, enquanto a Agência Nacional de Notícias Libanesa (ANN) informou a morte de um civil em um ataque israelense contra a cidade de Kfar Shuba.

O grupo libanês assumiu, igualmente, a responsabilidade por mais duas operações contra o norte de Israel, nas quais terá utilizado foguetes.

Estes ataques ocorrem um dia depois de o Hezbollah ter lançado "dezenas" de foguetes contra um quartel militar no norte de Israel, em resposta a um bombardeamento que matou dois comandantes do grupo sunita Jamaa al Islamiya, no sul do Líbano.

Desde Outubro do ano passado, o Hezbollah e Israel têm estado envolvidos num intenso fogo cruzado, na sequência da guerra na Faixa de Gaza.

Inforpress/Lusa/Fim

27/04/24 14:27

Gaza, Palestina, 27 Abr (Inforpress) – O número de mortos na sequência da ofensiva lançada pelo exército israelita contra a Faixa de Gaza desde o início da guerra subiu para 34.388, revelou hoje o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas.

Segundo as autoridades locais, controladas pelo grupo islamita palestiniano Hamas, pelo menos 34 pessoas perderam a vida nas últimas 24 horas, em ataques do exército israelita contra a Faixa de Gaza.

“A ocupação israelita cometeu quatro massacres contra famílias na Faixa de Gaza, nos quais morreram 32 pessoas e 69 ficaram feridas”, informou o Ministério da Saúde no seu comunicado diário, em que deu conta das vítimas que foram transferidas para hospitais.

Além das 34.388 mortes, a maioria das quais mulheres e crianças, nos 204 dias de guerra registaram-se 77.437 feridos.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza indicou também que há vítimas debaixo dos escombros e nas estradas, cujos corpos não podem ser recuperados pelas equipas de emergência.

De acordo com a agência de notícias palestiniana Wafa, entre os mortos contabilizados nas últimas horas estão seis cidadãos que morreram num ataque aéreo israelitas contra a cidade de Rafah, no sul de Gaza.

O exército israelita informou também que, nas últimas 24 horas, atacou 25 alegados alvos de combatentes palestinianos em diferentes partes da Faixa de Gaza.

Estes ataques ocorreram enquanto o Hamas estuda a última proposta que Israel apresentou a um grupo de mediadores egípcios para chegar a acordo para uma trégua.

Inforpress/Lusa/fim

27/04/24 09:02

Kiev, 27 Abr (Inforpress) – O ministro da Energia ucraniano declarou hoje que ataques russos com mísseis atingiram instalações energéticas em três regiões da Ucrânia e, segundo o operador de energia privado DTEK, quatro centrais térmicas também foram “gravemente danificadas”.

“O inimigo atacou novamente a infra-estrutura energética do país” entre a noite de sexta-feira e hoje, declarou o ministro da Energia ucraniano, German Galushchenko, na rede social Facebook.

O ministro ucraniano afirmou que houve “danos” em instalações energéticas nas cidades de Dnipropetrovsk (centro-leste), Ivano-Frankivsk e Lviv (oeste).

Num comunicado, o operador DTEK relatou que quatro das suas centrais térmicas foram "severamente danificadas" pelos ataques "massivos" dos russos entre a noite de sexta-feira e hoje.

Já o Ministério da Defesa russo declarou que entre a noite de sexta-feira e hoje interceptaram 68 ‘drones’ ucranianos na região de Krasnodar (sul) e na Crimeia.

Segundo o ministério russo, 66 destes ‘drones’ foram abatidos sobre o território de Krasnodar e os outros dois na península da Crimeia, anexada pela Rússia aos ucranianos em 2014.

“Os ucranianos tentaram atacar refinarias de petróleo e outras infra-estruturas. Segundo informações no local, não há feridos ou danos graves”, declarou o governador da região de Krasnodar, Veniamin Kondratyev, na rede social Telegram.

