Pedra Badejo, 22 Mar (Inforpress) – A região Santiago Norte tem registado anualmente uma média de 20 novos casos de tuberculose (TB), nos últimos cinco anos, maioritariamente em indivíduos de sexo masculino e localidades onde a pobreza apresenta uma incidência elevada.
Estes dados foram avançados hoje à impressa pelo director da Região Sanitária Santiago Norte (RSSN), João Baptista Semedo, à margem do workshop sobre TB, organizado pelo Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), em parceria com a Coordenação Nacional do Programa de Luta contra Doenças de Transmissão Sexual incluindo o VIH/SIDA, Tuberculose e Lepra e a Região Sanitária Santiago Norte.
O evento, realizado no âmbito do Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, assinalado anualmente a 24 de Março, e este ano sob o lema “Sim! Podemos acabar com a TB”, teve como palco a sala de reunião da Delegacia de Saúde de Santa Cruz.
Segundo este responsável, além dos determinantes sociais, esta doença está associada ainda aos indivíduos que têm algum problema com o consumo de álcool e outras drogas e com infecções de VIH-Sida.
Não obstante, o registo de uma média de 29 novos casos em 2023, em que Santa Catarina teve 13, Santa Cruz oito, Tarrafal quatro, São Miguel três, São Lourenço um e São Salvador do Mundo zero, assegurou que a tendência dos últimos cinco anos desta doença que tem tratamento na região é estável.
Relativamente ao tratamento, João Baptista Semedo garantiu que a região tem uma rede forte de centros de saúde, onde os doentes recebem o devido tratamento, gratuito, durante seis meses.
“Tuberculose é uma doença curável, se o doente fizer o tratamento correctamente durante seis meses vai ficar curado”, observou, notando que o “pequeno isolamento” depende da fase da doença e da estratégia do tratamento.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a TB é uma das 10 principais causas de morte no mundo, sendo responsável por mais de 1,5 milhão de óbitos por ano.
Em Cabo Verde, segundo o relatório estatístico 2020 do Ministério da Saúde, entre os anos de 2015 a 2020 registou-se um número médio de cerca de 280 casos por ano e uma taxa média de 1.9/100.000 habitantes no mesmo período. Em 2020 foi registado 151 novos casos registados e nove óbitos.
O workshop contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Carlos Silva, e da presidente do INSP, Maria da Luz Lima.
FM/ZS
Inforpress/Fim
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