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Portugal: ISCTE comemora 50 anos do 25 de Abril com debate sobre Campo de Concentração do Tarrafal

Ilha do Sal: Paróquia de Santo António arranca actividades da festa do padroeiro

Moçambique trabalha com a Rússia para esclarecer circunstâncias da morte de embaixador - MNE

Ilha do Sal: Fiéis católicos celebram dia de Nossa Senhora de Fátima com missa que recorda a primeira aparição da santa

Fogo: Extracção de areia em Fonte Bila é única actividade ilegal que converge interesses políticos da situação e oposição – Herculano Dinis

Santo Antão: UCID contra empréstimo bancário da câmara do Porto Novo em época pré-eleitoral

Porto Novo, 13 Mai (Inforpress) - O eleito municipal da UCID (oposição) José Graça considerou hoje uma “manobra para manipular a consciência dos menos atentos” o empréstimo bancário que a autarquia do Porto Novo pretende fazer para consolidar a dívida pública municipal e financiar investimentos.

José da Graça, que falava aos jornalistas em conferência de imprensa, explicou que a Câmara Municipal do Porto Novo pretende contrair empréstimos junto do BCN no valor de 420 mil contos.

“São dois empréstimos, um 370 mil contos e outro de 50 mil contos. O primeiro de 370 mil contos será destinado à consolidação da dívida pública municipal, que no início de 2024 era de aproximadamente 295 mil contos, sendo o encargo desta dívida no orçamento de 2024, de cerca de 48 mil contos” elucidou.

Segundo o eleito municipal da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), a câmara do Porto Novo contraiu empréstimos de curto prazo que, entretanto, não foram pagos, acumulando um valor de 75 mil contos em contas caucionadas.

Pelo que o político considerou que o acumular destes valores em empréstimos de curto prazo demonstra “falhas graves” na gestão da câmara municipal e do seu presidente que é o seu “principal responsável” e que, no entender do político, se mostra “incapaz” de assumir compromissos assumidos.

José Graça realçou que a saga da consolidação da dívida pública municipal remonta a uma deliberação aprovada e introduzida em regime de urgência no dia 11 de Março de 2023 que autorizava a Câmara Municipal do Porto Novo, a emitir obrigações junto à Bolsa de Valores de Cabo Verde no valor global de 480 mil contos que o mesmo passou por duas alterações.

A mesma fonte recordou que no dia 18 de Dezembro de 2023 foi aprovada a deliberação nº 38/2023 que autorizava a emissão de 290 mil contos em obrigações junto à Bolsa de Valores de Cabo Verde que seriam subscritas pelo Instituto Nacional da Previdência Social (INPS).

“Desse valor cerca de 113 mil contos seriam para pagamento de prestações vencidas e não pagas pela câmara em contribuições da previdência social. Portanto apenas uma parte da dívida pública municipal seria consolidada em uma única instituição financeira, não resolvendo o problema da dispersão dos créditos taxas e prazos”, salientou.

Conforme o eleito municipal da UCID, a câmara do Porto Novo agora quer propor a revogação de deliberação nº 38/2023 de 18 de Dezembro de 2023 contraindo novo empréstimo no valor de 370 mil contos.

No que, segundo a mesma fonte, a UCID estaria disposta a votar a favor deste empréstimo caso não fosse a inclusão dos 75 mil contos derivados das contas caucionadas de curto prazo que só chegou a esse valor por “má gestão” dos recursos financeiros por parte da câmara municipal e do seu presidente.

Por outro lado, José Graça frisou que a Câmara Municipal do Porto Novo pretende contrair junto da mesma instituição financeira um segundo empréstimo no valor de 50 mil contos, para financiar investimentos.

“A UCID é a favor de qualquer investimento que beneficie os portonovences mesmo sendo através de empréstimos bancários. Mas a câmara não especificou que projectos serão financiados com este valor, pelo que a UCID se posiciona contra este empréstimo”, disse.

