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14-05-2024 11:48

Bruxelas, 14 Mai (Inforpress) – Os ministros das Finanças da União Europeia aprovaram hoje um plano com 69 reformas e dez investimentos na Ucrânia até 2027, no âmbito do Mecanismo de Apoio de 50 mil milhões de euros, prevendo “pagamentos regulares” ao país.

“O Conselho adoptou hoje uma decisão de execução que avalia positivamente o Plano para a Ucrânia, que define as intenções do Governo da Ucrânia no que se refere à recuperação, reconstrução e modernização do país, bem como as reformas que tenciona empreender no âmbito do seu processo de adesão à UE nos próximos quatro anos”, indica, em comunicado, a instituição os países comunitários.

A ‘luz verde’ foi dada na reunião dos ministros das Finanças da UE, hoje em Bruxelas e na qual Portugal esteve representado pelo governante da tutela, Joaquim Miranda Sarmento, estando em causa o plano previamente aceite pela Comissão Europeia com 69 reformas e dez investimentos na Ucrânia até 2027, que obrigam ao cumprimento de 146 indicadores para apoio financeiro da UE.

“O Conselho considerou, em especial, que, graças a este plano, a Ucrânia preenche a condição prévia para a concessão de apoio ao abrigo do Mecanismo de Apoio à Ucrânia - até 50 mil milhões de euros -, e que agora podem começar a ser executados pagamentos regulares”, assinala.

Sublinhando que “os pagamentos europeus à Ucrânia serão efectuados sob reserva da implementação das reformas”, o Conselho da UE destaca “um potencial significativo" para reforçar o crescimento, manter a estabilidade macroeconómica, melhorar a situação orçamental e apoiar a maior integração da Ucrânia na UE.

Com este aval de hoje dos ministros, a Comissão Europeia pode avançar 1,89 mil milhões de euros em pré-financiamento até ao início dos desembolsos regulares associados à aplicação dos indicadores de reforma e investimento no âmbito do Plano para a Ucrânia.

Em causa está o novo Plano para a Ucrânia para os próximos quatro anos, ao abrigo do Mecanismo de Apoio à Ucrânia da UE, que visa uma ajuda financeira regular ao país para manter a administração em funcionamento, pagar salários e pensões, prestar serviços públicos e para se reconstruir, enquanto se continua a defender da invasão russa.

O Mecanismo de Apoio à Ucrânia, que entrou em vigor em 01 de Março de 2024, prevê até 50 mil milhões de euros em financiamento estável, sob a forma de subvenções e empréstimos, para apoiar a recuperação, a reconstrução e a modernização da Ucrânia no período de 2024 a 2027.

Deste montante, 32 mil milhões de euros do Mecanismo de Apoio à Ucrânia destinam-se, a título indicativo, a apoiar as reformas e os investimentos previstos no Plano para a Ucrânia, estando os desembolsos condicionados ao cumprimento dos indicadores identificados.

Desde a sua entrada em vigor, o Mecanismo de Apoio à Ucrânia já permitiu mobilizar seis mil milhões de euros a título de financiamento intercalar, após o cumprimento das condições políticas acordadas.

Cálculos de Bruxelas estimam que, se todas as reformas e investimentos propostos forem aplicados, o Produto Interno Bruto (PIB) da Ucrânia poderá registar um aumento de 6,2% até 2027 e de 14,2% até 2040.

Inforpress/Lusa

Fim

14-05-2024 11:08

Beijing, 14 Mai (Inforpress) – O presidente russo, Vladimir Putin, efectua de 16 a 17 de Maio uma visita de Estado à China, a convite do presidente chinês, Xi Jinping, anunciou hoje a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying.

Esta é a primeira visita de Estado de Putin depois que ele tomou posse como presidente russo para um novo mandato, disse Wang Wenbin, outro porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, em uma colectiva de imprensa, citada pela Xinhua.

Este ano marca o 75º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e a Rússia, pelo que, durante a visita, Xi e Putin vão trocar opiniões sobre as relações bilaterais, a cooperação em vários campos e questões internacionais e regionais de interesse comum, acrescentou Wang Wenbin.

Inforpress/Xinhua

Fim

14-05-2024 8:10

Londres, 14 Mai (Inforpress) - A organização Human Rights Watch (HRW) instou hoje os aliados de Israel a reforçarem a pressão, incluindo com sanções, para evitar ataques israelitas a trabalhadores humanitários em Gaza, enumerando oito incidentes desde outubro de 2023.

