
Cidade da Praia, 27 Out (Inforpress) - A Associação de Estudantes do ISCEE está a liderar o processo de reactivação da Liga das Associações de Estudantes Universitários (LAUS), iniciativa que pretende unir as instituições do ensino superior em Cabo Verde.
Em entrevista à Inforpress, o presidente da Associação de Estudantes do Instituto Superior de Ciências Económicas e Empresariais (ISCEE), Éder Tavares, explicou que a ideia surgiu durante a actividade “Cabo Verde em Debate”, realizada a 25 de Setembro, dia em que se comemoraram seis meses da tomada de posse da direcção.
Segundo disse, o evento contou com a presença de líderes de diversas associações universitárias, que apelaram à união e à criação de um movimento conjunto.
“Como estavam presentes os líderes das associações universitárias, resolvemos levar isso para a frente, que é a reactivação da LAUS”, afirmou, sublinhando que a união das associações é essencial para fortalecer o movimento estudantil.
O dirigente destacou que a Liga assume um “papel estratégico”, pois representa uma plataforma de diálogo entre os estudantes e as entidades governamentais, permitindo transmitir preocupações e dificuldades do universo académico.
Para tal, existem “várias políticas direccionadas à educação que não correspondem à realidade dos estudantes”, motivo pelo qual considera “fundamental” a existência de uma estrutura que amplifique a voz estudantil.
De acordo com aquele responsável, já foram estabelecidos contactos com antigos presidentes e cofundadores da Liga, tendo recebido apoio à iniciativa.
Tavares revelou ainda que o objectivo é garantir que todas as universidades e institutos superiores tenham um representante dentro da LAUS.
“Infelizmente, nem todas as universidades têm as suas associações activas, e isso dificulta o processo”, referiu, acrescentando que o movimento já foi apresentado “por alto” ao primeiro-ministro, e aos ministérios da Educação e da Cultura, que manifestaram abertura para apoiar a reactivação.
Éder Tavares salientou que a LAUS tem também uma vertente prática, ao procurar financiamento e apoio para que as associações consigam executar os seus planos de actividades e projectos estudantis.
Apontou exemplos de iniciativas relevantes, como o projecto “Servir”, da Uni-CV, e o “Abraço ISCEE”, frisando que “esses projectos, envolvem directamente os estudantes que precisam de apoio total das entidades públicas e privadas”.
Neste momento, a actuação da Liga está mais concentrada na ilha de Santiago, mas o objectivo é expandir o movimento a nível nacional, abrangendo todas as universidades.
O dirigente estudantil defende que o país deve “estar unido numa só causa e num só caminho”, promovendo a criação de um conselho geral das associações.
O plano de actividades da LAUS inclui visitas a instituições que ainda não possuem associações activas, como forma de reanimar o movimento estudantil e promover a integração.
A mesma fonte assegurou que “a associação é o elo de ligação entre os estudantes e as entidades” e que desempenha um “papel determinante” na resolução de problemas e na criação de espaços de diálogo.
Éder Tavares ressaltou que o grande objectivo é construir “uma ponte sólida entre os estudantes e as entidades”, criando um espaço concreto onde a juventude possa ser ouvida e valorizada.
KF/SR//ZS
Inforpress/Fim
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