ECONOMIA


13-05-2024 13:41

Cidade da Praia, 13 Mai (Inforpress) – A 'AfricaOnChain Cabo Verde', um programa de capacitação dos jovens nas tecnologias web3 e blockchain 100% gratuito, foi lançada hoje, na Praia, e irá contribuir para o crescimento da economia do país, segundo o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia.

O também ministro das Finanças, do Fomento Empresarial e da Economia Digital falava à imprensa no lançamento do referido programa, que está “alinhado com a ambição” de impulsionar Cabo Verde como um polo tecnológico na África subsaariana.

Trata-se de uma iniciativa da Pro Empresa, através da Cabo Verde Digital, em parceria com a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), a 1Tribe e a Avalanche.

Na ocasião, o vice-primeiro-ministro enfatizou a importância da transição digital como um “catalisador para criar novas oportunidades e ampliar as existentes”, destacando que a digitalização está permeando todas as áreas da actividade económica, daí a aposta nos jovens como “parte fundamental” desse processo.

“Nossa aposta deve ser na capacitação dos jovens", afirmou, sustentando a importância de os mesmos dominarem tecnologias emergentes, como inteligência artificial, blockchain e 5G, como “ferramentas essenciais” para conectar os jovens cabo-verdianos com o mundo e prepará-los para liderar na economia digital.

“O mundo está num processo de transição digital e este processo de transição é uma enorme oportunidade para os pequenos estados insulares porque o digital permite que possamos estar connosco próprio e com o mundo e isto permite criar novas oportunidades, permite amplificar e acelerar as oportunidades (…)”, vincou Olavo Correia.

"Esta é uma oportunidade enorme para nossos jovens", declarou ainda o governante, para quem os jovens cabo-verdianos devem ser cidadãos do mundo, preparados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que a economia digital oferece.

Por outro Lado, George Ayinde, fundador da 1Tribe, uma organização sem fins lucrativos e que se concentra em reduzir a exclusão digital em África, avançou à imprensa que o objectivo é incentivar a juventude cabo-verdiana a olhar para outros empregos, especialmente no espaço web3, “que é o futuro que já é agora”.

Conforme explicou George Ayinde, a ideia é capacitar educadores para que possam ensinar os jovens, mas também capacitar cidadãos cabo-verdiano com o saber-fazer, de como vender a sua arte e construir soluções descentralizadas e aplicações para África e para Cabo Verde.

Conforme a mesma fonte, o programa tem duração de um mês e a 1Tribe irá doar 350 mil escudos a 35 participantes para poderem integrar os seus projectos no ecossistema Blockchain, e, no final, serão selecionados três vencedores que poderão aceder a 500 mil escudos.

“Portanto, no próximo semestre, depois de avaliarmos como conseguimos acompanhar a população, seremos capazes de criar um programa personalizado para Cabo Verde. Então, esse é o experimento para ver como vão as coisas e aí poderemos estruturar um currículo em parceria com o Unicef para ter um programa Blockchain no UNICEF”, finalizou.

TC/AA

Inforpress/Fim

13-05-2024 11:19

Cidade da Praia, 13 Mai (Inforpress) – Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontaram hoje para uma tendência ascendente do indicador de confiança no consumidor, no primeiro trimestre deste ano, uma evolução considerada “positiva”, comparado com o período homólogo do ano 2023.

De acordo com o boletim informativo do INE, os resultados que demonstram esta tendência ascendente do indicador de confiança no consumidor no último trimestre, situam-se acima da média da série, realçando uma “ligeira confiança” nas famílias cabo-verdianas.

A mesma fonte explica que este resultado justifica-se basicamente pela “apreciação positiva” das famílias sobre a sua situação financeira nos últimos 12 meses, e a evolução da situação económica do país nos últimos 12 meses relativamente ao trimestre homólogo.

“Para as famílias inquiridas, nos últimos 12 meses, tanto a situação económica do seu lar como a situação económica do país evoluíram positivamente relativamente ao trimestre homólogo”, aponta o documento, observando que, na opinião dos inquiridos, nos últimos 12 meses, tanto os preços como o desemprego aumentaram, relativamente ao mesmo período do ano 2023.

Segundo informações do mesmo boletim, relativamente ao item poupança, a maior parte (88,1%) dos inquiridos no primeiro trimestre do ano de 2024 considerou que, ainda, a actual situação económica do país não permite poupar dinheiro, realçando que no trimestre homólogo, esse percentual foi de 90,1%, o que representa um decréscimo de 2 pontos percentuais (p.p) entre os dois períodos.