A HRW publicou um relatório onde descreve pelo menos oito ataques a caravanas e instalações de trabalhadores humanitários pelas forças israelitas, apesar de estas terem sido avisadas com respetivas coordenadas. 

Por outro lado, acrescentou, as autoridades israelitas não emitiram avisos prévios a nenhuma das organizações humanitárias antes dos ataques, resultando na morte ou ferimento de pelo menos 31 trabalhadores humanitários e pessoas que os acompanhavam. 

A ONU estima que 254 trabalhadores humanitários foram mortos em Gaza desde o ataque do movimento islamita Hamas no sul de Israel em 07 de outubro, ao qual as autoridades israelitas responderam com bombardeamentos e a ocupação militar do território palestiniano.

A maioria (188) trabalhavam para a própria Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), a qual registou 368 incidentes em instalações próprias, resultando na morte de menos 429 deslocados. 

O incidente mais controverso foi aquele registado em 01 de abril, quando uma caravana humanitária da organização World Central Kitchen, que matou sete trabalhadores. 

O Exército israelita admitiu “erro graves” e demitiu dois oficiais. 

Mas a HRW salienta que aquele está longe de ser um “erro” isolado e detalha outros incidentes que afetaram organizações de ajuda humanitária e agências da ONU, como a Médicos Sem Fronteiras, UNRWA, International Rescue Committee (IRC), Medical Aid for Palestine (MAP) e American Near East Refugee Aid (Anera). 

Nestes, adiantou, as forças israelitas mataram pelo menos 15 pessoas, incluindo duas crianças, e feriram pelo menos outras 16. 

"Os oito incidentes revelam falhas fundamentais no chamado sistema de desagravamento de conflito, destinado a proteger os trabalhadores humanitários e a permitir-lhes prestar assistência humanitária em Gaza", vinca no comunicado.

A diretora adjunta de crises, conflitos e armas da Human Rights Watch, Belkis Wille, insta os aliados de Israel a fazerem mais pressão para que seja respeitado o direito internacional, incluindo através de sanções específicas. 

 “O homicídio por Israel de sete trabalhadores humanitários da World Central Kitchen foi chocante e nunca deveria ter acontecido à luz do direito internacional”, vincou, citada num comunicado. 

Wille defende que "os aliados de Israel precisam de reconhecer que estes ataques que mataram trabalhadores humanitários têm acontecido repetidamente e precisam de parar."

A organização de defesa dos direitos humanos salienta a responsabilidade de alguns dos países que forneceram armamento, dando como exemplo um ataque a 18 de janeiro feriu três pessoas alojadas numa casa pertencente a duas organizações de ajuda humanitária. 

Este ataque "foi muito provavelmente levado a cabo com uma munição de fabrico americano", e lançada por um avião F-16, que utiliza componentes britânicos, de acordo com a MAP e um relatório de investigadores da ONU, refere a HRW. 

A organização quer que israelitas e palestinianos colaborem com a investigação do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre crimes graves cometidos no conflito e que Israel faculte os dados relacionados com os tais ataques. 

Belkis Wille sugeriu que as forças israelitas sejam responsabilizadas por estes crimes.

“Por um lado, Israel está a bloquear o acesso a provisões humanitárias essenciais para salvar vidas e, por outro, a atacar caravanas que estão a entregar algumas das pequenas quantidades que estão a permitir”, lamentou.

Inforpress/Lusa

Fim  

13-05-2024 17:12

Maputo, 13 Mai (Inforpress) - O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique garantiu hoje que “está a trabalhar em coordenação” com a Embaixada da Rússia em Maputo para esclarecer as circunstâncias da morte do embaixador Alexander Surikov, no sábado.

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação está a trabalhar em coordenação com a Embaixada da Federação da Rússia, em Maputo, nos termos da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e Consulares, para o esclarecimento das circunstâncias da sua morte”, afirmou o porta-voz daquele ministério, José Matsinhe, numa declaração à imprensa, hoje, em Maputo.

Segundo o porta-voz, os contactos visam, igualmente, “garantir a solenidade devida na transladação do corpo do malogrado para a Federação da Rússia”.

