Porto Inglês, 14 Out (Inforpress) – A ilha do Maio mantém-se como um refúgio seguro para diversas espécies de aves migratórias que visitam a ilha entre os meses de Outubro e Maio, informou hoje a Fundação Maio Biodiversidade (FMB).
Segundo o coordenador das áreas protegidas da FMB, Jairson da Veiga, a ilha recebe várias espécies, como o borrelho-de-coleira-interrompida, o pernilongo, o maçarico-galego e o pilrito, que escolhem o Maio pelas suas zonas húmidas bem conservadas, nomeadamente salinas, lagoas e planícies costeiras, locais ricos em alimento.
“Estas áreas são essenciais para as aves migratórias, mas encontram-se ameaçadas”, alertou Jairson da Veiga, acrescentando que o monitoramento é feito pela FMB e pelos seus parceiros, registando as espécies, a abundância e os padrões de presença.
De acordo com o coordenador, as principais ameaças incluem a alteração dos habitats, a predação por animais domésticos e os efeitos das alterações climáticas, como chuvas concentradas, inundações e subida do nível do mar, que afectam directamente as zonas húmidas costeiras.
A FMB, segundo explicou, tem promovido acções de educação ambiental, apoiado pesquisas científicas e incentivado a conservação local, com o objectivo de garantir que o Maio continue a ser um refúgio seguro para aves migratórias.
O Dia Mundial das Aves Migratórias é celebrado duas vezes por ano, em Maio e Outubro, e é uma iniciativa das Nações Unidas, através da Convenção sobre Espécies Migratórias (CMS), do Acordo sobre a Conservação das Aves Aquáticas Migratórias Afro-Euroasiáticas (AEWA) e da Environment for the Americas (EFTA).
A data visa sensibilizar para a importância da protecção das aves migratórias e dos seus habitats, promovendo uma coexistência saudável entre humanos e aves, e incentivando a criação de comunidades e cidades mais amigas das aves.
RL/CP
Inforpress/Fim
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