ambiente


14-05-2024 14:31

Cidade da Praia, 14 Mai (Inforpress) – O Governo estabeleceu o regime de observação de cetáceos em Cabo Verde a partir de uma plataforma garantindo assim o equilíbrio de interesses na protecção, gestão e conservação do grupo que abrange baleias, cachalotes, golfinhos, orcas e botos.

O regime, publicado esta segunda feira, 13, no Boletim Oficial (BO), aplica-se nas águas territoriais e na zona económica exclusiva (ZEE) de Cabo Verde a todas as espécies de cetáceos enumeradas, assim como, a todas as espécies que venham a ser reconhecidas nas áreas mencionadas por instituições científicas, nacionais ou internacionais e oficialmente reconhecidas.

De acordo com o documento, as plataformas deverão permanecer numa distância de 500 metros do animal mais próximo, excepto quando sejam os próprios cetáceos a se dirigirem para junto da plataforma, caso em que esta deve manter rigidamente o seu rumo e a velocidade inicial até que os animais se afastem espontaneamente.

Conforme garantiu o Governo, a conservação da biodiversidade em Cabo Verde tem merecido uma especial atenção na implementação de políticas ambientais que visem a salvaguarda do património natural e cultural do país.

Por isso, recordou, em resposta à necessidade global de proteger e conservar os cetáceos em risco de extinção, a pesca de baleias foi proibida por várias convenções internacionais, tendo Cabo Verde ractificado várias outras convenções incluindo a Convenção sobre Diversidade Biológica, a Convenção sobre Espécies Migratórias e a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção. 

A proibição da pesca de baleias, impulsionada pela necessidade de conservar esses animais cruciais para a preservação do património natural e da biodiversidade global, abre novas oportunidades para Cabo Verde, sublinhou.

Uma dessas oportunidades é a observação de cetáceos, que, quando devidamente regulamentada, possui um grande potencial económico.

“O Decreto-lei n.º 8/2022 de 6 de Abril, que estabelece medidas de conservação e protecção para espécies de flora e fauna que devem ser objecto de protecção especial como parte integrante da biodiversidade e do património natural de Cabo Verde, determina que qualquer actividade organizada de observação de espécies de fauna ou flora abrangida pelo diploma está sujeita à autorização administrativa prévia da autoridade ambiental”, explicou.

O mesmo avançou que o país também incluiu algumas espécies de cetáceos no regime que estabelece medidas de conservação e protecção das espécies da flora e da fauna que devem ser objecto de protecção especial.

LT/HF

Inforpress/Fim

14-05-2024 13:40

Cidade da Praia, 14 Mai (Inforpress) – O espaço comercial “China Li” reclamou hoje do mau cheiro e acúmulo de lixo nos arredores do edifício, avançando que mesmo pagando um valor anual à Câmara Municipal da Praia, o carro não tem aparecido faz uma semana.

O responsável do espaço, Sha, em entrevista à Inforpress, expressou o seu descontentamento e a preocupação com o “descaso” na recolha dos resíduos nas lojas, alertando para os perigos do mau cheiro e presença de moscas decorrentes da sua exposição perto de um local de vendas de alimentos.

“Eu pago o carro todos os anos porque é que não aparecem? Eu chamo todos os dias, garantem que vêm, mas não aparecem", questionou, apelando à resolução do problema.

Sha revelou que já procurou diversas vezes os técnicos responsáveis tendo inclusive, durante a presença da nossa equipa, chamado ao departamento para reclamar mais uma vez a situação que coloca o mercado num quadro “crítico” mesmo pagando todos os anos pelo serviço público.

Os recibos demonstram que o espaço pagou ao longo dos anos os valores de 22.170 escudos, 4.340 escudos, sendo o último 24.687 escudos em Outubro de 2023.

Dezenas de sacos de lixos espalhados pelo passeio e contentores cheios têm sido o cenário vivido pelas pessoas que frequentam o minimercado causando desconforto e afectando as vendas da loja.

A Inforpress contactou o coordenador da área de saneamento da Câmara Municipal da Praia para obter uma reacção sobre o facto mas este mostrou-se indisponível no momento. 

LT/HF

Inforpress/Fim

14-05-2024 10:40

Porto Novo, 14 Mai (Inforpress) – A sinalização de percursos pedestres foi vandalizada na rota de Chã de Feijoal a Topo de Coroa, no município do Porto Novo, ilha de Santo Antão, segundo comunicado da Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM).

