Porto Novo, 09 Ago (Inforpress) – A localidade de Alto Mira, no município do Porto Novo, esteve isolada hoje devido à derrocada de rochas que bloqueou a estrada de acesso, mas a ligação já foi restabelecida com a abertura de um trilho de emergência.
Os serviços da protecção civil estiveram no local para avaliar a situação em Selada de Alto Mira, confirmando o desmoronamento que deixou a povoação isolada, para a inquietação dos moradores, que já vinham alertando para a queda frequente de pedras nessa estrada.
O vereador da câmara do Porto Novo, responsável pela área da protecção civil, Celso Medina, que encabeçou a equipa de avaliação, defendeu uma “intervenção de fundo” nessa via para conter a derrocada de rochas e evitar males maiores.
Celso Medina alertou para a necessidade de se proceder à drenagem controlada nessa rodovia, considerada uma das mais perigosas da ilha de Santo Antão, propondo uma intervenção da estrada Tapume – Alto Mira para evitar que aconteçam acidentes graves.
“Se ainda não houve acidentes graves nessa estrada é por mera aleatoriedade”, avisou o autarca, referindo-se à aproximação do período chuvoso em que algumas estradas no município do Porto Novo se tornam muito perigosas.
A Inforpress constatou que moradores de diferentes localidades do interior do Porto Novo têm manifestado inquietação com a queda de pedras em algumas estradas deste município, que ameaça a vida das pessoas.
Os habitantes têm destacado a situação das estradas em Alto Mira, na Ribeira das Patas (Tapume e Cabouco Silva) e na Ribeira da Cruz, onde tem-se registado queda de rochas.
Em Alto Mira, considerada por condutores locais, a “estrada mais perigosa de Cabo Verde”, os residentes pedem uma “intervenção urgente” da Estradas de Cabo Verde para melhorar as condições da via.
O condutor Amadeu Ramos disse que tem havido queda permanente de pedra e deslizamento de rochas nessa estrada, situação já do conhecimento das autoridades competentes, alertando para o facto de as pessoas que circulam nessa via estarem sujeitas a “sérios riscos de vida”.
JM/CP
Inforpress/Fim
Partilhar