
Cidade da Praia, 20 Set (Inforpress) - A Verdefam quer melhorar a saúde dos jovens em matéria de saúde sexual e reprodutiva com alargamento de acesso aos serviços, através da implementação do "Projecto para a protecção da saúde dos jovens, em especial das raparigas".
Este projecto, que prevê alcançar 1.300 adolescentes e jovens, especialmente as raparigas, em três concelhos da ilha de Santiago, quais sejam, Praia, Santa Catarina e Tarrafal, foi apresentado hoje no Auditório Josina Machel, Liceu Domingos Ramos, na cidade da Praia.
É financiado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), através da sua organização especializada, a Organização Oeste Africana da Saúde (OOAS), em mais de seis mil contos, em parceria com a Associação Cabo-verdiana para a Protecção da Família (Verdefam).
Conforme uma nota explicativa, esta iniciativa insere-se nos "esforços contínuos" da CEDEAO para melhorar a saúde pública na região e reforçar a saúde dos jovens, promovendo o seu bem-estar e proteção, e da Verdefam na promoção dos direitos da família cabo-verdiana, tendo em vista a sua valorização e defesa, tendo especialmente em conta a saúde sexual e reprodutiva.
A directora executiva da Verdefam, Elizabete Xavier de Jesus, explicou que se pretende com esse projecto, com foco nas raparigas, promover o acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, como planeamento familiar, testes de gravidez, prevenção e tratamento de infeções sexualmente transmissíveis (IST) e consultas médicas especializadas nas áreas de ginecologia e obstetrícia.
“O objectivo é alargar o acesso aos serviços, principalmente a nível de adolescentes e jovens. Vamos estar em três concelhos diferentes, Praia, Santa Catarina e Tarrafal, vamos ter também uma valência importante de educação sexual, com informação, aconselhamento e acompanhamento dos adolescentes e jovens”, completou.
Com uma duração de quatro meses, até Dezembro, o projecto visa munir os jovens de serviços e de informações de qualidade, gratuitos, que os permitam fazer escolhas conscientes e adoptar atitudes e comportamentos responsáveis, de modo a “complementar os esforços” das autoridades competentes nesta matéria.
“Sabemos que a camada juvenil tem alguns receios, há algumas questões que nos preocupam, como as infecções sexualmente transmissíveis, as gravidezes não desejadas, a questão da violência baseada no género, a autonomia do corpo… então, deverão ser debatidas com esse grupo particular, de forma a reforçar essa informação, esses aconselhamentos”, observou a mesma fonte, considerando que os indicadores a nível da saúde sexual e reprodutiva no país “não são maus”.
Por seu lado, o representante interino da CEDEAO em Cabo Verde, Jean Francis, espera, também, um melhor acompanhamento das jovens em matéria da saúde sexual e reprodutiva, promovendo o seu bem-estar e protecção a esse nível.
“Um dos objectivos da CEDEAO é promover a saúde para todos no espaço dos países da região. No caso de Cabo Verde foi identificado a necessidade de apoio às jovens para uma melhor educação sexual. Por isso, a CEDEAO, através da Organização Oeste Africana para a Saúde (OOAS) realizou este projecto, em parceria com a ONG Verdefam para a sua implementação”, indicou.
SC/CP
Inforpress/Fim
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