Neste trajecto, conforme avançou a ADPM, tinham sido colocadas estacas com marcações a tinta como forma de orientar os turistas e visitantes.

“Infelizmente as mesmas, foram vandalizadas. Facto que muito lamentamos, uma vez que o projecto se reveste de extrema importância para a estruturação e desenvolvimento do turismo sustentável que se almeja para a ilha de Santo Antão”, salientou.

A situação, segundo a ADPM, já foi devidamente reportada ao Instituto do Turismo de Cabo Verde (ITCV), autarquias locais e a Polícia Nacional.

A ADPM enfatizou que estes actos de “vandalismo” de equipamento público “não dignificam” Santo Antão e em nada contribuem para o desenvolvimento do turismo na ilha.

No entanto, segundo o comunicado, brevemente iniciarão os trabalhos de colocação das setas direccionais e dos painéis informativos ao longo dos percursos pedestres.

“Perante esta grave situação de vandalismo, ficamos obviamente apreensivos e preocupados que tais actos voltem a acontecer, prejudicando a promoção turística de Santo Antão e em última instância as próprias comunidades que beneficiam do crescimento turístico”, frisaram.

A sinalização dos caminhos vicinais de Santo Antão iniciou-se em Janeiro de 2023.

Na primeira fase, foi feito o levantamento do património, bem como dos serviços e equipamentos turísticos ao longo das rotas e comunidades próximas do Tarrafal e Monte Trigo.

Também avaliaram o estado dos caminhos vicinais e das zonas com potencial para a construção de miradouros e procederam ainda à identificação de pontos de interesse turístico e ao levantamento cartográfico.

A sinalização dos caminhos vicinais de Santo Antão foi feita através do consórcio formado pela Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) juntamente com Portugal Active Tourism in Holidays (PATH) e Letras Encantadas Estudos e Projectos.

LFS/ZS

Inforpress/Fim

13-05-2024 14:48

São Filipe, 13 Mai (Inforpress) – A extracção de areia na praia de Fonte Bila, em São Filipe, é a única actividade ilegal que consegue convergir os interesses políticos da situação e da oposição em Cabo Verde, considerou o biólogo Herculano Dinis.

O biólogo, que é director executivo da Associação Projecto Vitó, utilizou a sua página nas redes sociais para criticar a extracção de areia na praia de Fonte Bila, classificando o acto como “um autêntico “complô” para a destruição ambiental sobre a “falsa” justificativa de desenvolvimento económico”.

Segundo o mesmo, esta actividade, que é ilegalmente autorizada pelos Ministérios da Agricultura e Ambiente e do Mar através do despacho conjunto dos ministros Gilberto Silva e Abraão Vicente, conta com o silêncio da presidência da Reserva de Biosfera da ilha do Fogo e da câmara de São Filipe, Nuías Silva.

“Acabamos, há menos de dois meses, de encerrar um grande encontro das reservas da Biosfera da CPLP na ilha do Fogo. Seis países participaram e o evento foi encerrado com a declaração de São Filipe, promovida pelo presidente da Reserva da Biosfera da ilha do Fogo”, escreveu Herculano Dinis, sublinhando que a referida declaração está a ser “completamente rasgada, com a prática vergonhosa” de extracção de areia na principal praia da cidade e da Reserva da Biosfera da ilha.

Herculano Dinis lembra ainda que da “rica agenda” recente de entidades como a Presidência da República, o ministro do Mar e do primeiro-ministro em fóruns, conferência, colóquios com discursos políticos elaborados puseram a tónica na necessidade de conservação do Alto Mar, dos ecossistemas marinhos, das zonas costeiras, das comunidades locais ou até sobre economia azul ou conservação da biodiversidade.

“Isso tudo parece ser uma política pública que não inclui a ilha do Fogo”, desabafa Herculano Dinis, lembrando que está com 15 anos desta luta e está “seguro” que é uma guerra perdida.

Este alertou ainda para as consequências desta “trágica decisão política”, que, a seu ver, vão ser vividas ainda nessa geração, recordando que o que está a acontecer no Brasil, Japão ou qualquer outro país costeiro poderá chegar a Cabo Verde que não está imune às mudanças climáticas.

A Inforpress tentou ouvir o biólogo Herculano Dinis para mais detalhes sobre a extracção da areia na praia de Fonte Bila, mas sem sucesso já que o mesmo encontra-se ausente da ilha do Fogo.