O ministério reconhece que o embaixador Surikov, nas funções desde 2017, “não mediu esforços para a materialização” do “estreitamento das relações de amizade e cooperação” entre os dois países, salientou.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, endereçou hoje uma mensagem de condolências ao homólogo russo, Vladimir Putin, pela morte em Maputo do embaixador Alexander Surikov, assegurando apoio no processo “subsequente”.

“A partida precoce do embaixador Surikov, um diplomata dedicado, com qualidades excecionais que, com profissionalismo ímpar, soube defender os interesses do seu país, enquanto impulsionava uma cooperação profícua entre os nossos dois países, deixa um vazio imenso”, refere a mensagem de condolências do Presidente moçambicano.

Na mesma mensagem, Filipe Nyusi reitera a “solidariedade” e “o apoio total do Governo de Moçambique aos trâmites subsequentes”.

O Ministério Público moçambicano disse hoje que desconhece a alegada decisão das autoridades russas de não autorizarem a autópsia do embaixador da Rússia.

Alexander Surikov, 68 anos, foi encontrado morto, no sábado à noite, na residência oficial em Maputo e, segundo a polícia moçambicana, as autoridades russas não autorizaram qualquer exame ao corpo.

“Sobre este assunto [a não autorização de autópsia] não poderei falar (…). Não tenho conhecimento. Mas naturalmente qualquer ocorrência criminal, se for caso, o Ministério Público toma conhecimento”, afirmou à comunicação social o porta-voz do Procuradoria-Geral da República, Nazimo Mussá, à margem da reunião da entidade em Maputo.

Segundo uma informação da Polícia da República de Moçambique (PRM) a que a Lusa teve acesso no domingo, a “presunção” da investigação é de “morte súbita por causas indeterminadas”, contudo, quando o piquete policial chegou à morgue do Hospital Central de Maputo “constatou que o corpo já tinha sido acondicionado”.

“E, por orientações vindas da Rússia, as quais chegaram à equipa técnica do piquete através do cônsul daquela Federação, o senhor Yuri Doroshenkov, o qual esteve presente na morgue acompanhado com o encarregado de segurança da embaixada, foi orientado a não fazer qualquer (…) exame do corpo e muito menos autópsia”, refere-se na informação.

“Porém, a equipa técnica colheu fotografias do corpo do finado estando na gaveta, foram feitas fotografias à residência do mesmo e colheu-se o depoimento do cônsul”, acrescentou.

Numa das poucas declarações à comunicação social, o embaixador Surikov tinha transmitido, em entrevista à Lusa, em 02 de Fevereiro, a disponibilidade de Moscovo para apoiar Maputo no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, em caso de uma solicitação, assinalando, contudo, que o apoio que o país está a receber é suficiente.

“Nós temos experiência de largos anos de cooperação na esfera militar com Moçambique, ajudamos este país a construir as suas forças armadas e eles sabem perfeitamente sobre as nossas capacidades. Se eles necessitarem de alguma ajuda específica, estamos sempre ao lado”, declarou na altura.

Inforpress/Lusa

Fim

13-05-2024 14:05

Ndjamena, 13 Mai (Inforpress) - O segundo candidato mais votado nas presidenciais no Chade, Succès Masra, anunciou no domingo que pediu a anulação das eleições do dia 6, consideradas “uma farsa eleitoral”. As eleições foram ganhas pelo líder da junta militar no poder, Mahamat Déby.

“Com a ajuda dos nossos advogados, apresentámos hoje ao Conselho Constitucional para que seja revelada a verdade das urnas”, declarou o líder dos “Les Transformateurs” (Os Transformadores) numa publicação na rede social Facebook.

“O nosso pedido é a anulação pura e simples desta farsa eleitoral”, declarou à agência de notícias France-Presse (AFP) o vice-presidente do partido de Succès Masra, Sitack Yombatina.

A Agência Nacional para a Gestão das Eleições (ANGE) atribuiu, na quinta-feira, a Masra 18,53% dos votos, contra 61,03% do Presidente de transição, Mahamat Idriss Déby Itno, que o tinha nomeado primeiro-ministro quatro meses antes das eleições.

Na quinta-feira à noite, algumas horas antes do anúncio dos resultados oficiais, Masra reivindicou “a vitória na primeira volta”, de acordo com uma compilação de votos efetuada pelos seus ativistas em todo o país.