“De realçar que 9,3% dos inquiridos afirmaram ser possível poupar algum dinheiro com a actual situação económica do país, sendo que, no trimestre homólogo, era de 7,7%, apresentando um acréscimo de 1,6 p.p.”, refere a mesma fonte, apontando ainda que cerca de 94,3 em cada 100 entrevistados afirmaram ter a “certeza absoluta” que não tencionam comprar um carro nos próximos dois anos.

Entretanto, no primeiro trimestre de 2024, 6,3% dos inquiridos afirmaram que “provavelmente sim”, irão construir ou comprar uma casa, contra 20,8% no período homólogo, representando um decréscimo de 14,5 p.p.

“De acordo com os inquiridos, para os próximos 12 meses, tanto a situação financeira das famílias como a situação económica do país deverão evoluir positivamente, face ao trimestre homólogo. Para as famílias inquiridas, tanto os preços dos bens e serviços quanto o desemprego deverão evoluir negativamente, face ao trimestre homólogo”, indicou o documento.

Um inquérito de conjuntura no consumidor é um instrumento efectivo de análise e interpretação da evolução da actividade económica no curto prazo.

As perguntas, conforme metodologia utilizada no inquérito, são de carácter qualitativo e reflectem as opiniões das famílias sobre a situação económica e financeira do país, bem como a sua própria situação económica e financeira, avaliando ainda a intenção de poupança das referidas famílias.

SC/ZS

Inforpress/Fim

13-05-2024 9:04

Cidade da Praia, 13 Mai (Inforpress) - As companhias aéreas da Hungria e de Cabo Verde vão poder operar até sete frequências por semana entre os dois países, segundo um acordo estabelecido entre os dois países.

A Agência de Aviação Civil de Cabo Verde anunciou que o acordo é válido “para qualquer tipo de aeronave e para as operações de passageiros e carga”.

O entendimento surge depois de um encontro, na cidade da Praia, entre delegações das agências dos dois países, com o “objetivo comum de aumentar ainda mais a capacidade, de modo a refletir a procura crescente de serviços aéreos entre a Hungria e Cabo Verde”, cujas capitais estão separadas por cerca de 5.300 quilómetros.

As infra-estruturas aeroportuárias de Cabo Verde entraram em obras em Abril (aeroportos do Sal, Praia, São Vicente e aeródromo do Maio) na sequência da concessão à multinacional Vinci, que pretende trazer mais voos internacionais para o arquipélago.

A companhia europeia de baixo custo Easyjet anunciou que vai começar a ligar a ilha do Sal e Portugal em Outubro.

Em Abril, durante a visita à cidade da Praia do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, o líder do Governo cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, disse que o acordo aéreo entre os dois países vai ser revisto.

Os estabelecimentos hoteleiros de Cabo Verde receberam um milhão de hóspedes em 2023, um novo recorde, em linha com a tendência de crescimento do setor que representa cerca de um quarto da riqueza anual produzida pelo arquipélago.

Entretanto, os voos domésticos continuam incertos: a empresa concessionária (Bestfly) fechou operações no arquipélago e a estatal Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) alugou aviões ao vizinho Senegal para manter as ligações, mas sem conseguir evitar cancelamentos recorrentes.

Na sexta-feira, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, pediu que as falhas sejam “corrigidas”, remetendo para os próximos dias o anúncio de soluções.

Inforpress/Lusa

Fim

10-05-2024 20:10

Santa Maria, ilha do Sal, 10 Mai (Inforpress) – O operador turístico português Solférias tem programado para este verão sete voos charter para Cabo Verde, sendo seis para o Sal e um para a ilha da Boa Vista, numa operação tri-partilhado com a SATA e a Emptyleg.

A operação, que deverá colocar por semana mais de 1.300 turistas no país e mais um número considerável de clientes regulares, conforme o director-geral da Solférias em Cabo Verde, Odair Inocêncio, vai “mexer” com a taxa de ocupação dos hotéis nesta altura considerado época baixa do turismo.

“É um volume enorme de clientes que vai mexer com a ocupação dos hotéis agora que é uma época considerada baixa e vai criar mais postos de trabalho tanto dentro dos próprios hotéis como os parceiros comerciais e assim manter os colaboradores”, sublinhou.

Para este responsável, neste momento o país é muito procurado como destino turístico pelos portugueses e destacou o “grande número de procura” por clientes repetentes, o que quer dizer que é um destino que “vale a pena visitar".

