São Vicente/Chuvas: Governo destaca necessidade de reforçar resiliência do sistema de água (c/áudio)

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São Vicente/Chuvas: Governo destaca necessidade de reforçar resiliência do sistema de água (c/áudio)
20/08/25 - 05:53 pm

Mindelo, 20 Ago (Inforpress) – O ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, destacou hoje a necessidade de reforçar a resiliência do sistema de captação de água em São Vicente e de criar uma zona de captação alternativa, num outro ponto da ilha.  

Paulo Rocha, que falava à imprensa durante uma visita à estação de captação de água da Electra em João Ribeiro, disse que a ideia de garantir mais resiliência do ponto de captação é para evitar que os equipamentos, que são vulneráveis, sejam comprometidos face a um evento igual  à  tempestade do dia 11 de Agosto.

“Sem nenhuma dúvida que aqui tem de merecer uma atenção particular de forma a que os efeitos do mau tempo não se façam sentir com tamanha gravidade como aconteceu agora”, afirmou.

Segundo o ministro há uma discussão também à volta de um ponto de captação alternativo num outro local da ilha. Reconheceu que é “um investimento grande que tem que ser equacionado”, mas que se justifica tendo em conta aquilo que é a dimensão da ilha e as suas vulnerabilidades”.

Segundo o governante isto tudo estará a ser questionado no plano de reconstrução da ilha.

Por sua vez, o administrador-executivo da Electra, Antão Cruz, disse que a há vários elementos que indicam a necessidade de ter resiliência e ter outros pontos de captação e dessalinização.

“O sistema de distribuição na ilha de São Vicente já estava num nível em que, efectivamente, as pessoas começaram a construir acima do nível dos reservatórios. Portanto, isso implica que, mesmo com a actual rede, as pessoas já não tinham acesso à água, por causa das construções em níveis muito elevados”, esclareceu a mesma fonte.

Segundo Antão Cruz, a Electra já tinha identificado alguns desses elementos, mas esta situação veio colocar a nu essa preocupação maior.

“Essa preocupação já existia, agora é o momento de arregaçar as mangas e aproveitar eventuais financiamentos que possam surgir, porque estamos a falar de valores avultadíssimos, de forma a tornar todo o sistema de produção e distribuição da ilha mais resiliente e sustentável”, afirmou.

As chuvas que caíram na segunda-feira, 11, devido à passagem da tempestade tropical Erin causaram vários danos materiais, como arraste de viaturas para o mar, deslizamento de terra e desmoronamento de casas, sobretudo, de lata, quebra nos sistemas eléctricos e de telecomunicações, morte de animais, além de perda de vidas humanas.

Decorrente desta catástrofe, contabilizam-se nove mortos e duas pessoas desaparecidas, mas, conforme o Gabinete de Crise, as buscas continuam tanto em terra como no mar. 

As ilhas de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau está sob Estado de Calamidade, decretada pelo Governo.

CD/HF

Inforpress/Fim

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