Santa Catarina: Psicóloga pede um olhar atento e escuta activa na prevenção do suicídio (c/áudio)

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Santa Catarina: Psicóloga pede um olhar atento e escuta activa na prevenção do suicídio (c/áudio)
10/09/24 - 07:59 pm

Assomada, 10 Set (Inforpress) – A psicóloga clínica e coordenadora do programa de Saúde Mental na Delegacia de Saúde de Santa Catarina apelou hoje para a importância de um olhar mais atento e uma escuta activa de todos, como parte essencial na prevenção do suicídio.

Maria Nascimento Semedo fez este apelo em declarações à Inforpress no Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, destacando que, em muitos casos, é possível evitar o suicídio se houver atenção redobrada aos sinais que as pessoas em sofrimento emocional apresentam.

Segundo a especialista, "as pessoas que se suicidam geralmente dão sinais", mas muitas vezes estes não são compreendidos pelas pessoas próximas, que podem não perceber que se trata de um pedido de ajuda.

A psicóloga sublinhou a importância de os familiares e amigos estarem atentos a mudanças de comportamento, isolamento e outros sinais que possam indicar pensamentos suicidas.

Embora não tenha fornecido números concretos sobre casos em Santa Catarina, indicou que a camada jovem tem merecido atenção especial nos últimos meses.

Para combater os tabus que ainda cercam o suicídio, a Delegacia de Saúde de Santa Catarina tem promovido ações de sensibilização junto das comunidades, escolas e instituições de saúde.

No contexto do "Setembro Amarelo", mês dedicado à prevenção do suicídio e à saúde mental, foram organizadas iniciativas como o "dia do abraço", além de conversas abertas e palestras para informar e consciencializar a população.

Maria Nascimento Semedo alertou ainda que muitos tabus persistem em torno do suicídio, dificultando o reconhecimento e a resposta adequada aos sinais de alerta.

A equipa da delegacia tem trabalhado em conjunto com escolas, instituições de saúde e a sociedade civil para quebrar essas barreiras e promover a prevenção.

Em Cabo Verde, o suicídio tem vindo a ser uma preocupação crescente nas últimas décadas. O Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) aponta fatores como depressão, problemas familiares e dificuldades económicas como algumas das principais causas.

Embora os números possam parecer pequenos, o impacto nas comunidades é significativo, sendo que a subnotificação e o estigma em torno do suicídio ainda representam desafios para a sua prevenção e tratamento adequado no país.

MC/CP

Inforpress/Fim

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