Cidade da Praia, 30 Jul (Inforpress) - A coordenadora residente interina das Nações Unidas em Cabo Verde, Ann Linstrand, afirmou hoje que a resposta ao tráfico de pessoas começa na vontade política, mas só se concretiza com a “acção colectiva, coordenada e contínua”.
A responsável fez estas considerações na abertura do Fórum Nacional de Diálogo subordinado ao tema: "Tráfico de Pessoas em Cabo Verde: Vulnerabilidades, Respostas e Caminhos para uma Intervenção mais Eficaz" promovido na cidade da Praia pelo Observatório Nacional do Tráfico de Pessoas (ONTP).
Ann Linstrand lamentou que o continente africano continue a registar uma elevada vulnerabilidade, sobretudo entre crianças desprotegidas e mulheres, devido a factores como conflitos, perda de progresso, desigualdade entre géneros e lagunas no sistema de protecção.
“Este fórum é uma oportunidade para nos orgulharmos, para compreendermos, olhar em frente para a realidade nacional, de forma a alinharmos as coisas com coragem, com clareza e com renovado sentido de responsabilidade colectiva”, disse.
A coordenadora interina ressaltou que muitas vítimas do tráfico de pessoas ainda não são identificadas, enquanto surgem novas formas de aliciamento, especialmente através das redes sociais e tecnologias.
Citando o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, Ann Linstrand afirmou que o tráfico é uma “violência abominável contra os direitos humanos”, e que para o combater é necessária empatia e acção coordenada centrada nas vítimas.
“A resposta ao tráfico de pessoas começa na vontade política, mas só se concretiza com a acção colectiva, coordenada e contínua”, reforçou.
Neste sentido, a coordenadora reafirmou o compromisso do sistema das Nações Unidas em apoiar o combate a esta prática, com uma resposta eficaz, para garantir que “nenhuma vida seja deixada para trás”, reconhecendo o esforço de Cabo Verde no combate a este crime.
ET/CP
Inforpress/Fim
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