internacional


15/05/24 20:57

Bratislava, 15 Mai (Inforpress) – O estado de saúde do primeiro-ministro eslovaco é “extremamente grave”, após sofrer um atentado a tiro, segundo o ministro da Defesa, que informou que Robert Fico estava a ser submetido ao fim da tarde a uma cirurgia “muito complicada”.

Em declarações à imprensa, o ministro Robert Kalinak indicou que a intervenção iria durar três horas e meia e que “todos rezam para que a boa constituição do primeiro-ministro e a medicina moderna façam o seu trabalho”.

O ministro da Defesa afirmou que “está absolutamente claro” que o atentado contra Fico “foi um ataque político” e merece uma reação em conformidade.

O governante falava aos jornalistas junto do Hospital Roosevelt, na localidade de Banská Bystrica, no centro do país, para onde o líder eslovaco foi transferido de helicóptero após sofrer o ataque.

Roberto Fico, de 59 anos, foi atingido no estômago por vários tiros, disparados junto da Casa da Cultura, na cidade de Handlova, localizada a cerca de 150 quilómetros a nordeste da capital.

A polícia isolou o local e o suspeito foi detido.

Inforpress/Lusa

Fim

15/05/24 13:43

Lisboa, 15 Mai (Inforpress) – Graça Machel exortou hoje os líderes religiosos de todo o mundo a garantirem condições para que “as mulheres se sentem nas principais mesas de negociação” e “contribuam plenamente para a resolução de conflitos” e “construção” dos estados.

“Exorto-nos a todos a encontrar formas significativas de garantir que as mulheres se sentam nas principais mesas de negociação e de tomada de decisões - nas suas diversas capacidades como especialistas, líderes da sociedade civil, guardiãs da religião, académicas, advogadas, defensoras dos direitos humanos, mães e irmãs”, afirmou Graça Machel, num discurso proferido no 1º Fórum KAICIID para o Diálogo, que decorre hoje e na em Lisboa, e reúne vários altos líderes religiosos e políticos mundiais, assim como organizações internacionais e da sociedade civil.

A mulher de Nelson Mandela, e antes do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, deu vários exemplos do papel das mulheres na mediação de conflitos, alguns dos quais em que participou diretamente, nomeadamente na Libéria, no Burundi e no Quénia, para sublinhar que “as mulheres - que carregam o maior peso do sofrimento e as feridas mais dolorosas das vitimas dos conflitos - têm perspetivas e aspirações que são absolutamente cruciais para a resolução duradoura dos conflitos e para a construção efetiva das nações”.

“Temos de criar espaço para ouvir e respeitar as diferentes vozes, as diversas entoações e as múltiplas oitavas de perspetivas das mulheres, se alguma vez quisermos desfrutar dos acordes harmoniosos e duradouros da paz”, acrescentou.

A “dor” das mulheres dá “forma” às suas “perspetivas únicas, sobre as quais podem assentar as bases para uma paz sustentável e para a construção dos estados”, disse ainda.

“Apesar das provas esmagadoras que demonstram que a participação das mulheres na resolução de conflitos é fundamental para acabar com a violência, e apesar dos quase 25 anos da adoção da Resolução 1325 das Nações Unidas, as mulheres continuam a ser uma minoria nas mesas de negociação a nível mundial”, sublinhou.

“Precisamos urgentemente de nos afastar deste paradigma de exclusão e desconsideração para um paradigma de inclusão e respeito”, acrescentou.

Machel sustentou que os atuais modelos de resolução de conflitos “estão ultrapassados” e defendeu a necessidade de “um novo modelo” em que se deixe de “permitir que as fações beligerantes que iniciam o conflito sejam os únicos decisores na sua resolução”.

“A inclusão é tão importante para qualquer processo de paz que defendo vivamente a existência de quotas obrigatórias na mediação”, disse.

Segundo a ativista, “os processos políticos oficiais - quer sejam geridos por organismos multilaterais ou por governos individuais - deveriam ser obrigados a ter uma percentagem de mulheres sentadas à mesa das negociações formais”.

“Temos de mudar a dinâmica do poder e aproximarmo-nos de um paradigma em que reconhecemos a força do diálogo entre múltiplos intervenientes e damos poder a coligações alargadas de pacificadores civis para que sejam igualmente influentes no processo de construção da paz”, sustentou ainda.

