Festividades/São Filipe: Diáspora cabo-verdiana é o pilar estratégico para o desenvolvimento - Martinho Ramos

Inicio | Cooperação
Festividades/São Filipe: Diáspora cabo-verdiana é o pilar estratégico para o desenvolvimento - Martinho Ramos
29/04/25 - 09:12 am

São Filipe, 29 Abr (Inforpress) - O director-geral das Comunidades, Marinho Ramos, disse segunda-feira, 28, na cidade de São Filipe, que a diáspora  cabo-verdiana constitui o pilar estratégico para o desenvolvimento do país.

O director-geral das comunidades representou o Governo no encontro de networking com emigrantes e empresários da ilha, promovido pela câmara no quadro das festas do Dia do Município e da Bandeira de São Filipe.

A mesma fonte sublinhou que desde os primeiros movimentos migratórios impulsionados por desafios económicos, a diáspora cabo-verdiana tem demonstrado uma “notável capacidade de adaptação e sucesso além-mar”.

Segundo o mesmo, hoje mais cabo-verdianos vivem fora do arquipélago com comunidades significativas estabelecidas em países como Estados Unidos, Portugal, França e Holanda.

"A presença cabo-verdiana no exterior não se traduz apenas em números, é uma questão de identidade e contribuição. A diáspora é uma ponte viva entre culturas, levando a música, a culinária, as tradições e os valores do país a todos os cantos do mundo", referiu Martinho Ramos.

Apontou como exemplos nomes de alguns artistas que têm levado a música e outras expressões culturais a palcos internacionais e promover a imagem do país.

“Além do impacto cultural, a diáspora desempenha um papel vital na economia nacional e em 2024, as remessas dos emigrantes somaram entre 320 milhões e 375 milhões de euros, cerca de 13,5 por cento (%) do Produto Interno Bruto (PIB) e quase 50% do Orçamento do Estado, com Portugal a liderar como o maior remetente, com cerca de 100 milhões de euros enviados anualmente”. apontou.

Esses recursos são “fundamentais”, não apenas para o sustento de milhares de famílias, mas para o financiamento de sectores essenciais como saúde, educação, infraestrutura e empreendedorismo, acrescentou.

Dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) indicam que a solidariedade das comunidades emigradas participa em 7% das despesas familiares em Cabo Verde o que, segundo o director-geral das Comunidades, evidencia o impacto da diáspora no bem-estar dos cidadãos.

"O Governo reconhece essa importância estratégica e

no seu programa atribuiu centralidade à diáspora nas dimensões cultural, económica e social e entre as iniciativas recentes destacam-se a criação do Estatuto do Investidor Emigrante, entre vários outros incentivos", disse.

A política governamental e as acções implementadas demonstram o compromisso do país com a valorização e inclusão dos seus cidadãos no exterior, transformando a diáspora num verdadeiro motor de desenvolvimento, referiu.

JR/AA

Inforpress/Fim

Partilhar