O exército ucraniano aumentou os seus ataques com ‘drones’ em território russo nos últimos meses, visando particularmente instalações energéticas.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de Fevereiro de 2022.

Inforpress/Lusa/Fim

26/04/24 15:38

Beijing, 26 Abr (Inforpress) - O presidente chinês, Xi Jinping, disse hoje que a China está “feliz” em ver os Estados Unidos “confiantes, abertos, prósperos e vigorosos”, e espera que os EUA também possam olhar para o desenvolvimento da China de uma forma “positiva”.

"Esse é um assunto fundamental que deve ser abordado, exactamente como o primeiro botão de uma camisa que deve ser colocado no lugar certo, para que as relações China-EUA realmente se estabilizem, melhorem e avancem", disse Xi Jinping, segundo a Xinhua, ao reunir-se com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em Beijing.

Observando que este ano marca o 45º aniversário das relações diplomáticas entre a China e os Estados Unidos, o Presidente chinês assinalou que, nos últimos 45 anos, as relações passaram por “ventos e chuvas” e têm uma série de inspirações “importantes” a oferecer.

A mesma fonte destacou que a China e os Estados Unidos devem ser parceiros em vez de rivais; ajudar um ao outro a ter sucesso em vez de prejudicar um ao outro; buscar pontos comuns e reservar as diferenças, em vez de se envolver em uma “concorrência viciosa”; e honrar as palavras com acções, em vez de dizer uma coisa e fazer o contrário.

"Propus que o respeito mútuo, a coexistência pacífica e a cooperação ganha-ganha fossem os três princípios gerais. Eles são lições tiradas do passado e uma guia para o futuro", acrescentou Xi.

“Actualmente, uma transformação nunca vista em um século está se desenrolando de forma profunda, e a situação internacional é volátil e turbulenta. É o desejo compartilhado dos dois povos e da comunidade internacional ver a China e os Estados Unidos fortalecerem o diálogo, gerenciarem as diferenças e avançarem na cooperação”, declarou.

"Já disse muitas vezes que o planeta é grande o suficiente para acomodar o desenvolvimento comum e a respectiva prosperidade da China e dos Estados Unidos", enfatizou ele.

Xi lembrou sua reunião com o presidente dos EUA, Joe Biden, em São Francisco, no ano passado, quando lançaram a visão de São Francisco voltada para o futuro. Nos últimos meses, as duas equipes agiram de acordo com os entendimentos comuns dos dois chefes de Estado, mantiveram a comunicação em várias áreas e conseguiram alguns “bons progressos”, diz a mesma fonte.

"Mas ainda há questões a serem abordadas que exigem mais esforços. Sua visita desta vez foi abordada entre o Presidente Biden e eu em nossa conversa telefónica há várias semanas. Espero que faça valer a pena", considerou o chefe de Estado da China.

Inforpress/Xinhua

Fim

25/04/24 12:39

Lisboa, 25 Abr (Inforpress) - As autoridades norte-coreanas admitiram hoje tomar medidas caso os Estados Unidos da América implementem um novo mecanismo para endurecer e monitorizar as sanções impostas contra Pyongyang.

A Coreia do Norte pode vir a adotar "fortes medidas pragmáticas" para aumentar a sua força militar depois de Washington ter prometido trabalhar com a Coreia do Sul e outros países, para criar um comité de peritos alternativo para monitorizar as sanções e o cumprimento das mesmas por parte de Pyongyang.

Esta medida foi posta em cima da mesa depois de a Rússia ter vetado a possibilidade de alargar a comissão das Nações Unidas (ONU) que existia até agora e era responsável por estas funções.

"Se os Estados Unidos impuserem novas sanções contra a Coreia do Norte, aproveitaremos qualquer oportunidade para reajustar a nossa força, tal como os Estados Unidos temem", disse o vice-ministro do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, Kim Un Chol.