A “mulher-ativista”, como se apresentou no fórum, apontou ainda a “responsabilidade” dos líderes religiosos de “moldar as crenças de milhares de milhões de pessoas em todo o mundo”, pelo que a sua “influência deve ser transformada” e estimulada a sua “capacidade” enquanto “poderosos portadores da paz”.

“Temos de alargar o espaço para as instituições religiosas servirem de plataformas de diálogo e de parceiros progressistas para pôr fim aos conflitos”, afirmou.

“Agora, mais do que nunca, precisamos que aqueles a quem procuramos orientação espiritual rejeitem as ideologias que fomentam a desigualdade, a divisão e a destruição e, em vez disso, nos orientem para a empatia, a compaixão e a aceitação mútua”, acrescentou Graça Machel.

Inforpress/Lusa

Fim

15/05/24 07:55

Kiev, 15 Mai (Inforpress) – O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, defendeu hoje em Kiev que a Rússia deve pagar a reconstrução da Ucrânia e reiterou a promessa de apoio de Washington até que a segurança do país seja restabelecida.

Num discurso dirigido a estudantes durante a visita que hoje realizou a Kiev, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos defendeu que a compensação de Moscovo pela destruição provocada pela invasão russa da Ucrânia, desde 24 de fevereiro de 2022, é “o que o direito internacional exige e é o que o povo ucraniano merece”.

Blinken assegurou que Washington tem a intenção de utilizar para este fim os bens russos apreendidos pelos Estados Unidos após o começo da invasão, ao mesmo tempo que recordou que o seu país está ao lado da Ucrânia “desde o primeiro dia” do conflito.

“E estaremos ao vosso lado até que a segurança, a soberania e a capacidade da Ucrânia de escolher o seu próprio caminho estejam garantidas", afirmou, num momento em que as forças de Kiev estão fortemente pressionadas pelas tropas de Moscovo nas frentes de combate no leste e nordeste do país e insistem na necessidade urgente de armamento e munições.

O governante norte-americano considerou que este é “um momento crítico” e vaticinou que “as próximas semanas e meses exigirão muito dos ucranianos, que já se sacrificaram tanto”. E insistiu: “Vim à Ucrânia com uma mensagem: vocês não estão sozinhos”.

Antony Blinken observou que, às vezes, ouve-se que o tempo está do lado do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, atendendo à população superior do seu país, à determinação do Kremlin de “lançar mais russos para o triturador de carne que criou” e do investimento em mais recursos na “tentativa de subjugar a Ucrânia”.

No entanto, comentou que, “na verdade, a Rússia tem perdido a batalha para controlar o destino da Ucrânia há 20 anos” e Putin comete um erro de avaliação nesta guerra, argumentando que o tempo está do lado de Kiev: “À medida que a guerra avança, a Rússia volta atrás no tempo. A Ucrânia avança”.

No seu discurso aos estudantes do Instituto Politécnico de Kiev, o secretário de Estado norte-americano referiu-se também à controversa nova lei de mobilização da Ucrânia, que baixa a idade mínima do recrutamento para os 25 anos e condiciona a permanência de homens em idade militar no estrangeiro, considerando que é “difícil mas necessária”, à luz do contexto de guerra.

Para Blinken, o novo texto legal permitirá “fortalecer a defesa” da Ucrânia e fornecer ao seu Exército “tropas adicionais para lutar contra uma força invasora superior”.

Anteriormente, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos sustentou que a nova ajuda militar norte-americana à Ucrânia, recentemente aprovada, fará uma “verdadeira diferença” no campo de batalha.

Nos últimos dias, as tropas de Moscovo capturaram cerca de 100 a 125 quilómetros quadrados na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, ao mesmo tempo que fazem esforços concertados para penetrar na província parcialmente ocupada de Donetsk, no leste do país.

Analistas consideram que este é um dos períodos mais perigosos para a Ucrânia desde o início da invasão russa.

“Sabemos que este é um momento desafiador”, disse Blinken em Kiev, onde se encontrou com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com o seu homólogo, Dmytro Kuleba.

