Fogo: Associação mobiliza 250 mil euros para impulsionar desencravamento das zonas altas dos Mosteiros

São Filipe, 22 Jul (Inforpress) – A Associação para o Desenvolvimento do Fogo (Afosol) anunciou a mobilização de 250 mil euros, mais de 27 mil contos cabo-verdianos, junto de uma instituição parceira para financiar “projectos estruturantes de infraestrutura” no município dos Mosteiros.

O valor mobilizado junto da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias destina-se a cofinanciar o projecto de desencravamento das zonas altas dos Mosteiros, uma área “de grande relevância agrícola” e com potencial para produção de vinha, café e outras fruteiras.

O investimento será destinado a apoiar a câmara dos Mosteiros na construção dos traçados Cutelo Alto/Penedo Rachado e Cutelo Alto/Perímetro de Monte Velha, que somam pouco mais de sete quilómetros de estrada, segundo a projecção da autarquia mosteirense. 

A iniciativa visa melhorar o acesso a uma das regiões com maior potencial agrícola da ilha do Fogo e de Cabo Verde, abrangendo vastas áreas de cultivo de vinha, café e outras fruteiras.

O presidente da direcção da Afosol, Eugénio Veiga, afirmou que a execução do projecto será feita em estreita parceria com a câmara dos Mosteiros e que o montante mobilizado representa um complemento para a concretização deste projecto estruturante, que visa integrar economicamente áreas produtivas actualmente isoladas.

No ano passado, o presidente da Câmara Municipal dos Mosteiros, Fábio Vieira, tinha anunciado que a autarquia estava a mobilizar parcerias e recursos financeiros para a implementação do projecto.

Vieira disse na altura que através de um recente “encontro estratégico” foram garantidos 60 mil contos para a sua implementação e acredita que o desencravamento das zonas altas permitirá a criação de uma nova centralidade para os Mosteiros, dinamizando a agricultura numa lógica de empresarialização, fomentando o empreendedorismo local e gerando mais emprego e rendimento para as famílias.

O projeto é considerado estratégico para o desenvolvimento sustentável do município e da ilha do Fogo, ao criar melhores condições de acesso, circulação e escoamento de produtos, com impacto directo na economia local e regional.

JR/AA

Inforpress/Fim