José da Graça questionou ainda o porquê de só agora tal empréstimo, quando se está a menos de seis meses do término do mandato.

“Se a câmara do Porto Novo quisesse fazer algum investimento de forma séria para o bem dos portonovenses, que mitigasse a pobreza gritante que reina em Porto Novo, o teria feito atempadamente”, sublinhou.

José da Graça disse ainda que a UCID está “preocupada” com a defesa dos interesses dos portonovences, uma vez que numa transação de 420 mil, era obrigatório ao presidente, uma melhor negociação por forma a conseguir maiores vantagens para o município, garantindo juros inferiores a 6%, o que não se verificou.

Por outro Lado, o eleito municipal da UCID salientou que o limite de endividamento imposto pela lei das finanças locais está sendo violado com a concretização desta operação atingindo os 15,45% das receitas correntes pelo menos no primeiro ano.

“Chama-se atenção que a revogação nº 38/2023 o problema das prestações devidas ao INPS no valor de 13 mil contos fica por resolver sem falar dos mais de 220 mil contos em dívidas junto à APN [Águas de Porto Novo] que também continua sem solução, pelo que a situação de desequilibro financeiro desta câmara é extremamente grave, mas, mesmo assim, o presidente confessa, em declarações à Inforpress, que recebe 14 salários anuais, o que é no mínimo imoral para a situação socioeconómica de Porto Novo” finalizou.

LFS/ZS

Inforpress/Fim

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Indicador de confiança no consumidor regista tendência ascendente no primeiro trimestre deste ano - INE

Cidade da Praia, 13 Mai (Inforpress) – Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontaram hoje para uma tendência ascendente do indicador de confiança no consumidor, no primeiro trimestre deste ano, uma evolução considerada “positiva”, comparado com o período homólogo do ano 2023.

De acordo com o boletim informativo do INE, os resultados que demonstram esta tendência ascendente do indicador de confiança no consumidor no último trimestre, situam-se acima da média da série, realçando uma “ligeira confiança” nas famílias cabo-verdianas.

A mesma fonte explica que este resultado justifica-se basicamente pela “apreciação positiva” das famílias sobre a sua situação financeira nos últimos 12 meses, e a evolução da situação económica do país nos últimos 12 meses relativamente ao trimestre homólogo.

“Para as famílias inquiridas, nos últimos 12 meses, tanto a situação económica do seu lar como a situação económica do país evoluíram positivamente relativamente ao trimestre homólogo”, aponta o documento, observando que, na opinião dos inquiridos, nos últimos 12 meses, tanto os preços como o desemprego aumentaram, relativamente ao mesmo período do ano 2023.

Segundo informações do mesmo boletim, relativamente ao item poupança, a maior parte (88,1%) dos inquiridos no primeiro trimestre do ano de 2024 considerou que, ainda, a actual situação económica do país não permite poupar dinheiro, realçando que no trimestre homólogo, esse percentual foi de 90,1%, o que representa um decréscimo de 2 pontos percentuais (p.p) entre os dois períodos.

“De realçar que 9,3% dos inquiridos afirmaram ser possível poupar algum dinheiro com a actual situação económica do país, sendo que, no trimestre homólogo, era de 7,7%, apresentando um acréscimo de 1,6 p.p.”, refere a mesma fonte, apontando ainda que cerca de 94,3 em cada 100 entrevistados afirmaram ter a “certeza absoluta” que não tencionam comprar um carro nos próximos dois anos.

Entretanto, no primeiro trimestre de 2024, 6,3% dos inquiridos afirmaram que “provavelmente sim”, irão construir ou comprar uma casa, contra 20,8% no período homólogo, representando um decréscimo de 14,5 p.p.

“De acordo com os inquiridos, para os próximos 12 meses, tanto a situação financeira das famílias como a situação económica do país deverão evoluir positivamente, face ao trimestre homólogo. Para as famílias inquiridas, tanto os preços dos bens e serviços quanto o desemprego deverão evoluir negativamente, face ao trimestre homólogo”, indicou o documento.