JR/ZS

Inforpress/Fim

13-05-2024 14:45

São Filipe, 13 Mai (Inforpress) - A campanha de limpeza das três praias de desova de tartarugas marinhas nas proximidades da cidade de São Filipe resultou na recolha de pouco mais de uma tonelada de lixo diverso.

A campanha promovida pela Associação Projecto Vitó ocorreu no sábado, 11, e concentrou-se nas praias de Fonte Bila, Nossa Senhora da Encarnação e de Vale dos Cavaleiros, tendo as cerca de sete dezenas de participantes recolhido 1.147 quilogramas de lixo.

A coordenadora do programa de conservação das tartarugas marinhas na ilha do Fogo e nos Ilhéus Rombos do Projecto Vitó, Carla Lopes, disse que a próxima campanha será realizada no dia 25 de Maio cobrindo as praias da zona norte, nomeadamente Salinas, Praia Grande e Galé, já que no próximo fim de semana a praia de Salinas recebe o festival de música.

Para a Associação Projecto Vitó cada plástico, garrafa e outro lixo removido representa um “importante passo” na preservação da vida marinha e na conservação do oceano.

Na última campanha o Projecto Vitó contou com envolvimento de parceiros como Polícia Nacional, Inspecção-geral das Pescas, Serviço de Saneamento, Cruz Vermelha, Fogo Entertainment, Associação dos Estudantes da Escola Secundária Pedro Pires, de Ponta Verde, voluntários e escuteiros.

A campanha enquadra-se nos eventos da III Conferência sobre a Década do Oceano, organizada pela Presidência da República.

Antes das praias de São Filipe centro, a associação promoveu campanhas nas praias dos municípios dos Mosteiros e de Santa Catarina do Fogo.

Nos Mosteiros foram contempladas quatro praias, nomeadamente Cais, Lantcha, Guentis e Fajãzinha, e, no município de Santa Catarina do Fogo. três praias, particularmente as de Fajã, Alcatraz e Praia Grande

A nível da ilha, a última campanha terá lugar no dia 25 de Maio nas praias da zona norte, mas a iniciativa termina a 08 de Junho com a campanha de limpeza das praias dos Ilhéus Rombos.

Na campanha de desova de tartarugas do ano passado os responsáveis da Associação Projecto Vitó identificaram nas praias da ilha do Fogo e dos Ilhéus Rombos um total de 4.767 rastos de saída de tartarugas (1.989 no Fogo e 2.778 nos Ilhéus), 2.083 ninhos de tartarugas (1.257 na ilha do Fogo e 826 nos Ilhéus) e32 capturas (31 no Fogo e 01 nos Ilhéus).

JR/AA

Inforpress/Fim

13-05-2024 14:22

Cidade da Praia, 13 Mai (Inforpress) - A Câmara Municipal da Praia apresentou hoje um projecto para implementação e elaboração de um plano de “recolha imediata” de resíduos sólidos urbanos, concebido por uma equipa especializada de Espanha, cuja versão idêntica foi implementada em Kumasi (Gana).

À imprensa, o presidente da autarquia capitalina, Francisco Carvalho, revelou que esta iniciativa se insere no quadro do Reforço Holístico para o Desenvolvimento Sustentável (HORESD), de gestão de recolha de resíduos sólidos urbanos no município da Praia, e que é “muito importante” porque vai ao encontro do sistema implementado na autarquia da capital e que serviu de exemplo para ser implantado no Gana.

A equipa especializada das Canárias, segundo avançou, vai iniciar os trabalhos a partir de hoje para um plano de implementação de recolha de resíduos sólidos, pela primeira vez, à medida da realidade da cidade da Praia, a curto, médio e longo prazo, alegando que logo de imediato vão ser desencadeadas acções para melhorar o contexto “cada vez mais”.

“É importante sublinhar que temos estado a trabalhar sempre para introduzirmos melhorias”, realçou, considerando tratar-se de mais uma medida, visando sistematizar e garantir uma melhor intervenção futuro neste município.

Explicou que a Câmara Municipal da Praia já dispõe de equipamentos para a materialização deste projecto, como camiões para recolha de resíduos sólidos, assim como as rotas definidas e trabalhadores de sectores, pessoal de varrição e aterro sanitários e contentores, mas que vai aproveitar da experiência deste projecto espanhol para “melhorar e afinar” o sistema.