Após o anúncio dos resultados provisórios, pelo menos nove pessoas, incluindo duas crianças, foram mortas e 63 ficaram feridas em Ndjamena, a capital chadiana, por disparos do exército, confirmaram fontes médicas à agência de notícias EFE.

Os soldados dispararam para o ar com armas pesadas e automáticas em Ndjamena e em várias cidades do sul do país conhecidas pelo seu apoio à oposição, em aparente celebração, desmontada por vários ativistas, que consideraram os tiros como uma forma de dissuadir os apoiantes da oposição de se reunirem para se manifestar.

“A todos os nossos ativistas, apoiantes e eleitores, pedimos que permaneçam pacíficos por amor ao nosso país, porque a mudança que querem ver não pode ter lugar num país destruído”, escreveu este domingo na rede social X, Succès Masra, agradecendo-lhes por contribuírem para “documentar a verdade das urnas”.

O político apelou aos apoiantes para que evitem “cair na armadilha da provocação” e se mantenham “lúcidos”. “Esta mudança é irreversível, já está aqui e será concretizada de uma forma ou de outra por todo o povo para que a justiça e a igualdade reinem (…). O povo triunfa sempre”, acrescentou Masra.

“Todas as provas estão nas pens drives” anexadas ao pedido de anulação do escrutínio entregue ao Conselho Constitucional, garantiu o vice-presidente do partido à AFP.

De acordo com Yombatina, os ficheiros entregues à entidade responsável por aferir a correção das eleições e proclamar o vencedor contêm “vídeos de enchimento de urnas, roubos e ameaças, mas acima de tudo urnas que foram retiradas por militares para serem contadas noutro local”.

Setenta e seis pessoas, incluindo menores de idade, foram detidas no dia das eleições, na passada segunda-feira, por terem “feito elas próprias cartões de acesso a várias assembleias de voto”. O partido considerou as detenções “arbitrárias” e por motivos “ridículos e fantasiosos”.

A eleição marca o fim de uma transição militar de três anos e a reposição da normalidade constitucional no país, mas muitos observadores consideram tudo foi preparado para manter no poder a “dinastia” Déby, após a morte do pai de Mahamat, o ditador Idriss Déby Itno, alegadamente derrubado na frente de combate por um grupo rebelde em abril de 2021.

O anúncio dos resultados definitivos está previsto para 23 de maio, no limite do prazo, após a análise do recurso de Succès Masra e de Yacine Abdaramane Sakine, que contesta o seu oitavo lugar.

Mahamat Déby foi apoiado desde o início pelo exército, em abril 2021, por uma comunidade internacional – liderada pela França – que se apressou a condenar golpistas noutras partes de África.

Paris ainda mantém um milhar de soldados no Chade, considerado um pilar na luta contra os extremistas islâmicos no Sahel, depois de os soldados franceses terem sido expulsos do Mali, Burkina Faso e Níger.

Inforpress/Lusa

Fim

13-05-2024 7:47

Kiev, 13 Mai (nforpress) - O Estado-Maior ucraniano estimou hoje em 1.740 o número de vítimas russas nas últimas 24 horas, um número sem precedentes na ofensiva transfronteiriça lançada pela Rússia contra a região nordeste da Ucrânia de Kharkiv.

O número de baixas inclui soldados russos mortos e feridos e é superior aos que Kiev tinha relatado nas últimas semanas e meses, quando esta contagem estava entre 800 e 1.300 vítimas quase diariamente.

A Rússia lançou um ataque transfronteiriço contra a região fronteiriça do norte de Kharkiv na sexta-feira, conseguindo romper as defesas ucranianas que protegiam a fronteira com a Rússia para levar os combates ao território ucraniano.

Kiev indicou que os combates estão a ocorrer em cidades de duas áreas distintas da zona fronteiriça de Kharkiv.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Inforpress/Lusa

Fim

12-05-2024 19:45

Cidade da Guatemala, 12 Mai (Inforpress) – A Guatemala acordou hoje com um terremoto de magnitude 6,7 na Escala de Richter, um dos mais fortes dos últimos anos no país centro-americano, mas sem vítimas, confirmaram fontes oficiais, citadas pela agência Efe.