A visita ocorre menos de um mês depois de o Congresso dos Estados Unidos ter aprovado um pacote de assistência externa, há muito adiado, que reserva mais de 55 mil milhões de euros a Kiev, incluindo a reposição de sistemas de artilharia e de defesa aérea que se encontram praticamente esgotados.

“Parte dessa ajuda já chegou e outra está a caminho”, disse Blinken hoje na capital ucraniana.

Zelensky agradeceu a ajuda fornecida pelos Estados unidos, mas acrescentou que é necessário mais, incluindo dois sistemas de Patriot para proteger Kharkiv com urgência.

Inforpress/Lusa

Fim

14/05/24 11:48

Bruxelas, 14 Mai (Inforpress) – Os ministros das Finanças da União Europeia aprovaram hoje um plano com 69 reformas e dez investimentos na Ucrânia até 2027, no âmbito do Mecanismo de Apoio de 50 mil milhões de euros, prevendo “pagamentos regulares” ao país.

“O Conselho adoptou hoje uma decisão de execução que avalia positivamente o Plano para a Ucrânia, que define as intenções do Governo da Ucrânia no que se refere à recuperação, reconstrução e modernização do país, bem como as reformas que tenciona empreender no âmbito do seu processo de adesão à UE nos próximos quatro anos”, indica, em comunicado, a instituição os países comunitários.

A ‘luz verde’ foi dada na reunião dos ministros das Finanças da UE, hoje em Bruxelas e na qual Portugal esteve representado pelo governante da tutela, Joaquim Miranda Sarmento, estando em causa o plano previamente aceite pela Comissão Europeia com 69 reformas e dez investimentos na Ucrânia até 2027, que obrigam ao cumprimento de 146 indicadores para apoio financeiro da UE.

“O Conselho considerou, em especial, que, graças a este plano, a Ucrânia preenche a condição prévia para a concessão de apoio ao abrigo do Mecanismo de Apoio à Ucrânia - até 50 mil milhões de euros -, e que agora podem começar a ser executados pagamentos regulares”, assinala.

Sublinhando que “os pagamentos europeus à Ucrânia serão efectuados sob reserva da implementação das reformas”, o Conselho da UE destaca “um potencial significativo" para reforçar o crescimento, manter a estabilidade macroeconómica, melhorar a situação orçamental e apoiar a maior integração da Ucrânia na UE.

Com este aval de hoje dos ministros, a Comissão Europeia pode avançar 1,89 mil milhões de euros em pré-financiamento até ao início dos desembolsos regulares associados à aplicação dos indicadores de reforma e investimento no âmbito do Plano para a Ucrânia.

Em causa está o novo Plano para a Ucrânia para os próximos quatro anos, ao abrigo do Mecanismo de Apoio à Ucrânia da UE, que visa uma ajuda financeira regular ao país para manter a administração em funcionamento, pagar salários e pensões, prestar serviços públicos e para se reconstruir, enquanto se continua a defender da invasão russa.

O Mecanismo de Apoio à Ucrânia, que entrou em vigor em 01 de Março de 2024, prevê até 50 mil milhões de euros em financiamento estável, sob a forma de subvenções e empréstimos, para apoiar a recuperação, a reconstrução e a modernização da Ucrânia no período de 2024 a 2027.

Deste montante, 32 mil milhões de euros do Mecanismo de Apoio à Ucrânia destinam-se, a título indicativo, a apoiar as reformas e os investimentos previstos no Plano para a Ucrânia, estando os desembolsos condicionados ao cumprimento dos indicadores identificados.

Desde a sua entrada em vigor, o Mecanismo de Apoio à Ucrânia já permitiu mobilizar seis mil milhões de euros a título de financiamento intercalar, após o cumprimento das condições políticas acordadas.

Cálculos de Bruxelas estimam que, se todas as reformas e investimentos propostos forem aplicados, o Produto Interno Bruto (PIB) da Ucrânia poderá registar um aumento de 6,2% até 2027 e de 14,2% até 2040.

Inforpress/Lusa

Fim

14/05/24 11:08

Beijing, 14 Mai (Inforpress) – O presidente russo, Vladimir Putin, efectua de 16 a 17 de Maio uma visita de Estado à China, a convite do presidente chinês, Xi Jinping, anunciou hoje a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying.

