Cidade da Praia 08 Mai (Inforpress) - A Câmara Municipal da Praia e a Assembleia municipal realizaram hoje uma mesa redonda para discutir a situação social, política e económica da capital no início da independência, enquadrada nas festividades dos 50 anos de independência nacional.
Em entrevista à inforpress, a presidente da Assembleia Municipal, Clara Marques, informou que o evento se enquadra dentro das festividades da cidade e do município, sob a égide dos 50 anos da independência de Cabo Verde.
Clara Marques afiançou que o evento visa destacar a importância de promover uma Praia mais inclusiva, que atenda às necessidades de todos os cidadãos, independentemente da sua origem ou condição social.
“A cidade da Praia, que abriga quase um terço da população de Cabo Verde e mais de metade da população da Ilha de Santiago, é um reflexo da diversidade do país, com moradores de diferentes origens e expectativas sobre o futuro da cidade”, explicou.
Marques informou ainda que a capital neste momento precisa de um centro de convenções, em que considera a mesma fundamental o município ter um espaço cultural e com equipamentos socioculturais, para além das comunidades que, segundo a mesma, são 85 bairros, cada uma com exigências diferentes.
“(…)para começar, precisamos de um grande centro de convenções (…)De fazer cultura, centros culturais, equipamentos socioculturais, para além de nós sabermos que, também, as comunidades cresceram muitas, temos 85 bairros e cada um vai pedindo de acordo com as suas necessidades”, frisou.
Por seu turno, o historiador Lourenço Gomes avançou que o evento visa abordar questões antes da independência até hoje, principalmente eventos culturais, citando os grandes eventos como a Kriol Jazz Festival, os CVMA, Noite Branca entre outros.
Lourenço explicou que para entender melhor esse evento é necessário fazer um recuo no tempo para melhor compreensão, frisando ainda que o evento visa abordar também a própria dinâmica da vida quotidiana da capital no tempo dos grandes cinemas da capital.
O historiador abordou também a questão da tradição urbanística da capital, explicando que os bairros nascentes não seguem essa tradição urbanística, o que dificulta a localização por parte de quem administra o país.
KR/JMV
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