
Cidade da Praia, 23 Dez (Inforpress) – O vereador da Cultura e Economia Criativa da Câmara Municipal da Praia (CMP), Jorge Garcia, foi hoje ouvido na Procuradoria-Geral da República, na sequência das recentes buscas efectuadas pelo Ministério Público (MP) à edilidade praiense.
A Inforpress contactou o vereador sobre os pormenores da audição, mas este, a conselho do advogado Emanuel Sousa que o acompanhou, escusou-se a tecer qualquer comentário a respeito.
A vereadora Kyrha Varela, responsável pelo pelouro do Urbanismo, Planeamento Territorial, Infra-estruturas e Gestão de Espaços Públicos, conforme apurou a Inforpress, deve também ser ouvida esta tarde na PGR.
A Inforpress sabe que a secretária municipal da CMP, Joselina Carvalho, foi igualmente ouvida esta segunda-feira, 22, na PGR.
A Direcção Financeira e Patrimonial da Câmara Municipal da Praia, na Fazenda, foi na passada sexta feira, 12, alvo de buscas pelo MP, visando a apreensão de documentos, dinheiro e objectos que sirvam à prova no âmbito de denúncias de “ilegalidades e corrupção”.
A busca aconteceu na sequência do auto de instrução n.º 27/2023/2024, que foi aberto pela Procuradoria-geral da República, em 2024, contra a Câmara Municipal da Praia por causa das denúncias de “ilegalidades e crimes de corrupção” feitas pelo inspector de Finanças Renato Fernandes.
Posteriormente, o procurador da República, que acompanhou o processo de buscas na Direcção Financeira e Patrimonial, na Fazenda, deslocou-se aos Paços do Concelho, encontrando as portas fechadas, ordenou o seu arrombamento à marretada.
O edil praiense Francisco Carvalho devia ser ouvido esta segunda-feira, mas pediu o adiamento, justificando que já tinha assumido um “compromisso” no exterior.
O autarca praiense defendeu que a actuação da PGR contrariou a decisão judicial, alegando que o mandado dizia respeito exclusivamente à Direcção Financeira e Patrimonial.
Francisco Carvalho considera que a Câmara Municipal da Praia está a ser alvo de um “ataque político”, alegadamente promovido pelo MpD, partido no poder, recorrendo à actuação da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Nacional.
LC/HF
Inforpress/Fim
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