São Vicente: Vereador de património contraria ministro do Mar ao dizer que projecto de mercado de peixe sempre existiu (c/áudio)

Mindelo, 28 Fev (Inforpress) – O vereador de Património e Contratação Pública da Câmara Municipal de São Vicente, Rodrigo Rendall Martins contrariou hoje as declarações do ministro do Mar assegurando que o projecto de requalificação do mercado de peixe sempre existiu.

Segundo o autarca, que falava em conferência de imprensa no Mindelo, o projecto existente, era um municipal, estava orçado em 39 mil contos, contou com apoio do Fundo do Turismo e não tinha a dimensão do projecto actual.

Conforme explicou, as obras foram iniciadas, mas pararam porque surgiu já na altura a possibilidade de uma requalificação mais abrangente, apoiada pelo Banco Mundial que envolve outros valores que a câmara municipal não tem possibilidades de arcar.

“Para dissipar qualquer dúvida em relação a este projecto e para evitar também certos ruídos que foram também aí referenciados no sentido de auditorias, que a Câmara aplicou verbas elevadíssimas no mercado, o que não corresponde à verdade. A Câmara Municipal iniciou obras com recursos próprios e não foram, na altura, aplicados valores astronómicos”, afirmou a mesma fonte, para quem foram gastos cerca de quatro mil contos nessa requalificação.

Questionado se acha normal que um novo projecto seja apresentado agora em 2025 pelo Governo tendo em conta que as obras de requalificação foram lançadas em 2020 e a própria câmara justificou o atraso nessas obras com a pandemia da covid-19 o autarca disse que “a câmara sempre teve a intenção de terminar as obras do mercado de peixe, que seria executado em fases”.

Rodrigo Martins foi questionado ainda o porquê de se iniciar gastar cerca de quatro mil contos nesse projecto para depois demolir, tendo em conta a eficácia na gestão do dinheiro público e o mesmo considerou que “as pessoas têm de olhar aquilo que é positivo”, neste caso, pelo surgimento do financiamento do Banco Mundial.

“Neste momento, nós temos um projecto mais interessante, mais ambicioso e um novo mercado, com todas as valências que o mercado vai ter, temos é que estar satisfeitos”.

Sobre as declarações do ex-presidente da Associação dos Armadores de Pesca (Apesc) que uma auditoria sobre o dinheiro dos fundos Autónomo de Pescas e do Turismo o autarca explicou que “as contas e os processos estão na câmara municipal, pelo que a Apesc deveria ir atrás de informações concretas, e essas mesmas contas já foram auditadas pelo Tribunal de Contas.

Instado ainda a pronunciar sobre que intervenções foram feitas com a requalificação e sobre as críticas da população de que a era uma obra eleitoralista, o vereador explicou que foram feitas o melhoramento das bancadas, e na parte do tratamento do peixe aquisição de equipamentos.

Também afirmou que o projecto não era eleitoralista porque a autarquia realiza obras a todo o momento.

CD/HF

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