O governante adiantou que, "cada vez que os Estados Unidos preparam novas sanções dentro da ONU", o que conseguem é que a Coreia do Norte desenvolva "mais testes balísticos e nucleares", avançando que "serão tomadas ações contundentes" para impulsionar estas áreas.

Considerando que o mecanismo da ONU para supervisionar as sanções é ilegal, apesar de ter estas funções há uma década, o vice-ministro sustentou que "agora corre o risco de entrar em colapso e os Estados Unidos estão a apressar-se para garantir que a estrutura de pressão exercida através de sanções" não termine, segundo um comunicado do ministério.

Lembrando que a população norte-coreana vive sob sanções impostas por "forças hostis" há mais de meio século, o ministério qualificou esta ação de obsessiva por parte da Administração norte-americana.

"As sanções, a ferramenta diplomática preferida dos Estados Unidos, podem ser vistas como uma forma de sobrevivência do país, uma vez que lhes permite exercer domínio sobre outros povos", acrescentou, referindo ainda que "o facto de se ter tornado uma pedra no sapato dos Estados Unidos é uma realidade inegável".

Inforpress/Lusa

Fim

25/04/24 12:20

Copenhaga, 25 Abr (Inforpress)- Mais de metade dos adolescentes experimentaram álcool e um em cada cinco fumou recentemente cigarros electrónicos, alertou hoje o Escritório Regional Europeu da Organização Mundial de Saúde (OMS), num relatório sobre hábitos de saúde.

O álcool é a substância mais consumida entre os jovens: 57% dos adolescentes de 15 anos já experimentaram e 37% consumiram no último mês, enquanto um em cada 10 admite ter-se embriagado pelo menos duas vezes na vida, um percentual que vai de 5% aos 13 anos para “alarmantes” 15% aos 15 anos.

“Estas descobertas destacam o quão normalizado e disponível está o álcool, mostrando a necessidade urgente de melhores medidas para proteger as crianças e os jovens dos danos causados” por este consumo, afirma a OMS-Europa, que abrange 57 países, incluindo a Rússia e várias antigas repúblicas soviéticas.

O estudo destaca que os cigarros eletrónicos ultrapassaram os cigarros convencionais em popularidade: 32% dos jovens de 15 anos usaram-nos em algum momento e 20% usaram-nos nos últimos 30 dias, números que descem para 25% e 15%, respetivamente, nos cigarros convencionais.

Esta tendência é sobretudo observada a partir dos 13 anos: enquanto 11% já fumaram alguma vez e 5% fumaram no último mês, no caso dos cigarros eletrónicos a percentagem aumenta para 16% e 9%, respetivamente.

A OMS alerta que esta “transição” para os cigarros eletrónicos como escolha mais popular exige ações específicas, incluindo a sua aparição em videojogos, programas de entretenimento e outros conteúdos para jovens através de plataformas multimédia.

O relatório também confirma que a disparidade de género no consumo de substâncias foi reduzida “rapidamente” e que as raparigas de 15 anos igualam ou superam os rapazes no tabaco, álcool e cigarros eletrónicos.

O consumo de cannabis, no entanto, apresenta uma ligeira diminuição: a percentagem de jovens de 15 que a experimentaram caiu de 14 para 12%, entre 2018 e 2022.

Inforpress/Lusa

Fim

25/04/24 12:00

Chongqing, 25 Abr (Inforpress) - O presidente chinês, Xi Jinping, pediu a construção de universidades médicas militares de classe mundial, justificando que elas devem servir ao campo de batalha e às tropas e abraçar o futuro.

Xi Jinping, também secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China e presidente da Comissão Militar Central, fez as declarações durante uma visita à Universidade de Medicina do Exército na terça-feira, segundo a Xinhua.

Enfatizando a necessidade de implementar o pensamento sobre o fortalecimento das forças armadas para a nova era, Xi pediu à universidade que melhore sua operação e cultivo de talentos, e aumente sua capacidade de apoio médico.

