Cidade da Praia, 10 Set (Inforpress) - A Acarinhar foi reconhecida, na segunda-feira, 8, como pessoa colectiva de utilidade pública, consolidando 18 anos de trabalho em defesa das crianças e jovens com paralisia cerebral em Cabo Verde.
De acordo com o Boletim Oficial, a Associação das Famílias e dos Amigos das Crianças com Paralisia Cerebral (Acarinhar) foi reconhecida como pessoa colectiva de utilidade pública através de um decreto-lei.
A presidente da Acarinhar, Teresa Mascarenhas, em declaração à Inforpress, afirmou que a atribuição do estatuto representa um “marco histórico e um reconhecimento” pelo percurso da associação.
Segundo disse, a distinção motiva-os a fazer cada vez mais e melhor.
Para aquela dirigente, este estatuto reforça a credibilidade e a legitimidade institucional da associação, permitindo maior acesso a apoios, parcerias e financiamentos, tanto públicos como privados.
Teresa Mascarenhas salientou que a nova categoria abre oportunidades para ampliar projectos de intervenção social e consolidar a associação como parceiro estratégico do Estado na promoção da inclusão e melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência.
Aquela responsável destacou ainda que este reconhecimento só foi possível graças ao empenho das famílias, da equipa técnica, dos membros fundadores e dos parceiros que, ao longo dos 18 anos, acompanharam a missão da associação.
No plano prático, a presidente sublinhou que o estatuto possibilita apresentar projectos a nível nacional e internacional, com maior legitimidade e capacidade de mobilizar recursos.
“É um documento que nos serve como porta de entrada para novas parcerias e financiamento”, referiu.
Apesar deste avanço, Mascarenhas reconheceu que permanecem “desafios significativos”, entre os quais o acesso a mais financiamentos, a necessidade de equipas multidisciplinares e a disponibilização de transporte adaptado para crianças e jovens com paralisia cerebral.
Acrescentou que muitas famílias continuam a enfrentar dificuldades diárias, tornando a caminhada pela inclusão um processo inacabado e repleto de obstáculos.
Sobre o futuro, a dirigente adiantou que a associação pretende dar prioridade a projectos de capacitação e inclusão, criação de centros especializados e melhoria das condições de transporte acessível.
Sublinhou a importância de capacitar utentes e reforçar a equipa técnica, para garantir respostas cada vez mais qualificadas.
Teresa Mascarenhas recordou ainda que, a 6 de Outubro, Dia Mundial da Paralisia Cerebral, a associação estará mais “confiante e fortalecida” com este estatuto.
“Trabalhamos como voluntariado, sem esperar recompensas, mas este reconhecimento aumenta a nossa vontade de continuar a servir com amor e dedicação”, concluiu.
KF/LC//ZS
Inforpress/Fim
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