Um inquérito de conjuntura no consumidor é um instrumento efectivo de análise e interpretação da evolução da actividade económica no curto prazo.

As perguntas, conforme metodologia utilizada no inquérito, são de carácter qualitativo e reflectem as opiniões das famílias sobre a situação económica e financeira do país, bem como a sua própria situação económica e financeira, avaliando ainda a intenção de poupança das referidas famílias.

SC/ZS

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Metereologia

VÍDEOS

Ilha do Sal: Paróquia de Santo António arranca actividades da festa do padroeiro

Espargos, 13 Mai (Inforpress) – A Paróquia de Santo António, em Espargos, ilha do Sal, arrancou hoje, oficialmente, as actividades da festa do seu padroeiro, celebrado a 13 de Junho.

O dia de Santo António, que agora é feriado municipal na ilha do Sal, conta, este ano, com um leque de actividades de cariz religioso e cultural, iniciando já nesta segunda-feira a peregrinação da imagem de Santo António pelas localidades da ilha e actividades à volta do santo padroeiro.

Para o padre Eliseu Lopes, pároco da paróquia de Santo António, este ano, “depois de muitos pedidos, foi concedido o dia como feriado municipal”, o que permite que os devotos de Santo António possam tomar parte nas celebrações do dia que, este ano, coincide com o décimo aniversário da criação da paróquia.

“A partir de agora vai ser feriado nesse dia que, para os cristãos e para a comunidade católica é muito importante, porque temos um dia para louvarmos o santo que empresta o nome à nossa paroquia”, justificou.

Outrossim, Eliseu Lopes destacou que, ao longo deste ano, “a paróquia tem vindo a realizar outras actividades, reflectindo sobre o próprio Santo António”, com catequeses para consciencializar as pessoas sobre o santo padroeiro que já é celebrado há mais de 80 anos.

Durante um mês, até o dia 13 de Junho, várias actividades foram programadas por forma a envolver toda a comunidade salense, começando hoje com a peregrinação da imagem de Santo António até a localidade de Fátima, para celebração da missa que recorda a primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima aos três pastorinhos, em 1917.

Desde o dia seis de Maio e prolongando-se até o dia 13 de Junho, que decorre a primeira edição da taça Paróquia de Santo António.

No dia 25 de Maio a comissão organizadora realiza uma noite de gala, seguido no dia oito de Junho com uma serenata pelas artérias da cidade de Espargos e, logo no dia seguinte, realiza-se a grande feira de Santo António.

Já no dia 12 de Junho, contando com a presença do bispo de Mindelo, Dom Ildo Fortes, toda a comunidade vai sentar-se à volta do tema “O papel da Igreja Católica no desenvolvimento da ilha".

No dia 13 de Junho, dia de Santo António, vai acontecer a Eucaristia solene em honra ao santo padroeiro de Espargos, pelas 11:00, seguida de almoço partilhado no pátio da igreja.

NA/HF

Inforpress/Fim

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Scarsil Rocha expõe “Kaminhada” no Palácio da Cultura Ildo Lobo

Cidade da Praia, 13 Mai (Inforpress) – A artista e curadora Silviana “Scarsil” Rocha abre esta sexta-feira, 17, no Palácio da Cultura Ildo Lobo, a exposição de pintura “Kaminhada”, que reúne obras desenvolvidas no decorrer do seu percurso académico.

A exposição, que estará patente durante um mês, conta com o financiamento do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas através do Edital Fomento à Criação Artística Nacional 2023, e reúne obras desenvolvidas no decorrer do seu percurso académico.

A ideia da exposição surgiu, conforme contou à Inforpress a artista, a partir do momento em que participou na edição Fomento à Criação Artística Nacional em 2023, em que foi uma das seleccionadas.

“E sempre também da vontade de mostrar um pouco o meu trabalho durante todo o meu percurso académico”, disse, avançando que serão 11 quadros expostos de diferentes períodos.