Esta é a primeira visita de Estado de Putin depois que ele tomou posse como presidente russo para um novo mandato, disse Wang Wenbin, outro porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, em uma colectiva de imprensa, citada pela Xinhua.

Este ano marca o 75º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e a Rússia, pelo que, durante a visita, Xi e Putin vão trocar opiniões sobre as relações bilaterais, a cooperação em vários campos e questões internacionais e regionais de interesse comum, acrescentou Wang Wenbin.

Inforpress/Xinhua

Fim

14/05/24 08:10

Londres, 14 Mai (Inforpress) - A organização Human Rights Watch (HRW) instou hoje os aliados de Israel a reforçarem a pressão, incluindo com sanções, para evitar ataques israelitas a trabalhadores humanitários em Gaza, enumerando oito incidentes desde outubro de 2023.

A HRW publicou um relatório onde descreve pelo menos oito ataques a caravanas e instalações de trabalhadores humanitários pelas forças israelitas, apesar de estas terem sido avisadas com respetivas coordenadas. 

Por outro lado, acrescentou, as autoridades israelitas não emitiram avisos prévios a nenhuma das organizações humanitárias antes dos ataques, resultando na morte ou ferimento de pelo menos 31 trabalhadores humanitários e pessoas que os acompanhavam. 

A ONU estima que 254 trabalhadores humanitários foram mortos em Gaza desde o ataque do movimento islamita Hamas no sul de Israel em 07 de outubro, ao qual as autoridades israelitas responderam com bombardeamentos e a ocupação militar do território palestiniano.

A maioria (188) trabalhavam para a própria Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), a qual registou 368 incidentes em instalações próprias, resultando na morte de menos 429 deslocados. 

O incidente mais controverso foi aquele registado em 01 de abril, quando uma caravana humanitária da organização World Central Kitchen, que matou sete trabalhadores. 

O Exército israelita admitiu “erro graves” e demitiu dois oficiais. 

Mas a HRW salienta que aquele está longe de ser um “erro” isolado e detalha outros incidentes que afetaram organizações de ajuda humanitária e agências da ONU, como a Médicos Sem Fronteiras, UNRWA, International Rescue Committee (IRC), Medical Aid for Palestine (MAP) e American Near East Refugee Aid (Anera). 

Nestes, adiantou, as forças israelitas mataram pelo menos 15 pessoas, incluindo duas crianças, e feriram pelo menos outras 16. 

"Os oito incidentes revelam falhas fundamentais no chamado sistema de desagravamento de conflito, destinado a proteger os trabalhadores humanitários e a permitir-lhes prestar assistência humanitária em Gaza", vinca no comunicado.

A diretora adjunta de crises, conflitos e armas da Human Rights Watch, Belkis Wille, insta os aliados de Israel a fazerem mais pressão para que seja respeitado o direito internacional, incluindo através de sanções específicas. 

 “O homicídio por Israel de sete trabalhadores humanitários da World Central Kitchen foi chocante e nunca deveria ter acontecido à luz do direito internacional”, vincou, citada num comunicado. 

Wille defende que "os aliados de Israel precisam de reconhecer que estes ataques que mataram trabalhadores humanitários têm acontecido repetidamente e precisam de parar."

A organização de defesa dos direitos humanos salienta a responsabilidade de alguns dos países que forneceram armamento, dando como exemplo um ataque a 18 de janeiro feriu três pessoas alojadas numa casa pertencente a duas organizações de ajuda humanitária. 

Este ataque "foi muito provavelmente levado a cabo com uma munição de fabrico americano", e lançada por um avião F-16, que utiliza componentes britânicos, de acordo com a MAP e um relatório de investigadores da ONU, refere a HRW. 

A organização quer que israelitas e palestinianos colaborem com a investigação do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre crimes graves cometidos no conflito e que Israel faculte os dados relacionados com os tais ataques. 

Belkis Wille sugeriu que as forças israelitas sejam responsabilizadas por estes crimes.

“Por um lado, Israel está a bloquear o acesso a provisões humanitárias essenciais para salvar vidas e, por outro, a atacar caravanas que estão a entregar algumas das pequenas quantidades que estão a permitir”, lamentou.

