Porto Novo, 13 Mai (Inforpress) – O Museu Histórico e Centro de Interpretações da Emigração Santantonense 1940 já está a ser implementado, estando ainda por decidir o sítio onde o museu poderá sediar-se, informou hoje o promotor do projecto, António Silva.
Este professor universitário explicou à Inforpress que o Museu Histórico e Centro de Interpretações da Emigração Santantonense 1940 pode, “do ponto de vista histórico”, situar-se na Ponta do Sol, na Ribeira Grande, mas se trata de uma questão que está ainda em aberto.
“Do ponto de vista histórico, sou da opinião que o espaço físico do museu deverá ser na Ponto do Sol. Temos já um estudo sobre isso. No entanto, devo sublinhar que isso não quer dizer que Paul e Porto Novo estão excluídos. Tudo dependerá do nível de engajamento dos três municípios de Santo Antão”, explicou este académico.
No âmbito do projecto “Museu Histórico & Centro de Interpretações da Emigração Santantonense 1940”, vai ser apresentado em Santo Antão, a 23 de Maio, um estudo piloto realizado durante cerca de um ano nas localidades de Monte Joana, Matinho e Ribeira das Furnas.
Este estudo foi realizado pelo jovem recém-licenciado em História e Geografia pela Universidade de Cabo Verde (campus Mindelo), Denis Santos, e teve como orientador, o historiador Carlos Santos, professor da universidade pública.
A apresentação deste estudo é sinal de que o Museu Histórico & Centro de Interpretações da Emigração Santantonense 1940 já está a ser implementado, explicou António, que adiantou que este espaço museológico vai dispor de um banco de dados digital sobre a emigração santantonense.
A criação deste museu surge no âmbito de uma parceria entre a Andorinha Cape Verdean Netherlands Foundation for Friendship and Solidarity, os três municípios de Santo Antão, investigadores da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), entre outros parceiros.
“A criação Museu Histórico e Centro de Interpretações da Emigração Santantonense 1940 é uma ambição conjunta da Andorinha Cape Verdean Netherlands Foundation for Friendship and Solidarity, os três municípios de Santo Antão, a Uni-CV/FAED, a diáspora santantonense e também de universidades estrangeiras”, explicou este professor.
Os promotores pretendem com esta iniciativa “conferir dignidade e protagonismo aos patrícios, nascidos e criados em Santo Antão, que se viram obrigados a partir para o estrangeiro” entre o período 1940 e 1974.
De entre os objectivos pretendidos com o projecto se destacam o “tributo aos jovens santantonenses” que, no período entre 1940 e 1974, partiram para o estrangeiro em busca de melhores condições de vida para suas famílias.
O professor universitário justifica ainda a criação do museu com a necessidade de preservar memórias dos ex-emigrantes santantonenses, mas também de pesquisar, registar e preservar as memórias dos jovens santantonenses, maioritariamente homens, que emigraram entre 1940 e 1974.
JM/ZS
Inforpress/Fim
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