Presidente do INGT destaca importância da formação em tratamento e gestão de dados espaciais

Cidade da Praia, 22 Abr(Inforpress) – A presidente do Instituto Nacional de Gestão do Território (INGT) destacou hoje a importância da formação sobre o tratamento e gestão de dados espaciais com Sistemas de Informação Geográfica e Base de Dados Espaciais para técnicos dos PALOP.

Ilce Amarantes fez estas afirmações à imprensa, à margem da cerimónia de abertura da formação de técnicos na área das geociências dos Serviços Geológicos Africanos no âmbito do projecto PanAfGeo-2, realizada em parceria com o Ministério das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação, através da Instituto Nacional De Gestão Do Território (INGT) e o Serviço Geológico de Portugal (LNEG).

De acordo com esta responsável, esta é a quinta sessão de formação e segunda vez, num país lusófono, para 17 profissionais dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa – PALOP, nomeadamente, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Angola), sobre o tema “Aquisição, Tratamento e Gestão de Dados Espaciais com Sistemas de Informação Geográfica e Base de Dados Espaciais”.

“O INGT esteve em São Tomé a participar numa formação deste tipo numa primeira fase que é dedicada exclusivamente aos serviços geológicos africanos. É uma formação que tem o financiamento da União Europeia e dos serviços geológicos europeus onde o principal objectivo é capacitar os técnicos dos serviços geológicos em vários níveis e em diferentes temas que não sejam apenas a parte do sistema de informação”, explicou.

O INGT, lembrou a presidente, é a entidade do Estado que faz a gestão da infra-esturutra dos dados espaciais de Cabo Verde, que é uma plataforma de dados que todas as entidades têm a obrigatoriedade legal até de fornecer informações e alimentar essa base de dados espaciais.

“Esta formação é mesmo para nós cruzarmos os conhecimentos e as informações que temos. A realidade dos países é completamente diferente, basta compararmos os recursos mineiros que existem em Cabo Verde e com os recursos mineiros que existem noutros países”, realçou, indicando que neste momento a base de dados é única e comum para todas essas instituições.

Destacou ainda a importância dos dados espaciais visando garantir o planeamento adequado de um país, salientando que esta medida contribui no aumento do conhecimento sobre os recursos mineiros e como tirar proveito dos mesmos.

Por seu turno, o formador, proveniente do Serviço Geológico de Portugal, Alain Francês, destacou a importância da referida acção de formação na obtenção de melhores conhecimentos sobre os recursos minerais e a necessidade de se preparar para a transição energética.

“Esta formação é dedicada à informação geocientífica, basicamente são cartas inteligentes, digitais, ligados a base de dados que podemos questionar para obter diversas respostas sobre o sistema”, salientou, defendendo por outro lado a necessidade de dados técnicos e fiáveis na exploração dos recursos.

Apontou, por outro lado, que Cabo Verde está muito avançado no que se refere à criação de condições visando a disponibilização de instrumentos para fazer uma avaliação geoespacial através do INGT.

PanAfGeo (Apoio Pan-Africano às Ciências Geológicas e Tecnologia) é um projecto coordenado pelos Serviços Geológicos Francês (Bureau de Recherches Géologiques et Minières - BRGM) em estreita colaboração com o EuroGeoSurveys e a OAGS, a Organização dos Serviços Geológicos Africanos, que promove a formação de técnicos na área das geociências dos Serviços Geológicos Africanos através do desenvolvimento de um programa inovador.

CM/ZS

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