Explicou que por a obra ser inspirada também um pouco na natureza quis trazer este título para mostrar esta conexão com a natureza, pelo que diz esperar que os visitantes possam apreciar o seu trabalho e consigam conectar um pouco com este mundo e verem a caminhada como um processo contínuo.

Scarsil Rocha é licenciada em pintura e mestre na área de crítica, curadoria e teorias de arte.

A abertura da exposição está marcada para sexta-feira, 17 de Maio, às 17:30, no Palácio da Cultura Ildo Lobo, na Cidade da Praia.

ET/ZS

Inforpress/Fim

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Basquetebol/Santiago Sul: Prédio - Bairro e ABC - Revolutions são os jogos dos play-off de acesso à final em sénior masculino

Cidade da Praia, 13 Mai (Inforpress) – Prédio - Bairro e ABC - Revolutions são os jogos dos play-off de acesso à final (meias-finais) do campeonato regional de basquetebol em Santiago Sul, em sénior masculino, definiu a classificação da fase preliminar da competição.

Conforme o regulamento da competição, o primeiro classificado da fase regular (Prédio) joga com o quarto (Bairro), e segundo (ABC) defronta o terceiro classificado (Revolution).

As meias-finais, cujo arranque está agendado para quarta-feira, 15, no pavilhão Vavá Duarte na Cidade da Praia, são disputadas no sistema de melhor de cinco jogos, enquanto que a final no melhor de sete partidas.

O regional de Santiago Sul época 2023/2024, que contou com nove equipas, marca o regresso da histórica formação do Bairro e as estreias dos Veteranos, São Filipe e Achadinha.

A primeira fase foi disputada no sistema de todos contra todos, a duas voltas, e transitaram para a fase dos play-off as quatro melhores classificadas.

Na classificação final, Prédio liderou com 46 pontos, seguido de ABC, como os mesmos pontos, Revolutions (38 pontos), Bairro (34 pontos), Veteranos (32 pontos), São Filipe (30 pontos), Guardiões (26 pontos), Achadinha (18 pontos) e Maracanã (desclassificado).

OM/ZS

Inforpress/Fim

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Fogo: Extracção de areia em Fonte Bila é única actividade ilegal que converge interesses políticos da situação e oposição – Herculano Dinis

São Filipe, 13 Mai (Inforpress) – A extracção de areia na praia de Fonte Bila, em São Filipe, é a única actividade ilegal que consegue convergir os interesses políticos da situação e da oposição em Cabo Verde, considerou o biólogo Herculano Dinis.

O biólogo, que é director executivo da Associação Projecto Vitó, utilizou a sua página nas redes sociais para criticar a extracção de areia na praia de Fonte Bila, classificando o acto como “um autêntico “complô” para a destruição ambiental sobre a “falsa” justificativa de desenvolvimento económico”.

Segundo o mesmo, esta actividade, que é ilegalmente autorizada pelos Ministérios da Agricultura e Ambiente e do Mar através do despacho conjunto dos ministros Gilberto Silva e Abraão Vicente, conta com o silêncio da presidência da Reserva de Biosfera da ilha do Fogo e da câmara de São Filipe, Nuías Silva.

“Acabamos, há menos de dois meses, de encerrar um grande encontro das reservas da Biosfera da CPLP na ilha do Fogo. Seis países participaram e o evento foi encerrado com a declaração de São Filipe, promovida pelo presidente da Reserva da Biosfera da ilha do Fogo”, escreveu Herculano Dinis, sublinhando que a referida declaração está a ser “completamente rasgada, com a prática vergonhosa” de extracção de areia na principal praia da cidade e da Reserva da Biosfera da ilha.

Herculano Dinis lembra ainda que da “rica agenda” recente de entidades como a Presidência da República, o ministro do Mar e do primeiro-ministro em fóruns, conferência, colóquios com discursos políticos elaborados puseram a tónica na necessidade de conservação do Alto Mar, dos ecossistemas marinhos, das zonas costeiras, das comunidades locais ou até sobre economia azul ou conservação da biodiversidade.

