Cidade da Praia, 09 Set (Inforpress) – O presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV) anunciou hoje que a organização adquiriu 20 hectares de terreno, no norte do país, para a instalação de um centro logístico que pode apoiar os países da sub-região africana.
Arlindo de Carvalho fez esta afirmação em declarações à imprensa no âmbito da visita da embaixadora dos EUA a vários serviços da CVCV onde se inteirou das acções da organização, bem como dos desafios e perspectivas de cooperação.
“Queremos trabalhar a parte logística comunitária. Nós tivemos uma visão em 2018/2019 de adquirir um grande espaço no norte do país, cerca de 20 hectares de terreno, para ali desenvolver um centro logístico para Cabo Verde no seu todo e também para apoiar os países da sub-região africana”, disse.
Destacou que neste projecto a CVCV está a trabalhar com a Federação Internacional, tendo incitado contactos com as Nações Unidas, assim como outros parceiros e os Governos dos Estados Unidos da América e de Cabo Verde.
“Já falámos com o primeiro-ministro sobre essa iniciativa e queremos avançar. Nessa área, queremos criar condições para que cada cidadão, cada ser humano que queira doar algo, doe. E que esse gesto tenha um amparo”, prosseguiu, exemplificando com a oferta de uma caneta, arroz ou açúcar pode transformar-se em dinheiro para auxiliar pessoas.
Este processo, segundo disse, será feito através da Loja Solidária, um projecto que já vem de há alguns anos, mas que devido a covid-19 teve de ser parado.
“Agora estamos já numa fase final. Acreditamos que até o final do ano vamos ter a Loja Solidária, que é uma plataforma de mobilização de recursos e, ao mesmo tempo, um espaço para que cada um possa adquirir o que quer”, explicou.
Além deste, Arlindo de Carvalho, destacou outros projectos que considera estruturantes para a organização dar respostas de uma forma organizada, como a nível da saúde, comunidade e cuidados à terceira idade.
“A nível da saúde e cuidados, já temos um centro integrado de saúde e cuidados e estamos a dar corpo ao centro através da implementação de projectos na área de análises clínicas, vamos trabalhar a área dos consultórios médicos, o centro de imagiologia, a área de fisioterapia e muitos outros complementares ao Sistema Nacional de Saúde”, acrescentou.
A nível da Ilha de Santiago, afirmou que a CVCV vai estruturar um centro de cuidados integrados em relação à pessoa idosa, assim como respostas comunitárias com equipes que vão trabalhar para melhorar a saúde comunitária.
Questionado sobre o apoio de 30 mil euros da Fundação Gulbenkian, Arlindo de Carvalho avançou que a organização tem um plano de respostas que vem sendo ministrado em função das necessidades.
Fazendo um ponto de situação sobre São Vicente, o presidente da CVCV explicou que através da federação da Cruz Vermelha, foi lançado um apelo internacional, tendo havido uma adesão a que qualificou de “muito interessante” por parte de vários governos, empresas e instituições.
Avançou que, neste momento, a CVCV já conseguiu mobilizar cerca de 60% do plafond que lhes foi concedido pela federação, que totalizam cerca de 240 milhões de escudos cabo-verdianos.
Lembrou que existe uma articulação entre São Vicente e Praia, coordenada pela Secretária-geral, já que as principais preocupações da CVCV é “fazer o registro daquilo que foi doado e depois produzir o relatório com os justificativos e apresentar aos parceiros”.
PC/HF
Inforpress/Fim
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