São Filipe, 10 Out (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuías Silva, destacou hoje o orgulho e a responsabilidade da Região Fogo/Brava em acolher um evento de relevância para Cabo Verde e para a comunidade internacional.
Nuías Silva que é também presidente da Associação dos Municípios do Fogo e da Brava deu as boas-vindas aos participantes da 4.ª Conferência da Década do Oceano que decorre sob o lema “Unindo saberes, protegendo os mares: ciência oceânica para todos”.
A conferência, segundo o edil, reúne na ilha e na Região Fogo/Brava decisores, cientistas, líderes comunitários e representantes de organizações nacionais e internacionais para discutir o futuro dos oceanos e reforçar o compromisso com a sua sustentabilidade.
Nuías Silva sublinhou que o evento assume "uma importância extrema e estratégica", não apenas para Cabo Verde, mas também para os países africanos, lusófonos e europeus.
A escolha da ilha do Fogo, classificada como Reserva Mundial da Biosfera pela Unesco, foi considerada pelo autarca como "estratégica e simbólica", reforçando a ideia de que a preservação dos oceanos começa nos territórios locais, mas com impacto global.
“É um momento único para reforçarmos o compromisso com a sustentabilidade dos oceanos, que são fonte de vida, riqueza e identidade para o nosso povo,” afirmou.
Nos dias que antecederam a conferência, de 02 a 09 de Outubro, as ilhas do Fogo e Brava foram palco de diversos pré-eventos que mobilizaram as comunidades locais em torno da literacia oceânica, práticas sustentáveis, ciência e cultura, referiu o edil de São Filipe na cerimónia de abertura da IV Conferência.
Segundo Nuías Silva, essas actividades preparatórias foram fundamentais para "fortalecer a conexão entre o conhecimento científico e o saber tradicional", valorizando o papel das comunidades na governação oceânica inclusiva.
Durante o seu discurso, o edil destacou a necessidade de revisitar as conclusões da III Conferência da Década do Oceano, realizada na ilha do Sal, e de avaliar os progressos feitos desde então.
Entre as principais recomendações, apontou a necessidade de reforçar a compreensão do oceano através da educação e utilização de tecnologias emergentes para pesquisas e monitoramento oceânico, o envolvimento das comunidades locais em actividades de conservação e geração de renda.
“Queremos que este encontro seja não apenas um espaço de inspiração, mas também de acção concreta, onde o saber se une para proteger os nossos mares e promover o desenvolvimento sustentável das nossas comunidades” sublinhou Nuías Silva.
Nuías Silva reafirmou o compromisso da Região Fogo/Brava com a promoção da economia azul, a conservação dos recursos marinhos e a implementação de políticas locais que integrem as dimensões económica, social e ambiental da sustentabilidade.
JR/HF
Inforpress/Fim
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