Ribeira Grande, 31 Jul (Inforpress) – O secretário permanente do SLTSA denunciou hoje a situação “crítica” dos auxiliares de saúde do Hospital Regional João Morais, ameaçando com greve e manifestação, caso o Ministério da Saúde não responda às reivindicações.
Em declarações à imprensa, após um encontro com os profissionais auxiliares, ajudantes dos serviços gerais e pessoal de apoio operacional do Hospital Regional João Morais, o secretário permanente do Sindicato Livre dos Trabalhadores de Santo Antão (SLTSA), Carlos Bartolomeu, afirmou que o sindicato está no terreno “para tratar de pendências antigas”, tanto a nível da gestão do hospital como do próprio Ministério da Saúde.
O sindicalista sublinhou que há um défice “grave” de recursos humanos, o que tem vindo a sobrecarregar os poucos profissionais no activo, em particular os ajudantes de serviços gerais.
“Estão física e psicologicamente desgastados, sentem-se desrespeitados”, afirmou.
Outro ponto de preocupação está relacionado com os motoristas encarregues da transferência de pacientes para o Hospital Baptista de Sousa, em São Vicente.
Segundo Carlos Bartolomeu, estes recebem uma ajuda de custo de 2.800 escudos por missão, enquanto o alojamento mínimo ronda os 3.000 escudos.
“Pergunto como é que eles se alimentam? O senhor ministro da Saúde quer que durmam na ambulância ou na praça?”, criticou.
O dirigente sindical denunciou ainda que há auxiliares a receber salários abaixo do valor mínimo previsto na legislação recentemente aprovada.
“Há trabalhadores que recebem apenas 13 mil escudos líquidos, quando, segundo a lei, deveriam ter um salário bruto de cerca de 19 mil escudos, o que corresponderia a pelo menos 17 mil escudos líquidos. E, ainda mais grave, muitos não têm, sequer, inscrição no INPS”, denunciou.
Face a esta realidade, o SLTSA admite avançar com uma greve e eventual manifestação, caso não haja uma resposta concreta das autoridades competentes.
“Estes profissionais estão a ser lesados e queremos dar-lhes vez e voz. Esperamos que o Ministério da Saúde dê a devida atenção a estas justas reivindicações”, enfatizou.
LFS/HF
Inforpress/Fim
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