Cidade da Praia, 18 Mai (Inforpress) – A 31.ª edição do Festival da Gamboa, realizada este fim de semana na cidade da Praia, reuniu milhares de pessoas para celebrar a música e a cultura, mas os vendedores têm opiniões divergentes quanto à organização do evento.
Para alguns comerciantes, o ambiente foi positivo e as condições de trabalho satisfatórias. Maria Semedo, que vendia bebidas e petiscos, considerou esta edição “melhor do que a do ano passado”, embora defenda mais oportunidades de venda nos festivais.
“Houve mais segurança, as barracas estavam bem posicionadas e não houve confusão ao longo destes dias. Estou muito satisfeita com a organização deste ano”, afirmou.
Acrescentou ainda que os artistas em palco proporcionaram "um espetáculo com boa vibração".
No entanto, nem todos partilham do mesmo entusiasmo. Maria Eduarda, que vendia grelhados, mostrou-se menos satisfeita com a logística do evento.
“Faltou coordenação. Alguns de nós recebemos as autorizações tarde e tivemos pouco tempo para montar as bancas. Até agora, ninguém veio recolher o pagamento referente ao espaço disponibilizado para a venda, o que mostra falta de organização”, criticou.
As críticas estenderam-se também à gestão do espaço. Elizabete Lopes, vendedora de doces, relatou que teve de mudar de local duas vezes por falta de informação clara.
“Ninguém sabia ao certo onde devia ficar. Mudei-me de lugar duas vezes porque onde estava já estava reservado para outra pessoa. Isso atrasou tudo e afectou as vendas”, lamentou.
Apesar das críticas, todos os entrevistados reconhecem a importância do festival para os pequenos negócios locais.
“Mesmo com os problemas, vendemos bem. O festival da Gamboa é sempre uma montra para os nossos produtos”, disse Katia Sousa, que comercializa bebidas alcoólicas e hambúrgueres.
A 31º edição do festival da Gamboa contou com 40 barracas, 28 roulotes e 35 bifanas de comes e bebes.
Este ano com um significado diferente por coincidir com os 50 anos da Independência Nacional. Em homenagem aos Heróis Nacionais, o evento decorreu sob o lema: “Pensar para agir e agir para poder pensar melhor”.
JBR/JMV
Inforpress/Fim
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