Para isto, disse ser fundamental a mudança de mentalidade dos munícipes da Praia, criticando a “prática daninha” de depositar os restos de escombros de obras e restos de árvores ao pé dos contentores, o que, sintetizou, danifica as máquinas dos carros para a compactação dos resíduos.

Referiu que hoje em dia já não faz sentido esta “má prática” e que já não se justifica “a falta de consciência ambiental”, explicando que a autarquia inclusive eliminou o pagamento das taxas que era exigido para o depósito no vazadouro municipal.

Por seu lado, o director executivo da Man Comunitária da Ribeira Alta, Sergi Manchi, e a presidente de Man Comunitária, constituída por 32 câmaras municipais do Reino de Espanha, Paqui Mon Parles, afirmaram tratar-se de um projecto “realista, ambicioso e factível”, e que aposta na no fortalecimento de brindar serviços públicos com um sistema de gestão integrada de recolha de lixo.

SR/AA

Inforpress/Fim

 

 

13-05-2024 8:51

Lisboa, 13 Mai (Inforpress) – Representantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reúnem-se hoje e por três dias, em Lisboa, num seminário que visa capacitar os mesmos para a ractificação do Acordo BBNJ, conhecido por “Tratado de Alto Mar”.

No evento, a decorrer no Oceanário de Lisboa (Portugal) até 15 de Maio, os participantes irão debruçar-se sobre o acordo de conservação e a utilização sustentável da biodiversidade marinha nas zonas não sujeitas à jurisdição nacional.

Também conhecido como Acordo BBNJ, conforme uma nota do Secretariado Executivo da CPLP, o seminário da CPLP de capacitação para a ratificação do Acordo BBNJ é o resultado de uma parceria entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, a Fundação Oceano Azul, o Secretariado Executivo da CPLP e a Divisão das Nações Unidas dos Oceanos e Direito do Mar.

“O evento tem como principais objectivos o apoio à ratificação e entrada em vigor do Acordo BBNJ, promovendo simultaneamente o reforço da Estratégia da CPLP para os Oceanos”, explicou a mesma fonte.

O referido acordo, no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, tem natureza vinculativa e constitui um “importante contributo para a governação integrada dos mares”, sendo que, entre outros aspectos, é considerado um passo essencial para o cumprimento do compromisso internacional de proteger 30 por cento (%) do Oceano até 2030.

Para a entrada em vigor do Acordo BBNJ são necessárias 60 ratificações por parte dos Estados-membros das Nações Unidas, e Portugal, Cabo Verde, Timor-Leste e Brasil estiveram entre os 80 signatários do primeiro momento de assinaturas.

Em Março, em declarações à Inforpress, em Lisboa, durante a sua participação na 11ª edição da Cimeira Mundial dos Oceano, o ministro do Mar, Abraão Vicente, enfatizou a importância dos compromissos internacionais nos quais Cabo Verde está envolvido, destacando especialmente o papel do país nas discussões sobre o Acordo BBNJ conhecido por “Tratado de Alto Mar”.

“Nos últimos eventos, o Acordo BBNJ tem sido a plataforma fundamental dos debates, com foco na reserva de 30 % dos oceanos até 2030 para preservação e regeneração”, afirmou o ministro, na altura.

A abertura do evento terá intervenções do presidente da Fundação Oceano Azul, José Soares dos Santos, do representante permanente de São Tomé e Príncipe junto da CPLP e presidência em exercício da CPLP, Esterline Gonçalves Género, do secretário Executivo da CPLP, Zacarias da Costa e do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, Nuno Sampaio.

DR/AA

Inforpress/Fim

13-05-2024 7:50

Porto Alegre, Brasil, 13 Mai (Inforpress) - As inundações causadas pelas fortes chuvas no sul do Brasil causaram 144 mortos e mais de 2,1 milhões de afetados, num momento em que novas tempestades ameaçam afetar ainda mais a região, anunciaram hoje as autoridades.

O número de mortes aumentou com sete vítimas adicionais às 137 registadas no sábado e os desaparecidos permanecem em 125.

Segundo dados do último relatório da Defesa Civil, citados pela EFE, o número de deslocados aproxima-se agora dos 620.000, dos quais mais de 81.000 tiveram de procurar refúgio em abrigos improvisados pelas autoridades.

O balanço indica também que as equipas de resgate retiraram 76.399 pessoas e 10.555 animais das zonas de risco.

