Cidade da Praia, 03 Ago (Inforpress) – O presidente da Associação de Estudantes do ISCEE (AE-ISCEE) sugere ao Governo a criação de bolsas de estudo completas, que incluem, além do pagamento de propinas, também subsídios para apoiar na alimentação e transporte de estudantes mais vulneráveis.
Em entrevista à Inforpress, Éder Tavares reconheceu o apoio que o Governo tem dado aos jovens universitários, através da atribuição de bolsas de estudo para pagamento de propinas, alguns alojamentos, e da regularização de dívidas.
Entretanto, pede uma abordagem mais abrangente para garantir maior equidade no acesso ao ensino superior em Cabo Verde.
“Vários estudantes têm abandonado o ensino superior justamente por falta de condições financeiras”, argumentou, sugerindo ao Governo a criação de bolsas de estudo completas, que incluam não só o pagamento de propinas, mas também subsídios de alimentação e de transporte aos mais vulneráveis.
Para o presidente da Associação dos Estudantes do Instituto Superior de Ciências Económicas e Empresariais (ISCEE), o pagamento de propinas é uma grande ajuda, mas lembrou que há colegas que trabalham para conseguir pagar a propina e nem sempre com o salário que ganham conseguem sustentar a formação.
Quando é assim, continuou, terão de escolher entre pagar a propina ou então, por exemplo, fazer compras para alimentação.
“Se calhar é necessário fazer um estudo profundo de condições financeiras, como rendimento de família, ver o cadastro social em que o estudante está abrangido como critério a ser utilizado para escolha dos beneficiários”, sugeriu.
Mas, Éder Tavares defende que é preciso pensar de modo geral, numa bolsa que deve abranger não somente bolseiros de universidades públicas como também de privadas.
Com isto acredita que haverá menos abandono do ensino superior. Para o líder estudantil, investir mais na educação é também investir num país mais justo e desenvolvido no futuro.
ET/JMV
Inforpress/Fim
Partilhar