É por estes motivos, conforme a mesma fonte, que se tem verificado a aposta neste destino por parte de outros operadores sendo a última novidade a entrada da companhia EasyJet em Cabo Verde com voos “low cost”, a partir de Portugal.

Em termos de transportes terrestres na ilha, o operador também tem vindo a apostar numa frota de autocarros, que permitem também “maior conforto aos clientes” que chegam na ilha.

Odair Inocêncio lamentou a perda de considerável de mão-de-obra qualificada da ilha para a emigração, mas entende que isso se deve à “falta de incentivos e de valorização” dos colaboradores, principalmente na área do turismo.

“Essas pessoas que estão a deixar os seus empregos e o país, se realmente tivessem todas as condições necessárias e a sua mão-de-obra mais valorizada, acredito que muitos não procurariam este caminho”, explicou.

Por outro lado, disse acreditar que estas saídas podem trazer um “pouco de vantagens” para aqueles que ainda estão aqui, porque as empresas começam a valorizar o trabalhador local, sob risco de perderem essas mesmas pessoas.

A Solférias está a operar em Cabo Verde desde 2010, mas este ano abriu a sua própria estrutura na ilha do Sal e, até Outubro, tem programado sete ligações aéreas charters que serão realizadas às sextas, sábados e domingos, mas com ligações também feitas pelas companhias de bandeira de Portugal e de Cabo Verde.

NA/HF

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10-05-2024 19:57

Cidade da Praia, 10 Mai (Inforpress) – O presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC), Miguel Monteiro, quer maior envolvimento da diáspora cabo-verdiana no mercado de capitais “por exercer um papel fundamental no desenvolvimento do país".

A pretensão foi manifestada hoje em declarações aos jornalistas, à margem da conferência realizada sob o tema "O papel da diáspora no processo de financiamento para o desenvolvimento sustentável de Cabo Verde", no âmbito das actividades comemorativas do 26º aniversário da BVC.

“Aquilo que nós pretendemos é que, no futuro mais próximo, a nossa diáspora, que já vem apoiando Cabo Verde de várias formas, tenha um  maior envolvimento no mercado de capitais”, disse Miguel Monteiro, enaltecendo a participação da comunidade emigrada na oferta pública do International Investiment Bank.

“Em 2022 os nossos emigrantes transferiram cerca de 375 milhões de dólares para Cabo Verde. Se apenas 10 por cento (%) desses valores fosse investido no mercado de capitais, para financiar as empresas ou o próprio Estado, certamente que a diáspora sairia a ganhar”, explicou.

Neste sentido, avançou que a BVC tem em curso duas ofertas públicas com 25% de participação dos cabo-verdianos na diáspora o que, segundo Miguel Monteiro, demonstra que a comunidade emigrada está “atenta”.

“Isto demonstra que podem envolver-se ainda mais e ter um papel mais importante no desenvolvimento do mercado de capitais e, consequentemente, no desenvolvimento de Cabo Verde”, sublinhou.

Por outro lado, no ano que a instituição comemora o seu 26º aniversário, considerou que a internacionalização é o maior desafio e, por isso, chegou o momento de apostar na melhoria dos processos e capitalizar os ganhos alcançados para impulsionar, ainda mais, o mercado de capitais.

“Nos 26 anos de história da BVC, além de contribuirmos para o financiamento do Estado através da emissão de títulos do Tesouro, já operacionalizamos cerca de 70 financiamentos a empresas e seis financiamentos a municípios, através da emissão de obrigações e acções. Tais operações ascenderam a um montante global de financiamento que ronda os 35,5 mil milhões de escudos”, frisou.

Contudo, no seu discurso de abertura da conferência, Miguel Monteiro defendeu que, para ser um país desenvolvido, Cabo Verde terá de, obrigatoriamente, apostar no desenvolvimento do mercado de capitais.

“Os mercados de capitais bem desenvolvidos propiciam, às empresas, acesso a uma variedade de fontes de financiamento de longo prazo para investir na expansão, inovação e modernização de suas operações. Isso impulsiona o crescimento económico e a criação de empregos”, precisou.

Em relação à realização da conferência, o presidente da BVC esclareceu que tem como objectivo explorar o papel da diáspora cabo-verdiana no desenvolvimento económico e social do país, visando impulsionar o crescimento sustentável e promover a prosperidade para todos os cabo-verdianos, residentes e no estrangeiro.