Durante a visita, Xi se inteirou sobre as informações básicas da universidade e a disciplina-chave sobre o tratamento médico no campo de batalha.

A Universidade de Medicina do Exército, uma instituição reorganizada criada em 2017, realizou uma série de “importantes” tarefas, incluindo apoio médico à luta militar e prevenção e controlo da Covid-19.

O Presidente chinês aproveitou ainda para ressaltar a importância de fomentar a virtude e desenvolver as capacidades de combate, bem como promover a inovação na pesquisa científica médica militar para ganhar vantagem nas fronteiras.

Inforpress/Xinhua

Fim

25/04/24 10:36

Varsóvia, 25 Abr (Inforpress) – O chefe da diplomacia polaca disse hoje que um eventual ataque russo à NATO terminaria numa derrota para Moscovo e defende que a Organização do Tratado do Atlântico Norte deve aumentar as suas defesas.

Radoslaw Sikorski discursava no parlamento polaco, na apresentação da nova visão do Governo, liderado pelo primeiro-ministro, Donald Tusk, explicando que as prioridades mudaram, noticiou a Associated Press.

O ministro dos Negócios Estrangeiros adiantou que a Polónia quer regressar ao grupo de países que define a agenda da União Europeia.

O discurso ocorre num momento crucial do ponto de vista histórico, dada a guerra na Ucrânia e face à possibilidade de a agressão russa a Kiev não parar neste país.

A Polónia, membro da NATO e da União Europeia, partilha fronteiras com a Rússia e a Bielorrússia (aliada de Moscovo), além da Ucrânia, e é considerado um ponto chave no envio de armas ocidentais para Kiev.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros antecipara que o discurso iria realçar a importância deste momento na História e sublinhar o quão diferente é a política externa da Polónia após a mudança de Governo.

Por outo lado, salientaria “a importância que Varsóvia atribui à ajuda à Ucrânia” e apelaria “à Rússia para se juntar à família ocidental de nações”.

Inforpress/Lusa

Fim

24/04/24 12:57

Estrasburgo, França, 24 Abr (Inforpress) – A presidente da Comissão Europeia defendeu hoje que a Rússia representa “uma ameaça existencial não só para a Ucrânia, mas também para a Europa” e alertou que uma vitória russa na Ucrânia “mudaria o curso da História europeia”.

Ursula Von der Leyen intervinha numa cerimónia festiva no Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo, para assinalar o 20.º aniversário do maior alargamento da história da União Europeia, concretizado a 01 de maio de 2004 com a entrada em simultâneo no bloco de 10 novos Estados-membros.

Saudando o grande alargamento de há 20 anos e considerando que “é natural que se aguarde com expectativa novos alargamentos”, a presidente do executivo comunitário considerou, contudo, ser seu “dever transmitir hoje uma mensagem muito clara sobre o futuro” da União Europeia (UE), à luz da guerra em curso na Ucrânia iniciada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, há mais de dois anos.

“O que acontecer na Ucrânia irá moldar o futuro da nossa União para sempre. Não podemos ignorar e não podemos subestimar o facto de a Rússia representar uma ameaça existencial não só para a Ucrânia, mas também para a Europa. Uma vitória de [Vladimir] Putin não só mudaria o mapa, não só mascararia o rosto da nação ucraniana, como mudaria o curso da história europeia. A nossa União nunca mais seria a mesma”, declarou.

Observando que “a Ucrânia está a carregar esse pesado fardo nos ombros” por toda a Europa e “está a pagar o preço mais alto todos os dias por isso”, Von der Leyen defendeu que “só há uma maneira de enfrentar” a atual situação, pois “só há uma linguagem que Putin entende, e essa é dotar a Ucrânia de meios para se defender”.

