Cidade da Praia, 22 Abr (Inforpress) – O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças de Cabo Verde, disse hoje que Cabo Verde está profundamente comprometido com o desenvolvimento sustentável e empenhado em fortalecer a sua parceria com a China.
Olavo Correia que falava na 6ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa a decorrer em Macau, afirmou que este é o momento de agir com determinação e “visão de futuro” e identificou áreas para investimento futuro apontando a economia azul, o turismo, a transição energética, a economia verde, a transição digital, o reforço do capital humano, o sector privado e as conectividades.
“Com a China queremos acelerar a transição energética, garantindo o acesso a todos os cabo-verdianos à energia, água e saneamento, montar um competente programa impactante de desenvolvimento de talentos cabo-verdianos, vencer o desafio da insegurança alimentar, promover a segurança sanitária, construindo e gerindo o Hospital Nacional de Cabo Verde e que a China aceda ao nosso programa de conversão da dívida externa em investimentos no clima”, afirmou.
O governante cabo-verdiano realçou ainda, no seu discurso, que Cabo Verde quer com a China edificar a estrada Praia/Tarrafal e o aeroporto do Porto Novo, investindo nas acessibilidades e mobilidades, desenvolver o cabo submarino de fibra óptica Amílcar Cabral e uma solução para os transportes marítimos na CEDEAO, promovendo a integração na sub-região africana.
Reiterou ainda a intenção de Cabo Verde ter empresas chinesas, de todas as dimensões e em todos os sectores, alegando tratar-se de um compacto transformativo que deve acontecer entre os dois países e que não pode faltar, pois, segundo disse, o arquipélago precisa da China e a “China de nós”.
Referiu sobre o exemplo de cooperação existente entre os dois países e que a 25 de Abril vão completar 48 anos do estabelecimento das relações diplomáticas, o que considerou como um marco significativo que reflecte a trajectória de amizade, cooperação e solidariedade partilhada ao longo de décadas.
“Há duas décadas, o Fórum de Macau foi estabelecido de forma estratégica, proporcionando um mecanismo fundamental para promover a cooperação inter-regional entre os países de língua portuguesa, tendo Macau como ponto de ligação que, após 20 anos de existência deste mecanismo, as relações estão no melhor momento da sua história”, enfatizou, reforçando a ideia do fortalecimento das relações do Fórum através da iniciativa “Um Centro, Uma Plataforma”.
PC/HF
Inforpress/Fim
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