Para isso, anunciou o lançamento, ainda este ano, da primeira emissão do programa “Diáspora Bond”, um produto financeiro para captar os recursos dos emigrantes e investir em projectos catalisadores do desenvolvimento.

“Acredito piamente que esta conferência trará “inputs” valiosos para contribuir nesse processo de atrair fundos dos nossos emigrantes para investimentos no mercado de capitais, com reflexos positivos no desenvolvimento do nosso país”, concluiu.

Participam na conferência as entidades governamentais, câmaras municipais, operadores da Bolsa, instituições parceiras, emitentes e a sociedade civil interessada.

OM/HF

Inforpress/Fim

10-05-2024 17:20
10-05-2024 17:07

Assomada, 10 Mai (Inforpress) – O departamento de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade de Santiago encontra-se reunido numa jornada departamental tendo sobre a mesa questões como a cadeia de valor, sustentabilidade da pesca e o turismo.

Em declarações à imprensa, o responsável pelo departamento, Nardi Sousa, explicou que esta jornada tem como lema “a comunidade de direitos e sociedade de informação”, cujo objectivo é criar oportunidades para que os alunos sejam os protagonistas para a partilha do conhecimento, mas também trazer especialistas para juntos debaterem estas questões.  

Em debate, Nardi Sousa avançou que colocaram à mesa a questão da cadeia de valor, a sustentabilidade da pesca e do turismo, justificando que a pesca é um sector muito importante para Cabo Verde, onde cerca de 18 mil pessoas vivem directa ou indirectamente do sector.

Além disso, salientou que em média um cabo-verdiano deve comer cerca de 26 quilos de peixe per capita por ano, considerando que ainda é um sector que apresenta “muitas vulnerabilidades”.

Tendo em conta o número de pessoas e famílias que trabalham nesta área e depende do sector para a sobrevivência, exemplificando que somente na ilha de Santiago existem cerca de mil mulheres peixeiras ou retalhistas, defendeu a necessidade de se ter uma certa regulação e fiscalização e mais apoio ao sector.

Na questão da fiscalização, relembrou que existem algumas ameaças relacionadas com as mudanças climáticas, mas também apontou a questão da pesca abusiva de alguns barcos estrangeiros, com o acordo que Cabo Verde tem com a União Europeia o que tem diminuído o peixe nas águas do país.  

Nesta mesma jornada, este responsável informou que se está a discutir os Direitos Humanos e Direitos Fundamentais de Personalidade, Protecção dos Direitos Humanos e Fundamentais numa perspetiva Civil, Administrativo e Tecnológico, entre outros temas, e que para aprofundar a reflexão dos mesmos, apresentaram especialistas de Cabo Verde e de Portugal para partilhar conhecimentos com a comunidade educativa e os presentes.

Patrícia Dias, uma professora de Portugal que está a participar nesta jornada, disse que trouxe o tema sobre Clausura geral da tutela da personalidade no ordenamento jurídico português que está prevista no artigo 70 do Código Civil português, mas que tem caráter geral e sem prejuízo de subjetivação.

E nesta matéria, considerou que Cabo Verde tem feito um “trabalho meritório”, principalmente no desenvolvimento das ciências jurídicas e na área do direito.

A jornada que iniciou esta quinta-feira e termina hoje, no final do dia, teve também um momento de homenagem ao selecionador da equipa de basquetebol nacional, Emanuel Trovoada.

MC/CP

Inforpress/Fim

10-05-2024 15:20
10-05-2024 14:51
10-05-2024 14:40

Cidade da Praia, 10 Mai (Inforpress) - O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, visitou hoje as instalações da empresa tecnológica portuguesa VisionWare, tendo ficado “bem impressionado” com o número de empresas acomodadas no Parque Tecnológico de Cabo Verde, mesmo sem estar totalmente concluído.

Ulisses Correia e Silva desloca-se, pela primeira vez, ao novo parque tecnológico e hub digital, na Achada Grande, manifestando satisfação com a instalação dos escritórios da empresa tecnológica portuguesa especializada em cibersegurança e segurança da informação, Visionware, naquele espaço ainda que inacabado.

“Vision Ware é uma empresa que trabalha para o mundo global, com quadros e técnicos cabo-verdianos, em áreas sofisticadas de serviços para várias partes do mundo. Este é um modelo que queremos desenvolver aqui a partir do Parque Tecnológico na Praia e também em São Vicente”, sublinhou, enaltecendo o Tech Park de Cabo Verde que, a seu ver, permitirá espaços para startups para aqueles que querem começar incubadoras, mas também instalar empresas de referência.