“Putin acreditava que nós não defenderíamos a democracia e a independência da Ucrânia. Estava enganado. Putin acreditava que o apoio militar dos Estados Unidos não passaria no Congresso norte-americano. Enganou-se, mais uma vez. A assistência militar dos Estados Unidos e a nossa assistência, da União Europeia, é um incentivo para fazermos ainda mais. E temos de ser muito claros a este respeito. Porque para que a Europa vença no futuro, tal como aconteceu há 20 anos, a Ucrânia tem de vencer”, afirmou.

Enfatizando que “a Ucrânia fez a sua escolha europeia” ao candidatar-se à adesão ao bloco comunitário, Von der Leyen disse que também a UE fez a sua “escolha ucraniana”, ao lançar o processo para a adesão, tal como fez uma escolha “há tantos anos” quando decidiu acolher “tantos países”.

“E as decisões que tomaremos nas próximas semanas, meses e anos decidirão quem ganhará o futuro da Europa. Por isso, juntos, vamos manter-nos unidos. Mantenhamo-nos fortes em relação à Ucrânia. E mantenhamo-nos ambiciosos no que respeita ao alargamento e às reformas. É assim que cumpriremos mais uma vez a promessa europeia, tal como fizemos há 20 anos”, concluiu.

Inforpress/Lusa

Fim

24/04/24 07:59

Washington, 24 Abr (Inforpress) – O Senado dos Estados Unidos aprovou, após meses de bloqueio, um novo pacote de ajuda militar de 61 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros), que pode ser enviado para Kiev esta semana.

A câmara alta do Congresso norte-americano aprovou na terça-feira à noite, por uma maioria de 79 votos contra 18, um pacote global de 95 mil milhões de dólares (cerca de 90 mil milhões de euros) para ajudar Ucrânia, Israel e Taiwan.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse que os EUA iam “começar a enviar armas e equipamentos para a Ucrânia esta semana”, de acordo com um comunicado divulgado após a aprovação no Senado, de maioria democrata.

“Assinarei esta proposta de lei e falarei com o povo norte-americano quando ele chegar à minha mesa”, disse o democrata.

“Uma maioria bipartidária no Senado juntou-se à Câmara [dos Representantes, a câmara baixa, de maioria republicana] para responder ao apelo da história neste ponto de inflexão crítico”, disse Biden.

Já hoje, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse estar “grato ao Senado dos Estados Unidos por aprovar (…) uma ajuda vital à Ucrânia”.

“As capacidades de longo alcance, a artilharia e a defesa aérea da Ucrânia são ferramentas essenciais para restaurar mais rapidamente uma paz justa”, considerou Zelensky, numa mensagem nas redes sociais.

O pacote inclui o envio de munições, incluindo de defesa aérea e munições de artilharia, pedidas pelas forças ucranianas, bem como veículos blindados e outras armamento.

Na semana passada, o diretor da agência de informações norte-americana CIA, Bill Burns, defendeu que a Ucrânia pode perder a guerra se Kiev não receber ajuda militar até ao final deste ano.

Também o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, disse aos membros da Câmara dos Representantes que as condições no campo de batalha estavam a mudar e que as forças russas estavam a obter ganhos substanciais na frente de batalha.

A aprovação seguiu-se a semanas de debate de alta tensão entre republicanos e democratas e mesmo dentro do Partido Republicano, onde uma fação radical próxima do ex-presidente Donald Trump ameaça mesmo tentar destituir o líder republicano da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, acusando-o de ser cúmplice da Casa Branca.

Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, os EUA enviaram mais de 44 mil milhões de dólares (cerca de 41 mil milhões de euros) em armas, manutenção, treino e peças sobressalentes para a Ucrânia.

Durante a maior parte desse tempo, os pacotes de ajuda foram sendo transferidos num período de poucas semanas, mas o dinheiro começou a escassear a partir de setembro passado.

Em meados de dezembro, o Pentágono informou que tinha ficado sem verbas de ajuda a Kiev e tinha de parar de enviar armas porque, sem autorização do Congresso, não tinha condições para esse apoio.

Inforpress/Lusa

Fim

Afficher 1 à 12 de 60