São Vicente: Electra já produz 7.800 metros cúbicos de água por dia (c/áudio)

Mindelo, 20 Ago (Inforpress) – O administrador-executivo da Electra disse hoje que a empresa já atingiu a máxima produção, cerca de 7.800 metros cúbicos de água por dia, pelo que prevê normalizar o abastecimento dentro de 15 dias.

Antão Cruz falava à imprensa durante uma visita à estação de captação de água da Electra em João Ribeiro, na companhia do ministro da Administração Interna, Paulo Rocha.

“Temos duas unidades de 5.000 metros cúbicos (m³) instalados. Mas a produção tem estado à volta dos 7.800 m³. É aquela que temos garantido com duas máquinas de captação aqui em João Ribeiro. É o suficiente”, afirmou.

O administrador-executivo informou que hoje a Electra vai operacionalizar o terceiro motor, uma motobomba, que vai permitir que as duas que estão em funcionamento trabalhem com o caudal mais baixo, que é o sistema normal de operação, para não desgastar muito as bombas em termos de operação.

Além disso, avançou, tencionam colocar também a bomba de reserva operacional ainda hoje.

Com as máquinas todas funcionais, segundo Antão Cruz, a ideia é normalizar a situação da distribuição em São Vicente num prazo de 15 dias.

No entanto, apesar de já ter divulgado o calendário de distribuição, o administrador-executivo da Electra alertou que a distribuição pode sofrer alterações por causa de ruptura de algumas tubagens.

“Nós, neste momento, não podemos nos dar ao luxo de ter perdas de água. Então, vamos de imediato fechar a conduta da zona afectada e fazer a reparação imediata. Já na semana passada, e durante um momento em que não tínhamos água, identificámos vários pontos onde as condutas estavam danificadas”, adiantou a mesma fonte acrescentando que fizeram a reparação de várias condutas, durante a semana passada, e esta semana continuarão a identificar e a reparar mais algumas.

As chuvas que caíram na segunda-feira, 11, devido à passagem da tempestade tropical Erin causaram vários danos materiais, como arraste de viaturas para o mar, deslizamento de terra e desmoronamento de casas, sobretudo, de lata, quebra nos sistemas eléctricos e de telecomunicações, morte de animais, além de perda de vidas humanas.

Decorrente desta catástrofe, contabilizam-se nove mortos e duas pessoas desaparecidas, mas, conforme o Gabinete de Crise, as buscas continuam tanto em terra como no mar. 

As ilhas de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau está sob o Estado de Calamidade, decretada pelo Governo.

CD/HF

Inforpress/Fim