São Vicente: Trabalhadores dos Registos e Notariado aderem 100% à greve devido a “péssimas condições” de trabalho - sindicato

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São Vicente: Trabalhadores dos Registos e Notariado aderem 100% à greve devido a “péssimas condições” de trabalho - sindicato
17/11/25 - 02:03 pm

Mindelo, 17 Nov (Inforpress) – Os trabalhadores dos Registos, Notariado e Identificação, em São Vicente, aderiram 100% à greve devido à “péssimas condições de trabalho” e vários direitos que estão a ser negados, incluindo um salário justo e progressão.

A garantia da adesão total foi dada à imprensa pelo vice-presidente da Associação Sindical dos Trabalhadores dos Registos, Notariado e Identificação Civil e Criminal (Astranic), Nelton Morais.

A primeira reivindicação refere-se, adiantou, ao pessoal oficial ajudante, que fez um acordo com o Ministério de Justiça em Agosto deste ano, mas que “não está a ser respeitado”, e com previsões de ser implementado somente em Fevereiro de 2026.

“Mas nós queremos já e o acordado tem de ser feito”, sublinhou Nelton Morais, adiantando que estão somente a garantir o serviço mínimo em relação aos óbitos.

Entre outras reclamações estão, segundo a mesma fonte, o salário base que disse ser insignificante.

Por outro lado, a funcionária do Primeiro Cartório em São Vicente, na zona de Alto São Nicolau, Maria dos Reis ressaltou que só querem os seus direitos, ainda mais para a classe de pessoal de apoio, uma classe que disse ter sido “inventada” e trabalha sem segurança social e a ganhar “uma bagatela”.

Indo mais longe, Maria dos Reis assinalou que após a passagem da tempestade Erin, as condições de trabalho no cartório, em Alto São Nicolau, “tornaram-se péssimas”, com perdas de computadores, que obrigaram os funcionários a usar os equipamentos restantes por escala.

Algo que, sublinhou, tem gerado “muitos conflitos entre os funcionários”.

“E a própria estrutura do Cartório dificulta muito as coisas”, explicou Maria dos Reis, acrescentando que têm dificuldades até de utilizar a casa de banho devido à quantidade de serviço.

Pedem, por essas razões, para serem valorizados, conforme a mesma fonte, para terem mais motivação.

A greve decorre até quarta-feira, 19, e caso não surtir efeito, o vice-presidente da Astranic, Nelton Morais, garantiu que vão voltar a realizar uma outra greve no mês de Dezembro.

LN/AA

Inforpress/Fim

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