Porto Inglês, 16 Jul (Inforpress) – Vários residentes da ilha do Maio defendem a criação de um serviço público de transporte intercomunitário, apontando dificuldades na mobilidade entre localidades, sobretudo nas zonas mais afastadas e com acesso limitado a meios de transporte.
Apesar da proximidade entre as comunidades da ilha, a ausência de ligações regulares tem dificultado o quotidiano da população, particularmente em situações urgentes, segundo relatos recolhidos pela Inforpress.
As queixas são mais expressivas na zona Norte, mas estendem-se a outras partes do território maiense.
Os munícipes apelam à disponibilização de um autocarro público que funcione com rotas e horários definidos, facilitando o acesso a serviços essenciais como saúde, educação, comércio e administração pública.
Contactado pela Inforpress, o presidente da Associação dos Condutores do Maio, José Monteiro, considera que o problema não está na falta de viaturas, mas sim na escassez de passageiros, resultante da perda populacional que a ilha tem enfrentado.
“Eu diria que não há falta de transporte, mas sim de passageiros. As pessoas exigem deslocações frequentes, mas nós não podemos circular com o carro vazio, o que resultaria em prejuízos para os hiacistas”, afirmou, acrescentando que os condutores só mantêm os serviços em funcionamento por respeito às necessidades da população.
Monteiro reconhece ainda que o número de profissionais do sector tem diminuído, devido à emigração de vários hiacistas, e defende que os condutores deveriam beneficiar de incentivos, como a redução de taxas, para diminuir os custos operacionais e melhorar a frequência das deslocações.
Sobre a proposta da população, José Monteiro entende que a implementação de um serviço público de autocarros, embora desejável, seria financeiramente insustentável nas atuais condições da ilha.
RL/JMV
Inforpress/Fim
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