“Empresas de referência que possam prestar serviços externos de qualidade e com vantagem de estarmos localizados num país seguro, estável, que garante padrões de qualidade, idênticos a qualquer outro país do mundo… e ir crescendo com este tipo de intervenções”, exteriorizou, calculando que mais empresas vão sediar-se no parque tecnológico.

“A partir do Parque Tecnológico nós queremos sempre ter actividades que criam mais riqueza no país, empregos dignos e bem remunerados”, almejou Ulisses Correia e Silva prevendo a conclusão das obras da envolvente externa do parque, que ainda faltam, no mês de Setembro.

De acordo com um documento a que a Inforpress teve acesso, a VisionWare conta com 30 colaboradores alocados ao seu escritório da Praia e uma presença local “contínua no país desde 2007, detendo mais de 20 clientes activos trabalhando de forma transversal em diversos sectores de actividade.

Ainda a mesma fonte, o negócio internacional da VisionWare em Cabo Verde representa já 17% da sua facturação, com destaque para os serviços de cibersegurança, compliance e security operation center “as a service”, sendo que os seus recursos humanos locais operam desde Cabo Verde para todo o mundo.

“Apostar na presença física no TechPark é também uma forma de a VisionWare promover este espaço, no âmbito da estratégia do Governo nacional de transformar o arquipélago numa Nação/Hub Digital”, lê-se no documento.

Segundo consta, o Tech Park de Cabo Verde tem neste momento 18 empresas instaladas e conta com mais de 20 contratos assinados.

SC/ZS

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10-05-2024 13:25

Nova Sintra, 10 Mai (Inforpress) - O presidente substituto da Câmara Municipal da Brava afirmou hoje que a autarquia fez aquisição de uma retroescavadeira orçada em mais de 15 milhões de escudos, o que irá minimizar os custos em aluguer deste tipo de máquinas.

Mário Soares, que falava hoje à Inforpress, informou que a máquina chegou esta quarta-feira ao município e salientou que a retroescavadeira era uma necessidade para câmara e Brava em geral.

“Temos muitos investimentos a nível de construção, sendo que muitos deles implicam maquinaria do tipo que, no entanto, a edilidade sempre tinha de recorrer a aluguer através de particulares e empresas para realizar as obras, pelo que tínhamos muito mais custo”, sublinhou.

Conforme avançou este responsável, a aquisição foi uma iniciativa da câmara juntamente com o projecto que foi submetido ao Governo através do Fundo do Ambiente que também financiou esta iniciativa.

Neste caso, frisou que a máquina irá ajudar a autarquia nas construções e também na organização da lixeira a céu aberto na localidade de Favatal, tendo em conta que a câmara tem pagado a empresa privada alguns valores, para o efeito.

“A autarquia tem também alguns projectos para serem realizados, e por isso estávamos a aguardar a chegada da retroescavadeira que com certeza irá minimizar o custo da execução, uma vez que a máquina pertence à câmara”, afirmou.

Avançou, ainda, que a intenção da autarquia é fazer com que a assembleia aprove a fixação de uma taxa “razoável”, para ser feito o aluguer a particulares que podem necessitar deste tipo de serviço, e assim trazer alguma rentabilidade.

“Assim podemos melhorar a qualidade e rapidez da obra e também a nível de recursos, com certeza, iremos ter bom benefício, uma vez que para a época da chuva não precisaremos recorrer a terceiros para aquisição da mesma e, com certeza, esta máquina, será de grande valia para a Brava”, finalizou.

DM/ZS

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10-05-2024 13:04

Cidade da Praia, 10 Mai (Inforpress) – O BCV anunciou hoje, em comunicado, que o crescimento do PIB deverá manter-se estável em 5% em 2024, aumentar para 5,4% em 2025, bem como um “ligeiro” aumento nas suas taxas de juro de referência.

De acordo com os dados do relatório da Política Monetária do Banco de Cabo Verde, em 2023, o contexto externo da economia nacional revelou-se “menos favorável”, evidenciado pela moderação do crescimento da actividade económica mundial e dos principais parceiros comerciais, nomeadamente a área do euro e o Reino Unido.