O Instituto Nacional de Sismologia, Vulcanologia, Meteorologia e Hidrologia (Insivumeh) especificou que o terremoto ocorreu às 05:39 locais (13:39 GMT), com epicentro no Oceano Pacífico, muito perto da fronteira entre a Guatemala e o México.

Segundo a mesma fonte, o sismo foi registado a 19 quilómetros de profundidade e durou pouco mais de 25 segundos.

A imprensa local e as autoridades municipais anunciaram que o sismo provocou ligeiros danos em algumas propriedades da província de San Marcos, na fronteira com o México, bem como em algumas estradas, com pequenos deslizamentos de terra.

O terremoto é um dos de maior intensidade registados nos últimos anos na Guatemala, um país com características altamente sísmicas.

O último terremoto de grande magnitude (7,5) na Guatemala ocorreu em Fevereiro de 1976, provocando cerca de 23 mil mortos, segundo cálculos oficiais.

Inforpress/Lusa/Fim

12-05-2024 19:44

Cidade do Vaticano, 12 Mai (Inforpress) – O Papa Francisco defendeu hoje de novo “uma troca geral de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia” e garantiu a disponibilidade do Vaticano para apoiar qualquer esforço para a libertação.

“Queridos irmãos e irmãs, ao celebrarmos a Ascensão do Senhor que nos liberta, renovo o meu apelo para uma troca geral de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia”, disse o Papa perante milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, no final da oração dominical Regina Coeli, que substitui o Angelus no período pascal.

Francisco assegurou “a disponibilidade da Santa Sé para favorecer qualquer esforço nesse sentido, especialmente para os gravemente feridos e doentes”, acrescentou, citado pela agência EFE.

“Continuemos a rezar pela paz, seja na Ucrânia, na Palestina, em Israel, em Myanmar [antiga Birmânia], rezemos pela paz”, concluiu.

O Papa já tinha apelado, em 31 de Março, Domingo de Páscoa, para “uma troca geral de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia”.

Pouco depois do início da guerra, Francisco nomeou o cardeal italiano Matteo Zuppi para assumir o comando de uma missão de mediação principalmente humanitária, com o objectivo de fazer com que as crianças ucranianas deportadas para a Rússia regressassem ao seu país, mas sem resultados até ao momento.

Inforpress/Lusa/Fim

12-05-2024 19:41

Jerusalém, 12 Mai (Inforpress) – O número de mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra ultrapassou hoje os 35 mil, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento radical Hamas.

Nas últimas 24 horas foram mortas 63 pessoas no enclave palestiniano devastado, elevando o número total de mortos desde Outubro para 35.034, e pelo menos 114 ficaram feridas, fazendo aumentar o número total de feridos para 78.755 desde o início da ofensiva.

Os números surgem numa altura em que o exército israelita expandiu os seus ataques em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, de onde se estima que 300.000 pessoas tenham fugido sob a ameaça de bombardeamentos constantes.

A guerra eclodiu em 07 de Outubro de 2023, quando comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza realizaram um ataque sem precedentes contra Israel, matando mais de 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo um relatório da AFP baseado em dados oficiais israelitas.

Mais de 250 pessoas foram sequestradas e 128 permanecem cativas em Gaza, das quais 36 terão morrido, segundo o exército.

Em resposta, Israel prometeu “aniquilar o Hamas”, no poder em Gaza desde 2007, e libertar os reféns.

Inforpress/Lusa/Fim

11-05-2024 10:47

Maputo, 11 Mai (Inforpress) - A nova vaga de ataques terroristas em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, provocou pelo menos 54.415 deslocados em três semanas, segundo estimativa divulgada hoje pela Organização Internacional das Migrações (OIM).

Em causa, de acordo com o mais recente boletim regular daquela agência intergovernamental, está a deslocação de pessoas devido a “ataques e o receio de ataques por parte de grupos armados”, entre 17 de Abril e 05 de Maio, sobretudo nos distritos de Ancuabe e Chiùre, mas também em Eráti, na vizinha província de Nampula, envolvendo 13.131 famílias.

No distrito de Chiùre, sul de Cabo Delgado, que tem sido o epicentro dos ataques terroristas mais violentos dos últimos meses, a OIM registou neste período um total de 51.012 deslocados, a maioria (49.798) registados pela organização nas povoações de Namissir e Micone.