“Isso tudo parece ser uma política pública que não inclui a ilha do Fogo”, desabafa Herculano Dinis, lembrando que está com 15 anos desta luta e está “seguro” que é uma guerra perdida.

Este alertou ainda para as consequências desta “trágica decisão política”, que, a seu ver, vão ser vividas ainda nessa geração, recordando que o que está a acontecer no Brasil, Japão ou qualquer outro país costeiro poderá chegar a Cabo Verde que não está imune às mudanças climáticas.

A Inforpress tentou ouvir o biólogo Herculano Dinis para mais detalhes sobre a extracção da areia na praia de Fonte Bila, mas sem sucesso já que o mesmo encontra-se ausente da ilha do Fogo.

JR/ZS

Inforpress/Fim

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Portugal: ISCTE comemora 50 anos do 25 de Abril com debate sobre Campo de Concentração do Tarrafal

Lisboa, 13 Mai (Inforpress) – O ISCTE tem a decorrer, entre Março e Junho, um conjunto de iniciativas para assinalar os 50 anos do 25 de Abril e hoje promoveu um debate sobre o Campo de Concentração do Tarrafal.

O debate aconteceu na sequência da exibição do documentário “Memórias do campo da morte lenta”, da jornalista Diana Andringa, e contou com a participação da investigadora Ana Mouta Faria, com o ex-conselheiro da Revolução José Miguel Judas e com a autora da tese “Os militares portugueses e a descolonização de Cabo Verde”, Sandra Cunha Pires.

Todos os participantes no debate entenderam que o documentário com a duração de quase uma hora e meia, destaca dois momentos do Campo de Concentração do Tarrafal, ou seja, o primeiro com a sua abertura em 1936, com os presos portugueses, depois o segundo, com os presos políticos das colónias portuguesas a partir dos anos de 1960.

O documentário traz entrevistas com os presos angolanos, guineenses e cabo-verdianos, tentando “reconstruir” o quotidiano do Campo de Concentração do Tarrafal, mostrando a “dureza” da vida das pessoas que estiveram presas durante vários anos, culminando com a “alegria da liberdade”, apesar de tudo pelo que passaram.

Na sua intervenção, Ana Mouta Faria lembrou que havia 4.269 presos políticos na altura da revolução de 25 de Abril de 1974, sendo que, das colónias africanas eram 588, em diferentes locais, como em Portugal, Angola e Cabo Verde, incluindo 26 cabo-verdianos.

“A revolução do 25 de Abril de 1974 trouxe os dois primeiros impactos imediatos: a libertação dos presos políticos, incluindo no Tarrafal, a 01 de Maio de 1974, e o desmantelamento da PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado), criada em 1945”, disse a investigadora Ana Mouta Faria.

Por sua vez, Sandra Cunha Pires acrescentou que de 1961 a 1971, havia 73 presos políticos em diferentes locais, incluindo no Campo de Concentração do Tarrafal.

“No 25 de Abril de 1974, havia 26 presos políticos cabo-verdianos, sendo que 14 estavam no Tarrafal e 12 em Angola”, indicou.

A conversa foi moderada pela professora Luísa Tiago de Oliveira, docente e investigadora do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), momento que foi encerrado com poemas declamadas pelo grupo Voz de Terra, com os elementos Regina Correia e Teresa Noronha, e interpretação de Mornas pela voz de Nanny Lima, acompanhada de Heloísa Monteiro e António Lima.

Entre outras iniciativas dessa instituição do ensino superior, no dia 01 de Abril foi inaugurada a exposição itinerante da Sociedade Portuguesa de Autores que está patente na Biblioteca do ISCTE até 31 de Maio, sobre a “Guerra Colonial: Tarrafal 50 anos depois”, que mostra uma retrospectiva dos 50 anos do início da guerra colonial e da reabertura do Campo de Concentração do Tarrafal, composta por 29 painéis.