A situação mais dramática ocorre no Rio Grande do Sul, estado que faz fronteira com a Argentina e o Uruguai, onde foram registadas pelo menos 146 mortes e 806 feridos, em 446 municípios afetados, 90% do total.

Foi também registado um morto no estado vizinho de Santa Catarina, também afetado pela catástrofe, mas em menor proporção.

Quase todo o estado de Rio Grande do Sul permanece em alerta devido às previsões meteorológicas e as forças de resgate aproveitam os poucos momentos em que as tempestades acalmam para continuar as buscas.

Além de chuvas torrenciais, estão previstos ventos fortes e temperaturas baixas que poderão prolongar-se até terça-feira.

O Centro Nacional de Vigilância e Alerta de Desastres (Cemaden) emitiu hoje um alerta de alto risco para deslizamentos de terra em praticamente todo o estado e na região metropolitana de Porto Alegre, com atenção especial para a Serra Gaúcha.

Os avisos de chuva forte são realçados no município de Uruguaiana, na fronteira com a Argentina, onde as águas do rio Uruguaia ultrapassaram os níveis e continuam a subir.

Em todo o estado, as ações para levar alimentos, roupas, cobertores e medicamentos continuam, numa altura em que os serviços de energia e água estão a ser restabelecidos aos poucos, principalmente na capital gaúcha.

Os danos causados pelas cheias no Rio Grande do Sul estão estimados em cerca de 18.839 milhões de reais (3.700 milhões de dólares ou 3.400 milhões de euros), segundo o governo regional.

Por enquanto, o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou um programa de apoio de 50.000 milhões de reais (9.800 milhões de dólares) para aquele estado, com linhas de crédito e medidas de assistência direta.

Inforpress/Lusa

Fim

10-05-2024 10:55

Banguecoque, 10 Mai (Inforpress) – O calor extremo que afecta a Tailândia provocou a morte de 61 pessoas desde o início do ano, anunciou hoje o Ministério da Saúde tailandês.

Durante quase uma semana em Abril, as autoridades de Banguecoque emitiram avisos diários de calor extremo, com a temperatura sentida a ultrapassar os 52 graus Celsius.

O ministério disse que 61 pessoas morreram de insolação em todo o país desde o início de 2024, em comparação com 37 em todo o ano de 2023.

O nordeste da Tailândia, maioritariamente constituído por terras agrícolas, registou o maior número de mortes, segundo um comunicado do ministério citado pela agência francesa AFP.

Os cientistas alertam regularmente para o facto de as alterações climáticas induzidas por acção humana levaram a ondas de calor mais frequentes, mais longas e mais intensas.

Embora o fenómeno El Niño esteja a contribuir para o clima excepcionalmente quente deste ano, a Ásia também está a aquecer mais rapidamente do que a média global, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial da ONU.

O chefe do departamento de controlo de doenças do Ministério tailandês, Apichart Vachiraphan, aconselhou as pessoas com problemas de saúde a limitarem as saídas de casa.

Este ano, o tempo quente e seco tem durado mais tempo do que o habitual no país, com o consequente atraso do início da estação das chuvas.

Esta semana, registaram-se trovoadas em algumas regiões, que fizeram baixar as temperaturas, mas levaram as autoridades a alertar para a possibilidade de inundações repentinas.

Em Abril, o reino do Sudeste Asiático registou uma temperatura de 44,2°C na província de Lampang, no norte do país, próxima do recorde nacional do ano passado de 44,6°C.

Inforpress/Lusa

Fim

09-05-2024 12:41

Cidade da Praia, 09 Mai (Inforpress) – Agentes de terreno na Praia e em São Vicente, em número de 117, iniciaram hoje uma formação com vista a realização do Inquérito Multi-Objectivo-Contínuo (IMC) 2024, que tem como novidade a introdução do módulo Ambiente e Mudanças Climáticas.

Em declarações à imprensa, no âmbito do acto de abertura da formação, na cidade da Praia, o vice-presidente do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), Fernando Rocha, avançou que a formação decorre até o dia 18, na Praia e em São Vicente.

“Vamos formar 117 agentes de terreno entre efectivos e suplentes, ou seja, 86 efectivos e 31 suplentes, e a recolha de dados acontece a partir do dia 21 de Maio até 30 de Junho”, explicou, adiantando que este ano o IMC terá duas emissões e o segundo inquérito será feito nos finais do ano.

