Cidade da Praia, 09 Jul (Inforpress) – O ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, anunciou hoje que se iniciam, no próximo ano, em Cabo Verde, algumas especialidades médicas, nomeadamente a cirurgia, a pediatria, a ginecologia, a anestesia, a medicina interna e a medicina geral e familiar.
“Essas seis especialidades, dos quais a medicina geral já está a funcionar, vão permitir capacitar ainda mais o país”, indicou o governante.
Estas especializações, acrescenta o ministro, serão feitas com recurso a médicos cabo-verdianos que vivem fora e, segundo ele, “são professores universitários a nível internacional”.
O governante fez este anúncio durante o debate, no parlamento, sobre o estado da saúde no país, agendado a pedido da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID).
Para Jorge Figueiredo, estas formações permitirão a Cabo Verde reduzir a sua dependência em relação às missões internacionais, nomeadamente de Cuba e China.
Apontou o horizonte 2035 como meta para o país substituir, com sustentabilidade, os médicos estrangeiros que actualmente laboram no arquipélago.
“Se nós melhorarmos bastante, do ponto de vista das infraestruturas e dos equipamentos, não podemos ainda acompanhar toda essa evolução com o número de recursos humanos efetivamente necessários para fazer funcionar o sistema”, admitiu Jorge Figueiredo.
De acordo com o ministro, se há uma redução de mortalidade geral, é porque há efectivamente melhoria das condições das consultas.
Anunciou que num prazo de quatro a cinco anos serão iniciadas formações em outras especialidades, como cardiologia, orto-traumatologia, oncologia, oftalmologia, psiquiatria e hematologia.
“A formação destas especialidades vai impactar na redução das evacuações em mais ou menos 30%”, indicou Jorge Figueiredo.
LC/CP
Inforpress/Fim
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