A representar Cabo Verde no evento, estiveram a ministra plenipotenciária Ana Reis e a gestora do Centro Cultural Cabo Verde (CCCV), Ângela Barbosa.

DR/HF

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Moçambique trabalha com a Rússia para esclarecer circunstâncias da morte de embaixador - MNE

Maputo, 13 Mai (Inforpress) - O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique garantiu hoje que “está a trabalhar em coordenação” com a Embaixada da Rússia em Maputo para esclarecer as circunstâncias da morte do embaixador Alexander Surikov, no sábado.

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação está a trabalhar em coordenação com a Embaixada da Federação da Rússia, em Maputo, nos termos da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e Consulares, para o esclarecimento das circunstâncias da sua morte”, afirmou o porta-voz daquele ministério, José Matsinhe, numa declaração à imprensa, hoje, em Maputo.

Segundo o porta-voz, os contactos visam, igualmente, “garantir a solenidade devida na transladação do corpo do malogrado para a Federação da Rússia”.

O ministério reconhece que o embaixador Surikov, nas funções desde 2017, “não mediu esforços para a materialização” do “estreitamento das relações de amizade e cooperação” entre os dois países, salientou.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, endereçou hoje uma mensagem de condolências ao homólogo russo, Vladimir Putin, pela morte em Maputo do embaixador Alexander Surikov, assegurando apoio no processo “subsequente”.

“A partida precoce do embaixador Surikov, um diplomata dedicado, com qualidades excecionais que, com profissionalismo ímpar, soube defender os interesses do seu país, enquanto impulsionava uma cooperação profícua entre os nossos dois países, deixa um vazio imenso”, refere a mensagem de condolências do Presidente moçambicano.

Na mesma mensagem, Filipe Nyusi reitera a “solidariedade” e “o apoio total do Governo de Moçambique aos trâmites subsequentes”.

O Ministério Público moçambicano disse hoje que desconhece a alegada decisão das autoridades russas de não autorizarem a autópsia do embaixador da Rússia.

Alexander Surikov, 68 anos, foi encontrado morto, no sábado à noite, na residência oficial em Maputo e, segundo a polícia moçambicana, as autoridades russas não autorizaram qualquer exame ao corpo.

“Sobre este assunto [a não autorização de autópsia] não poderei falar (…). Não tenho conhecimento. Mas naturalmente qualquer ocorrência criminal, se for caso, o Ministério Público toma conhecimento”, afirmou à comunicação social o porta-voz do Procuradoria-Geral da República, Nazimo Mussá, à margem da reunião da entidade em Maputo.

Segundo uma informação da Polícia da República de Moçambique (PRM) a que a Lusa teve acesso no domingo, a “presunção” da investigação é de “morte súbita por causas indeterminadas”, contudo, quando o piquete policial chegou à morgue do Hospital Central de Maputo “constatou que o corpo já tinha sido acondicionado”.

“E, por orientações vindas da Rússia, as quais chegaram à equipa técnica do piquete através do cônsul daquela Federação, o senhor Yuri Doroshenkov, o qual esteve presente na morgue acompanhado com o encarregado de segurança da embaixada, foi orientado a não fazer qualquer (…) exame do corpo e muito menos autópsia”, refere-se na informação.

“Porém, a equipa técnica colheu fotografias do corpo do finado estando na gaveta, foram feitas fotografias à residência do mesmo e colheu-se o depoimento do cônsul”, acrescentou.

Numa das poucas declarações à comunicação social, o embaixador Surikov tinha transmitido, em entrevista à Lusa, em 02 de Fevereiro, a disponibilidade de Moscovo para apoiar Maputo no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, em caso de uma solicitação, assinalando, contudo, que o apoio que o país está a receber é suficiente.

“Nós temos experiência de largos anos de cooperação na esfera militar com Moçambique, ajudamos este país a construir as suas forças armadas e eles sabem perfeitamente sobre as nossas capacidades. Se eles necessitarem de alguma ajuda específica, estamos sempre ao lado”, declarou na altura.

Inforpress/Lusa

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