Voleibol: Paulense sagra-se campeão regional feminino após falta de comparência do PS Vólei

Paul, 16 Jul (Inforpress) – A formação feminina do Paulense Volley sagrou-se hoje campeã regional de voleibol de Santo Antão, após a equipa do PS Vólei não comparecer ao segundo jogo do play-off, agendado no Polivalente do Buzin, no Paul.

Com uma vitória expressiva por 3-0 no primeiro jogo da final, disputado no Pavilhão David Fortes, o Paulense beneficiou da falta de comparência do adversário para vencer, por desistência, o segundo encontro por igual resultado, assegurando assim o título sem precisar entrar em campo.

Em declarações à Inforpress, o treinador do Paulense, Célio Duarte, assumiu que a conquista tem “um sabor amargo” pelo desfecho da final.

“É uma vitória que não nos dá gosto. Ser campeão a jogar é sempre melhor do que vencer por falta de comparência. As nossas atletas estavam motivadas e os nossos adeptos mereciam ver um grande jogo no nosso polivalente”, disse.

O técnico aproveitou para lamentar a ausência do PS Vólei e refutou a existência de qualquer acordo para que todos os jogos fossem disputados no Pavilhão David Fortes, na Ribeira Grande.

“Não houve qualquer compromisso nesse sentido. O regulamento é claro, quem termina em primeiro na fase regular tem o direito de jogar o primeiro jogo em casa. Já há dois anos que fazemos os play-offs no Pavilhão, é verdade, mas desta vez pedimos para jogar no Paul, porque deslocar os nossos adeptos tem custos elevados e o voleibol não tem apoios”, salientou.

Sobre alegações de insegurança no recinto do Paul, o treinador foi perentório.

“Nunca vi actos de agressão contra jogadores ou dirigentes. Há discussões, como em qualquer jogo, e o próprio treinador do PS Vólei é o primeiro a envolver-se nelas”, afirmou.

Do lado do PS Vólei, o treinador Rui Silva justificou a ausência da sua equipa feminina com base em questões organizativas e na falta de cumprimento de decisões previamente acordadas entre os clubes e a associação.

“O Paulense terminou em primeiro lugar, mas o primeiro jogo foi no Pavilhão. Por que razão o segundo jogo foi marcado no Paul? Na altura, houve consenso entre clubes e associação para que os jogos fossem todos no Pavilhão David Fortes. Recebemos inclusive notas oficiais por e-mail”, frisou.

Rui Silva acrescentou ainda que a mudança repentina do local de jogo, anunciada na terça-feira, gerou desconforto.

“Não esquecemos o que já aconteceu nesse recinto. Além disso, esperávamos jogar no mesmo local, tal como foi decidido. A nossa ausência nada tem a ver com o Paulense. É o reflexo da má organização da associação, que não segue as decisões tomadas de forma unânime”, referiu.

LFS/JMV

Inforpress/Fim