Santo Antão/Cheias: Conselho Regional do MpD nega que o Governo esteja a competir com a Câmara Municipal do Porto Novo

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Santo Antão/Cheias: Conselho Regional do MpD nega que o Governo esteja a competir com a Câmara Municipal do Porto Novo
29/09/25 - 07:20 pm

Porto Novo, 29 Set (Inforpress) – O Conselho Regional do Movimento para a Democracia (MpD) em Santo Antão negou hoje que Governo esteja a competir com a Câmara Municipal do Porto Novo no quadro do plano para resolver os estragos provocados pelas cheias. 

Em conferência de imprensa, o representante do Conselho Regional do MpD, Damião Medina, disse ser “totalmente falso que o Governo esteja a competir” com a autarquia porto-novense no âmbito da gestão dos fundos alocados ao plano de intervenção para resolver os problemas criados pelas recentes cheias no município do Porto Novo. 

“Pelo contrário, é a própria presidente da Câmara Municipal do Porto Novo que, desnecessariamente, saiu em pé de guerra e birra com o Governo, pois, quis apoderar-se do plano e daí sacar indevidamente o dinheiro, em mais de 133 mil contos, para sustentar despesas de funcionamento da câmara”, sublinhou Damião Medina.

Este responsável informou que o Governo, através do Ministério das Infra-estruturas, Habitação e Ordenamento do Território, já apoiou a autarquia na reparação de estradas de Chã de Norte, do Planalto Norte, da Ribeira dos Bodes com dois mil contos e se comprometeu ainda a ajudar, no período pós-chuvas, com mais 14 mil contos para o reforço da intervenção em locais críticos na estrada Ribeira da Cruz- Chã de Norte – Planalto Norte.

Outras actividades estão seguindo os procedimentos e formalidades com todas as câmaras municipais de Santo Antão, ilha que receberá 225 mil contos, reservando-se a Porto Novo 184 mil contos para a reparação dos danos e, sobretudo, dar resiliência ao município, avançou o representante do MpD em Santo Antão.

Damião Medida acusa o executivo camarário de ter “má relação e de falta de diálogo” com o Governo, instituições do Estado e com parceiros internacionais e explicou que, “ao contrário que pensa” a edil do Porto Novo, o Governo não pode “injectar um tubo de dinheiro nos cofres e contas bancárias” da câmara municipal, já que “há regras, critérios e procedimentos públicos a cumprir”.

“Neste quesito, a presidente da câmara deve perguntar a alguns dos seus colegas seus do PAICV para saber como tem conseguido financiamento do Governo e outras entidades”, notou o representante do MpD que aconselhou à presidente da edilidade porto-novense a "a deixar das brigas e intrigas de lado e trabalhe mais". 

Em relação ao paradeiro do empréstimo bancário de 50 mil contos contraído pela gestão camarária anterior, o MPD em Santo Antão esclareceu que o valor foi aplicado na relva sintética do Estádio Municipal do Porto Novo, na construção de placas desportivas de Jorge Luís, Ribeira dos Bodes, Companhia/Planalto Leste e do Alto São Tomé e ainda na requalificação urbana de Berlim.

JM/JMV

Inforpress/Fim 

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