Neste sentido, salienta a nota, prevê-se que o crescimento real do PIB em 2024 se estabilize, mantendo-se no mesmo ritmo de 2023, tendo em conta, a dissipação dos efeitos positivos de arrastamento do processo de recuperação da crise pandémica, a conjuntura económica ainda ténue dos principais parceiros económicos, condições mais restritivas na oferta de crédito interno e a incerteza decorrente das tensões geopolíticas.

“O crescimento do PIB real deverá manter-se estável em 5% em 2024, e aumentar para 5,4 % em 2025. Em comparação com as projecções de Outubro de 2023, o crescimento real do PIB para 2024 foi revisto em alta em 0,3 pontos percentuais, reflectindo a revisão em baixa dos preços medido pelo deflator do PIB e a incorporação de dados mais recentes das contas nacionais, e para 2025 mantém-se inalterado”, lê-se na nota.

No entanto, o BCV salienta que não obstante esperar-se alguma volatilidade nos preços dos produtos energéticos devido a questões geopolíticas, antecipando que para 2024 e 2025, a taxa de inflação mantenha uma trajectória descendente, atingindo níveis mais consistentes com o objectivo de estabilidade dos preços.

Conforme os dados, prevê-se que a inflação média anual deverá baixar para 1,2% em 2024 e 1% em 2025, favorecida pela expectativa de queda dos preços das matérias-primas energéticas e não energéticas no mercado internacional, pela atenuação dos constrangimentos no abastecimento e das pressões decorrentes dos custos dos factores de produção, bem como, por algum impacto do pendor restritivo da política monetária.

Ainda de acordo com o banco central, em comparação com as projecções de Outubro de 2023, a taxa de inflação prevista para 2024 foi revista em baixa em 1 ponto percentual e para 2025 manteve-se inalterada.

“A revisão em baixa da taxa de inflação para 2024 traduziu não apenas a evolução dos dados mais recentes, que indicam uma redução nos preços a um ritmo mais acelerado do que previamente antecipado em Outubro de 2023, mas também, a revisão em baixa das expectativas dos preços das matérias-primas energéticas no mercado internacional”, realçou.

Por outro lado, acrescenta que em 2024, prevê-se que o défice da balança corrente evolua de forma menos positiva, reflectindo a moderação na procura externa turística internacional e nas receitas do turismo e dos transportes aéreos, bem como a diminuição das remessas dos emigrantes, podendo alcançar os 3,4% do PIB.

Reconheceu, no entanto, que é esperado que os influxos líquidos de financiamento na economia diminuam em 2024, considerando a provável redução do investimento directo estrangeiro realizado em Cabo Verde, o aumento dos activos externos líquidos dos bancos comerciais e a redução dos desembolsos líquidos da dívida pública externa.

Já para 2025, a nota antecipa que o défice da balança corrente deverá registar uma melhoria, situando-se em torno dos 3% do PIB, impulsionado por uma procura externa turística mais robusta e, por conseguinte, um aumento nas receitas provenientes do turismo e dos transportes aéreos, bem como, um aumento esperado nas remessas dos emigrantes.

Prevê-se igualmente um aumento dos influxos líquidos de financiamento na economia para 2025, tendo em conta a recuperação do investimento directo estrangeiro em Cabo Verde, o aumento previsto nos desembolsos líquidos da dívida pública externa, bem como, a redução que se antecipa dos activos externos líquidos dos bancos comerciais.

“As entradas líquidas de financiamento deverão ser suficientes para cobrir as necessidades de financiamento da economia, tanto em 2024 como em 2025, pelo que, o país deverá conseguir acumular activos de reserva nestes anos”, indicou, informando que o stock de reservas externas líquidas deverá fixar-se em torno de 6 e 5,7 meses de importações, em 2024 e 2025, respectivamente.

Assim, não obstante o contexto macroeconómico externo e interno e o espaço orçamental em conformidade com os objectivos de consolidação, o Banco de Cabo Verde, concluiu a mesma fonte, decidiu continuar o processo de normalização da sua política monetária, através de um ligeiro aumento nas suas taxas de juro de referência, visando essencialmente reduzir o diferencial de taxa de juros e mitigar o potencial risco para o regime cambial.

“Para os próximos meses, decidiu-se ajustar as principais taxas de juro do Banco de Cabo Verde, nomeadamente a taxa directora e as taxas da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de depósito, para 1,5%, 1,75% e 0,95%, respectivamente”, referiu, afiançando que a taxa de redesconto passa para 2,75%, mantendo-se inalterado o coeficiente das disponibilidades mínimas de caixa.

CM/ZS

Inforpress/Fim

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