Para o responsável, a “grande vantagem” de se ter dados sobre o mercado de trabalho de forma infra-anual, em períodos diferentes, é que a comparabilidade desses dados será diferente, e, por isso, assegurou, haverá “maior consistência e mais qualidade” daquilo que são os dados sobre o mercado de trabalho no país.

O inquérito, disse Fernando Rocha, será realizado junto dos 9.918 agregados familiares, sendo que a maior novidade se relaciona com as alterações climáticas.

“Um tema da actualidade, em que Cabo Verde não pode estar distante do resto dos países a nível mundial, e associado aquilo que é um pedido da cooperação Luxemburguesa”, explicou, lembrando que se está perante um dos inquéritos mais importantes realizados pelo sistema estatístico do país, porque consegue dar várias respostas numa única operação estatística.

Pois, acrescentou, o IMC inclui seis módulos, sendo que o “grande objectivo” é o mercado de trabalho, por fornecer dados sobre o emprego, o desemprego, o desemprego jovem, aguardados por todos, além de retratar ainda dados sobre a educação, outras formas de trabalho e a questão das alterações climáticas e energia.

 A questão das tecnologias de informação e comunicação e também o módulo que faz a caracterização daquilo que é a situação demográfica da população cabo-verdiana estão também incluídos noe inquérito cuja operação vai custar cerca de 21 mil contos, financiados pelo Banco Mundial e pela Cooperação Luxemburguesa.

A sessão de abertura da formação foi co-presidida pelo vice-presidente do INE, Fernando Rocha, e pela segunda secretária da Embaixada de Luxemburgo, Michéle Schmit.

ET/AA

Inforpress/Fim 

09-05-2024 12:25

Cidade da Praia, 09 Mai (Inforpress) - O presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Tavares, exorta a uma valorização e abordagem “global” em relação ao verde, destacando algumas intervenções da edilidade nesse sentido, nomeadamente a plantação de coqueiros e construção de hortas urbanas 

O autarca manifestou essa preocupação em declarações à Inforpress quando abordado sobre a situação de algumas praças públicas que se encontram “abandonadas”, com visível falta de cuidados, designadamente a do Bairro Craveiro Lopes.

“Estamos a lançar as bases para construir um espírito de comunidade, que vai nos permitir enfrentar estas questões, de praças, ainda que não estão devidamente cuidadas. O que nós estamos a construir neste momento é uma abordagem global para o espaço público”, reiterou, considerando que “fica complicado” analisar as praças, uma de cada vez.

Considerando a necessidade para a “abordagem global” em relação ao verde, o autarca convida a olhar à volta e ver as intervenções que vão sendo feitas ao nível da criação de espaços verdes no município da Praia.

“E não sobrepor com os casos que ainda não foram contemplados. Várias intervenções estão sendo feitas a nível de criação de espaços verdes, já foram plantados coqueiros na subida de Achada Grande Frente, na ponte do Paiol, na Avenida em baixo do Cruzeiro, e noutras zonas, plantas novas também na Avenida Amílcar Cabral”, enumerou.

Além dessas intervenções, Carvalho destacou, ainda, a construção de duas hortas urbanas que, conforme salientou, conseguidas pela primeira vez na Praia, com a cooperação da Câmara de Turim, em Itália.

“Já concluímos a construção de plantas para distribuir na Ribeira de São Filipe para os agricultores, devidamente cadastrados. Já está tudo dividido e cada agricultor vai receber o seu lote de terreno, concreto…pela primeira vez na história da cidade”, enfatizou.

“Portanto, há aqui uma abordagem em relação ao verde que nunca tinha acontecido no município da Praia, em termos globais. Certamente, haverá sempre uma ou outra praça que ainda não chegamos. É fundamental que olhemos para a abordagem global em relação ao verde que estamos a ter neste município”, insistiu o autarca.

Neste sentido, acrescentou que a câmara está a procurar parcerias, uma diversificação de fontes, para abordar e valorizar o verde em várias dimensões, para a cidade, almejando no município da Praia uma sociedade mais participativa.

“Estamos a lançar as bases para construir um espírito de comunidade que vai nos permitir enfrentar estas questões, de praças, que ainda não estão devidamente cuidadas”, apontou.

Mesmo assim, questionado a pronunciar-se sobre o reclamado “abandono” da emblemática praça do Bairro Craveiro Lopes, Francisco Carvalho disse que é “perigoso” construir hierarquias entre espaços urbanos.

