Artistas cabo-verdianas destacam-se em residência internacional em Maputo

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Artistas cabo-verdianas destacam-se em residência internacional em Maputo
16/09/25 - 11:18 am

Cidade da Praia, 16 Set (Inforpress) – As cabo-verdianas, Suaila Lima (bailarina) e Yacine Rosa (cantora) destacaram-se na residência artística internacional “Resistir Para Existir”, em Maputo, ao representarem Cabo Verde num espectáculo que cruzou música, dança e teatro com tradições e histórias de libertação.

A residência artística internacional, que arrancou na última semana, em Maputo, a capital de Moçambique, reuniu jovens criadores de oito países lusófonos e contou com forte presença cabo-verdiana.

De acordo com um comunicado enviado à Inforpress, durante três semanas, as duas criadoras representaram Cabo Verde na música, dança e teatro, contribuindo para o espectáculo final apresentado no Centro Cultural Moçambique-China, onde se cruzaram tradições e histórias ligadas às lutas de libertação nos PALOP, em Timor-Leste e às resistências antifascistas em Portugal.

Yacine Rosa, especialista em morna e coladeira, sublinhou a importância da experiência para a partilha de repertórios e a interacção com artistas de diferentes tradições.

Já a bailarina Suaila Lima, natural do Sal e radicada na Praia, integrou oficinas de dança contemporânea e colaborações que uniram movimentos cabo-verdianos, como a coladeira e o batuque, a expressões de Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

O espectáculo incluiu poesia, teatro, dança e música com interpretações de poemas de Agostinho Neto, José Craveirinha e Jorge Rebelo, bem como de canções de Zeca Afonso, Rui Mingas e autores cabo-verdianos interpretados por Cesária Évora.

Yacine Rosa esteve em destaque em quase todos os momentos musicais, enquanto Suaila Lima trouxe para o palco a fusão entre tradição e contemporaneidade. 

Além da apresentação artística, a residência promoveu oficinas, debates e ensaios, proporcionando às participantes cabo-verdianas novas aprendizagens, técnicas e históricas, bem como a criação de redes culturais com colegas de Angola, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

O projecto, coordenado pela Associação Cultural Scala, em parceria com a Khuzula Investments e apoiado pelo PROCULTURA, financiado pela União Europeia e co-financiado pelo Camões, I.P., consolidou-se como um espaço de criação artística e de afirmação cultural na lusofonia, reforçando a presença de Cabo Verde em redes internacionais de arte e resistência.

TC/HF

Inforpress/Fim

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