Inforpress/Lusa

Fim  

13/05/24 17:12

Maputo, 13 Mai (Inforpress) - O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique garantiu hoje que “está a trabalhar em coordenação” com a Embaixada da Rússia em Maputo para esclarecer as circunstâncias da morte do embaixador Alexander Surikov, no sábado.

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação está a trabalhar em coordenação com a Embaixada da Federação da Rússia, em Maputo, nos termos da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e Consulares, para o esclarecimento das circunstâncias da sua morte”, afirmou o porta-voz daquele ministério, José Matsinhe, numa declaração à imprensa, hoje, em Maputo.

Segundo o porta-voz, os contactos visam, igualmente, “garantir a solenidade devida na transladação do corpo do malogrado para a Federação da Rússia”.

O ministério reconhece que o embaixador Surikov, nas funções desde 2017, “não mediu esforços para a materialização” do “estreitamento das relações de amizade e cooperação” entre os dois países, salientou.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, endereçou hoje uma mensagem de condolências ao homólogo russo, Vladimir Putin, pela morte em Maputo do embaixador Alexander Surikov, assegurando apoio no processo “subsequente”.

“A partida precoce do embaixador Surikov, um diplomata dedicado, com qualidades excecionais que, com profissionalismo ímpar, soube defender os interesses do seu país, enquanto impulsionava uma cooperação profícua entre os nossos dois países, deixa um vazio imenso”, refere a mensagem de condolências do Presidente moçambicano.

Na mesma mensagem, Filipe Nyusi reitera a “solidariedade” e “o apoio total do Governo de Moçambique aos trâmites subsequentes”.

O Ministério Público moçambicano disse hoje que desconhece a alegada decisão das autoridades russas de não autorizarem a autópsia do embaixador da Rússia.

Alexander Surikov, 68 anos, foi encontrado morto, no sábado à noite, na residência oficial em Maputo e, segundo a polícia moçambicana, as autoridades russas não autorizaram qualquer exame ao corpo.

“Sobre este assunto [a não autorização de autópsia] não poderei falar (…). Não tenho conhecimento. Mas naturalmente qualquer ocorrência criminal, se for caso, o Ministério Público toma conhecimento”, afirmou à comunicação social o porta-voz do Procuradoria-Geral da República, Nazimo Mussá, à margem da reunião da entidade em Maputo.

Segundo uma informação da Polícia da República de Moçambique (PRM) a que a Lusa teve acesso no domingo, a “presunção” da investigação é de “morte súbita por causas indeterminadas”, contudo, quando o piquete policial chegou à morgue do Hospital Central de Maputo “constatou que o corpo já tinha sido acondicionado”.

“E, por orientações vindas da Rússia, as quais chegaram à equipa técnica do piquete através do cônsul daquela Federação, o senhor Yuri Doroshenkov, o qual esteve presente na morgue acompanhado com o encarregado de segurança da embaixada, foi orientado a não fazer qualquer (…) exame do corpo e muito menos autópsia”, refere-se na informação.

“Porém, a equipa técnica colheu fotografias do corpo do finado estando na gaveta, foram feitas fotografias à residência do mesmo e colheu-se o depoimento do cônsul”, acrescentou.

Numa das poucas declarações à comunicação social, o embaixador Surikov tinha transmitido, em entrevista à Lusa, em 02 de Fevereiro, a disponibilidade de Moscovo para apoiar Maputo no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, em caso de uma solicitação, assinalando, contudo, que o apoio que o país está a receber é suficiente.

“Nós temos experiência de largos anos de cooperação na esfera militar com Moçambique, ajudamos este país a construir as suas forças armadas e eles sabem perfeitamente sobre as nossas capacidades. Se eles necessitarem de alguma ajuda específica, estamos sempre ao lado”, declarou na altura.

Inforpress/Lusa

Fim

13/05/24 14:05

Ndjamena, 13 Mai (Inforpress) - O segundo candidato mais votado nas presidenciais no Chade, Succès Masra, anunciou no domingo que pediu a anulação das eleições do dia 6, consideradas “uma farsa eleitoral”. As eleições foram ganhas pelo líder da junta militar no poder, Mahamat Déby.

