Cidade da Praia, 13 Out (Inforpress) – Os jogadores mais antigos do plantel da selecção de Cabo Verde consideram esta passagem à Copa do Mundo, como o culminar de uma carreira.
Apesar de enfrentarem "muitas dificuldades", nunca desistiram de alimentar este sonho de várias gerações.
O primeiro a dar voz à satisfação dos jogadores foi Vozinha, para quem esta vitória, que ditou a passagem à Copa do mundo, representa algo "inédito", mas, acima de tudo, o realizar de um sonho de muita geração, por isso aproveitou a ocasião para dedicar todo o esforço até então especialmente para o povo de Cabo Verde, que conforme admitiu é a razão maior de todo este esforço.
"Estamos todos felizes, por isso, dedicamos esta vitória ao nosso povo", enfatizou, realçando que este é a concretização de um sonho antigo das várias gerações que passaram por esta selecção.
A mesma opinião é defendida por Stopira, que saiu do banco para carimbar o golo que consolidou a passagem de Cabo Verde à Copa do Mundo.
"Estava escrito, porque no jogo contra a Líbia eu estava preparado para entrar em campo e dar o meu contributo, mas não foi possível, mas eu disse vai ser em casa, pelos vistos tudo estava escrito para que assim fosse e assim foi à frente do nosso público", disse Stopira.
Por esta razão, dedicou a vitória e a passagem inteiramente ao povo cabo-verdiano que, conforme disse, “é motivo de muita inspiração, aliás, frisou que o seu regresso só aconteceu porque ele tem uma devoção para o seu povo, que sempre o abraçou e o acarinhou desde início da sua carreira.
Na mesma linha, Ryan Mendes, capitão da turma nacional disse que esta é a realização de um sonho de todos os cabo-verdianos, tanto no país como na diáspora, por isso considera ser "um homem realizado", por poder ajudar a selecção a atingir a tão almejada presença numa fase final do campeonato do mundo.
Lembrou, por outro lado, que tudo isso foi graças ao apoio dos colegas, principalmente dos com mais anos na selecção, desde Vozinha, Stopira, Djamiro e outros, todavia não admitiu serem considerados uma geração de ouro, porque na sua opinião todos os que passaram por esta selecção deixaram os seus legados.
"Futebol é assim, acusamos um certo nervosismo na primeira parte, mas vimos que a equipa da Eswatini veio aqui, simplesmente para não sofrer o golo, por isso na segunda parte acertamos o que pretendíamos e o mister disse-nos o que devíamos fazer e, felizmente, tudo decorreu da forma como pretendíamos e agora é só disfrutar", contou.
Ryan Mendes enfatizou o facto de um país pequeno como Cabo Verde que está a celebrar os seus 50 aniversários como um país independente e a marcar presença num mundial, é algo "incrível", alcance que neste momento pode não estar a ser visto, mas que daqui a pouco dias vai ser olhado de forma diferente.
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Inforpress/Fim
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