“Acho que é muito perigoso construirmos hierarquias entre espaços urbanos. Todos os espaços urbanos são emblemáticos e importantes. Nós temos, definitivamente, de construir uma nova sociedade aqui no município da Praia”, advertiu, informando que várias praças, também de Pensamento, Miraflores, estão a passar por um processo de intervenção.

Quanto às obras de requalificação que se encontram paradas há algum tempo, designadamente Cidadela e Terra Branca, disse que são processos “normais” que acontecem com as obras em construção, garantindo, porém, que vão ser concluídas antes do fim do mandato.

“Estamos tranquilos, e seguramente que essas obras vão ser concluídas com brevidade”, garantiu.

SC/ZS

Inforpress/Fim

08-05-2024 22:23

Cidade da Praia, 08 Mai (Inforpress) – A Equatorial Coca-cola Bottling Company (ECCBC) Cabo Verde, detentora das empresas Cavibel e Ceris, assinou hoje um acordo com o Ministério do Mar, assumindo o compromisso de preservar e proteger a Praia Negra, na cidade da Praia.

Segundo a directora de comunicação e sustentabilidade da companhia, Danila Ferreira, a ECCBC Cabo Verde, que fica mesmo localizada na zona de Praia Negra, decidiu aceitar o desafio do Ministério do Mar, de apadrinhar essa praia, com o objectivo de reforçar o seu compromisso contínuo com a gestão ambiental.

“Ao adoptarmos esta praia comprometemo-nos a preservá-la e protegê-la através de campanhas de limpeza, semelhante à que realizamos no passado Dia Mundial da Limpeza das Zonas Costeiras, em que, numa acção conjunta com os nossos parceiros e a comunidade local, conseguimos recolher mais de oito toneladas de lixo”, frisou Danila Ferreira.

No acordo assinado na tarde de hoje, na presença do ministro do Mar, Abraão Vicente, a empresa de produção de bebidas compromete-se ainda em incentivar o engajamento contínuo da comunidade local em acções de conservação e limpeza da praia, proteger os recursos da praia, incluindo a areia e os ecossistemas marinhos, contra danos e degradação.

Por outro lado, a companhia compromete-se em sensibilizar os moradores das comunidades vizinhas sobre a importância da sua preservação, destacando a fragilidade do ecossistema costeiro e os impactos das actividades humanas.

A directora de sustentabilidade sublinha que a zona de Praia Negra tem sido uma preocupação para a empresa, lembrando que no ano de 2014 a ECCBC Cabo Verde construiu a sua estação de tratamento de águas residuais (ETAR), reconhecendo o papel vital que a gestão adequada de resíduos tem para a preservação dos recursos naturais e a promoção da saúde pública.

“A empresa investiu nessa instalação como parte do seu compromisso com as práticas indústrias mais responsáveis. A ETAR foi concebida para o tratamento eficiente das águas residuais geradas durante os processos de produção assegurando que os efluentes liberados estivessem dentro dos padrões ambientais estabelecidos”, explicou Danila Ferreira.

Segundo o ministro do Mar, Abraão Vicente, essa iniciativa de garantir que todas as praias do país tenham um padrinho foi lançada no âmbito do Ocean Week, realizado na ilha de São Vicente.

Neste momento, conforme indicou, todas as praias da ilha já são apadrinhadas por uma empresa.

Neste sentido, congratulou-se com a adesão da ECCBC Cabo Verde, mas desafiou a empresa a ir mais além do que as limpezas e a recuperar o espaço por forma que o mesmo possa voltar a ter as valências que tinha antigamente, ou seja, voltar a ser uma praia de convívio familiar e local onde os pescadores deixam os seus botes. 

“O maior desafio da Praia Negra é recuperá-la. Com a tecnologia que existe hoje o desafio desta companhia é de facto, não só manter a praia limpa, mas voltar a dá-la vida como tinha no passado", disse. 

Abraão Vicente sublinhou que o problema da degradação ambiental é o principal ponto da agenda a nível mundial, pelo que considera que esta acção de recuperação da Praia Negra pode ser, de facto, a melhor publicidade que a companhia pode fazer à sua imagem.

“Todas as vossas publicidades podem ter muitas visualizações, muitas partilhas, mas os praienses irão continuar a olhar para a Praia Negra e dizer que o culpado é a Ceris e Coca-cola, mesmo que isso não seja verdade, mas sabemos que percepção conta mais que a realidade”, realçou.

MJB/HF

Inforpress/fim 

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