“Com a ajuda dos nossos advogados, apresentámos hoje ao Conselho Constitucional para que seja revelada a verdade das urnas”, declarou o líder dos “Les Transformateurs” (Os Transformadores) numa publicação na rede social Facebook.

“O nosso pedido é a anulação pura e simples desta farsa eleitoral”, declarou à agência de notícias France-Presse (AFP) o vice-presidente do partido de Succès Masra, Sitack Yombatina.

A Agência Nacional para a Gestão das Eleições (ANGE) atribuiu, na quinta-feira, a Masra 18,53% dos votos, contra 61,03% do Presidente de transição, Mahamat Idriss Déby Itno, que o tinha nomeado primeiro-ministro quatro meses antes das eleições.

Na quinta-feira à noite, algumas horas antes do anúncio dos resultados oficiais, Masra reivindicou “a vitória na primeira volta”, de acordo com uma compilação de votos efetuada pelos seus ativistas em todo o país.

Após o anúncio dos resultados provisórios, pelo menos nove pessoas, incluindo duas crianças, foram mortas e 63 ficaram feridas em Ndjamena, a capital chadiana, por disparos do exército, confirmaram fontes médicas à agência de notícias EFE.

Os soldados dispararam para o ar com armas pesadas e automáticas em Ndjamena e em várias cidades do sul do país conhecidas pelo seu apoio à oposição, em aparente celebração, desmontada por vários ativistas, que consideraram os tiros como uma forma de dissuadir os apoiantes da oposição de se reunirem para se manifestar.

“A todos os nossos ativistas, apoiantes e eleitores, pedimos que permaneçam pacíficos por amor ao nosso país, porque a mudança que querem ver não pode ter lugar num país destruído”, escreveu este domingo na rede social X, Succès Masra, agradecendo-lhes por contribuírem para “documentar a verdade das urnas”.

O político apelou aos apoiantes para que evitem “cair na armadilha da provocação” e se mantenham “lúcidos”. “Esta mudança é irreversível, já está aqui e será concretizada de uma forma ou de outra por todo o povo para que a justiça e a igualdade reinem (…). O povo triunfa sempre”, acrescentou Masra.

“Todas as provas estão nas pens drives” anexadas ao pedido de anulação do escrutínio entregue ao Conselho Constitucional, garantiu o vice-presidente do partido à AFP.

De acordo com Yombatina, os ficheiros entregues à entidade responsável por aferir a correção das eleições e proclamar o vencedor contêm “vídeos de enchimento de urnas, roubos e ameaças, mas acima de tudo urnas que foram retiradas por militares para serem contadas noutro local”.

Setenta e seis pessoas, incluindo menores de idade, foram detidas no dia das eleições, na passada segunda-feira, por terem “feito elas próprias cartões de acesso a várias assembleias de voto”. O partido considerou as detenções “arbitrárias” e por motivos “ridículos e fantasiosos”.

A eleição marca o fim de uma transição militar de três anos e a reposição da normalidade constitucional no país, mas muitos observadores consideram tudo foi preparado para manter no poder a “dinastia” Déby, após a morte do pai de Mahamat, o ditador Idriss Déby Itno, alegadamente derrubado na frente de combate por um grupo rebelde em abril de 2021.

O anúncio dos resultados definitivos está previsto para 23 de maio, no limite do prazo, após a análise do recurso de Succès Masra e de Yacine Abdaramane Sakine, que contesta o seu oitavo lugar.

Mahamat Déby foi apoiado desde o início pelo exército, em abril 2021, por uma comunidade internacional – liderada pela França – que se apressou a condenar golpistas noutras partes de África.

Paris ainda mantém um milhar de soldados no Chade, considerado um pilar na luta contra os extremistas islâmicos no Sahel, depois de os soldados franceses terem sido expulsos do Mali, Burkina Faso e Níger.

Inforpress/Lusa

Fim

13/05/24 07:47

Kiev, 13 Mai (nforpress) - O Estado-Maior ucraniano estimou hoje em 1.740 o número de vítimas russas nas últimas 24 horas, um número sem precedentes na ofensiva transfronteiriça lançada pela Rússia contra a região nordeste da Ucrânia de Kharkiv.

O número de baixas inclui soldados russos mortos e feridos e é superior aos que Kiev tinha relatado nas últimas semanas e meses, quando esta contagem estava entre 800 e 1.300 vítimas quase diariamente.