No distrito de Ancuabe, a OIM registou 2.959 deslocados, que fugiram sobretudo para a sede distrital, e no distrito de Eráti mais 444 deslocados.

A maioria dos deslocados neste período partiu do posto administrativo de Chiùre-Velho (40.316), sobretudo com destino à sede distrital, a vila de Chiùre, que desde fevereiro recebe dezenas de milhares de pessoas em fuga das comunidades vizinhas.

Do total de deslocados neste período, 59% (33.260) são crianças e 23% (12.276) mulheres, detalha a OIM, destacando que 99% destas pessoas em fuga necessitam de alimentação e 96% de abrigos.

O alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados disse em 07 de março, em Pemba, capital da província de Cabo Delgado, que só garantiu 5% dos 400 milhões de dólares (371 milhões de euros) necessários para responder à crise de deslocados provocados pelos ataques terroristas e desastres naturais no norte de Moçambique.

“Infelizmente, não está bem financiando”, admitiu Filippo Grandi, em declarações aos jornalistas, após visitar campos de reassentamento de populações deslocadas, em fuga aos últimos ataques terroristas, reforçando o apelo ao apoio internacional.

O líder do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) avançou que os ataques terroristas na província, desde 2017 até à altura, já tinham provocado cerca de 1,3 milhões de deslocados e que 780 mil pessoas permaneciam fora das aldeias de origem, apesar de 600 mil terem regressado.

Só a última vaga de ataques terroristas em Cabo Delgado, segundo as organizações das Nações Unidas, provocou 100 mil deslocados no mês de fevereiro, sobretudo em Chiùre.

O alto-comissário admitiu que conflitos mais mediáticos que ocorrem noutros locais condicionam a canalização de verbas para o plano de apoio a Cabo Delgado, em 2024, que envolve “esforços conjuntos” com outras agências.

“Infelizmente, a situação de Moçambique talvez não seja a mais visível”, apontou Grandi.

“Se não tivermos todos os recursos que necessitamos, infelizmente teremos que fazer menos” acrescentou, assumindo, no entanto, a necessidade de mobilizar mais recursos para conter a crise humanitária no norte de Moçambique.

Depois de vários meses de relativa normalidade nos distritos afetados, Cabo Delgado tem registado, desde fevereiro, novas movimentações e ataques de grupos rebeldes, com mortes e destruição de casas e edifícios públicos.

Inforpress/Lusa

Fim

11-05-2024 10:22

Moscovo, 11 Mai (Inforpress) - O Presidente russo afirmou hoje, em mensagem aos habitantes das regiões ucranianas anexadas de Donetsk e Lugansk, que a Rússia “devolverá a paz” àqueles territórios do Donbass, que há dez anos realizaram referendos para autoproclamar a independência de Kiev.

“Estou convencido de que iremos, sem falhar, restaurar a paz no Donbass e resolver as tarefas mais complexas. Construiremos e restauraremos estradas, edifícios, escolas, hospitais, centros médicos e de educação, empresas industriais”, afirmou Vladimir Putin, numa mensagem de felicitação aos residentes de Lugansk, citada pela EFE.

“Juntos venceremos”, realçou o Presidente russo, que insistiu que em 11 de Maio de 2014, os residentes de Lugansk manifestaram o seu “firme apoio” à criação da República Popular de Lugansk e, em Setembro de 2022, votaram a favor de “estar com a sua terra natal, a Rússia".

Putin salientou que dez anos após o primeiro referendo em Lugansk, os russos lutam pela “libertação das suas terras históricas” e pela segurança do seu país.

Numa outra mensagem enviada aos habitantes de Donetsk, Putin destacou que 11 de Maio de 2014 é um dia chave na história do Donbass e saudou a “firme determinação” dos habitantes de Donetsk no apoio à independência do território para “defender a sua língua, cultura e livre desenvolvimento”, enquanto luta contra “a agressão dos nacionalistas, que chegaram ao poder em Kiev como resultado de um golpe de Estado”.

Os referendos separatistas no sudeste da Ucrânia ocorreram numa altura de combates e sem observadores internacionais.

Um dia após a sua celebração, Donetsk e Lugansk autoproclamaram a sua independência e pediram para se integrarem na Rússia, algo que aconteceu em setembro de 2022, meio ano após o início da invasão russa da Ucrânia.