A Rússia lançou um ataque transfronteiriço contra a região fronteiriça do norte de Kharkiv na sexta-feira, conseguindo romper as defesas ucranianas que protegiam a fronteira com a Rússia para levar os combates ao território ucraniano.

Kiev indicou que os combates estão a ocorrer em cidades de duas áreas distintas da zona fronteiriça de Kharkiv.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Inforpress/Lusa

Fim

12/05/24 19:45

Cidade da Guatemala, 12 Mai (Inforpress) – A Guatemala acordou hoje com um terremoto de magnitude 6,7 na Escala de Richter, um dos mais fortes dos últimos anos no país centro-americano, mas sem vítimas, confirmaram fontes oficiais, citadas pela agência Efe.

O Instituto Nacional de Sismologia, Vulcanologia, Meteorologia e Hidrologia (Insivumeh) especificou que o terremoto ocorreu às 05:39 locais (13:39 GMT), com epicentro no Oceano Pacífico, muito perto da fronteira entre a Guatemala e o México.

Segundo a mesma fonte, o sismo foi registado a 19 quilómetros de profundidade e durou pouco mais de 25 segundos.

A imprensa local e as autoridades municipais anunciaram que o sismo provocou ligeiros danos em algumas propriedades da província de San Marcos, na fronteira com o México, bem como em algumas estradas, com pequenos deslizamentos de terra.

O terremoto é um dos de maior intensidade registados nos últimos anos na Guatemala, um país com características altamente sísmicas.

O último terremoto de grande magnitude (7,5) na Guatemala ocorreu em Fevereiro de 1976, provocando cerca de 23 mil mortos, segundo cálculos oficiais.

Inforpress/Lusa/Fim

12/05/24 19:44

Cidade do Vaticano, 12 Mai (Inforpress) – O Papa Francisco defendeu hoje de novo “uma troca geral de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia” e garantiu a disponibilidade do Vaticano para apoiar qualquer esforço para a libertação.

“Queridos irmãos e irmãs, ao celebrarmos a Ascensão do Senhor que nos liberta, renovo o meu apelo para uma troca geral de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia”, disse o Papa perante milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, no final da oração dominical Regina Coeli, que substitui o Angelus no período pascal.

Francisco assegurou “a disponibilidade da Santa Sé para favorecer qualquer esforço nesse sentido, especialmente para os gravemente feridos e doentes”, acrescentou, citado pela agência EFE.

“Continuemos a rezar pela paz, seja na Ucrânia, na Palestina, em Israel, em Myanmar [antiga Birmânia], rezemos pela paz”, concluiu.

O Papa já tinha apelado, em 31 de Março, Domingo de Páscoa, para “uma troca geral de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia”.

Pouco depois do início da guerra, Francisco nomeou o cardeal italiano Matteo Zuppi para assumir o comando de uma missão de mediação principalmente humanitária, com o objectivo de fazer com que as crianças ucranianas deportadas para a Rússia regressassem ao seu país, mas sem resultados até ao momento.

Inforpress/Lusa/Fim

12/05/24 19:41

Jerusalém, 12 Mai (Inforpress) – O número de mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra ultrapassou hoje os 35 mil, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento radical Hamas.

Nas últimas 24 horas foram mortas 63 pessoas no enclave palestiniano devastado, elevando o número total de mortos desde Outubro para 35.034, e pelo menos 114 ficaram feridas, fazendo aumentar o número total de feridos para 78.755 desde o início da ofensiva.

Os números surgem numa altura em que o exército israelita expandiu os seus ataques em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, de onde se estima que 300.000 pessoas tenham fugido sob a ameaça de bombardeamentos constantes.

A guerra eclodiu em 07 de Outubro de 2023, quando comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza realizaram um ataque sem precedentes contra Israel, matando mais de 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo um relatório da AFP baseado em dados oficiais israelitas.

Mais de 250 pessoas foram sequestradas e 128 permanecem cativas em Gaza, das quais 36 terão morrido, segundo o exército.

Em resposta, Israel prometeu “aniquilar o Hamas”, no poder em Gaza desde 2007, e libertar os reféns.

Inforpress/Lusa/Fim

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