Segundo a porta-voz dos Negócios Estrangeiros da Rússia Maria Zakharova, Moscovo, que afirmou “respeitar os resultados” da votação de 2014 sem tomar medidas legais, esperou aqueles anos na tentativa de resolver o conflito através dos canais diplomáticos.

Inforpress/Lusa

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10-05-2024 13:34

Ndjamena, 10 Mai (Inforpress) - Mahamat Idriss Déby Itno foi declarado vencedor das presidenciais no Chade, três anos após tomar o poder à frente de uma junta militar, mas o seu primeiro-ministro, que foi derrotado, contesta a vitória do jovem general.

De acordo com os resultados oficiais da Agência Nacional para a Gestão das Eleições (ANGE), dirigida por indefetíveis do chefe da junta militar no poder, Mahamat "Kaka" Déby obteve 61,03% dos votos, contra 18,53% obtidos por Succès Masra, também com 40 anos.

Oito outros candidatos tiveram votações muito fracas, com exceção do antigo primeiro-ministro Albert Pahimi Padacké, que obteve oficialmente 16,91% dos votos.

A taxa de participação oficial foi de 75,89%. Estes números, anunciados em Ndjamena esta quinta-feira, perto das 22:00 (20:00 em Cabo Verde), mas muito antes da previsão oficial, que apontava para dia 21, têm ainda de ser validados pelo Conselho Constitucional, também composto por figuras nomeadas pelo chefe da junta.

Logo após o anúncio dos resultados, um destacamento do exército posicionado no bairro onde está sediado o partido "Les Transformateurs" (Os Transformadores), de Succès Masra, disparou vários tiros para o ar, em aparente sinal de alegria, mas obviamente também com o objetivo de dissuadir qualquer concentração de pessoas, sobretudo porque o líder da oposição havia já anunciado a vitória, justificada numa contagem de votos realizada pelo seu próprio partido.

De acordo com jornalistas da agência de notícias France-Presse (AFP) no local, algumas pessoas correram para se esconder nas suas casas e as ruas ficaram rapidamente desertas.

Em contrapartida, junto ao palácio presidencial, muitos dos apoiantes de Kaka Déby festejaram a vitória. Também aí, soldados e civis demonstraram alegria, disparando metralhadoras kalashnikovs para o ar.

Masra reivindicou na quinta-feira a vitória horas antes do anúncio dos resultados oficiais, num longo discurso na rede social Facebook, em que acusou o campo de Mahamat Déby de ter manipulado os resultados para anunciar a vitória do general.

Citando uma compilação de contagens de votos pelos seus próprios apoiantes, Masra apelou aos chadianos para que "não deixem que a vitória seja roubada (...), mobilizando-se pacificamente, mas com firmeza".

"Sou agora o Presidente eleito de todos os chadianos", declarou, por sua vez, Kaka Déby num discurso muito breve e monótono transmitido pela televisão, prometendo cumprir os seus "compromissos".

Esta eleição pretende marcar o fim de uma transição militar de três anos, preparada para legitimar o jovem general, filho do antigo ditador Idriss Déby Itno - alegadamente morto na frente de combate contra grupos rebeldes -, proclamado líder de uma junta militar de 16 generais em 20 de Abril de 2021.

Crítico aguerrido da dinastia Déby, Succès Masra, fugiu do país em outubro de 2022, após a repressão violenta de protestos que se seguiram ao anúncio do prolongamento do processo de transição, mas acabou por se juntar a Mahamat Déby em janeiro deste ano, sendo nomeado primeiro-ministro quatro meses antes das eleições.

O resto da oposição, amordaçada e violentamente reprimida, por vezes com eliminação física dos seus líderes, acusa Masra ser um "traidor" e de se apresentar como candidato presidencial para "dar um verniz democrático e pluralista" a uma eleição que sempre foi um dado adquirido para Déby.

Porém, Masra surpreendeu muita gente durante a sua campanha, reunindo grandes multidões.

Mahamat Déby foi apoiado desde o início da sua instalação pelo exército, em abril 2021, por uma comunidade internacional - liderada pela França - que se apressou a condenar golpistas noutras partes de África.

Paris ainda mantém um milhar de soldados no Chade, considerado um pilar na luta contra os extremistas islâmicos no Sahel, depois de os soldados franceses terem sido expulsos do Mali, Burkina Faso e Níger.

Inforpress/Lusa

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