
Washington, 14 Dez (Inforpress) - Donald Trump reconheceu que os republicanos podem perder as eleições intercalares de 2026, apesar do que considera o sucesso da política económica da Casa Branca, numa entrevista concedida ao Wall Street Journal (WSJ) publicada no sábado.
"Criei a maior economia da história. Mas leva tempo para as pessoas perceberem isso", afirmou o Presidente dos Estados Unidos na entrevista que o jornal económico diz ter realizado na sexta-feira no Sala Oval da Casa Branca.
"Todo esse dinheiro que está a entrar no nosso país [permite] neste momento construir coisas: fábricas de automóveis, inteligência artificial (IA), muitas coisas. [Mas] não posso dizer como isso será traduzido pelo eleitor. Tudo o que posso fazer é o meu trabalho", admitiu o chefe de Estado republicano.
Donald Trump afirma regularmente que a economia dos Estados Unidos está a florescer desde o seu regresso à Casa Branca em 20 de Janeiro, e continua a atribuir a responsabilidade pela inflação ao antecessor democrata, Joe Biden.
"Acho que daqui a alguns meses, quando falarmos das eleições, o nível dos preços estará bom", afirmou ao WSJ, quando falta menos de um ano para as eleições a meio de mandato, que permitirão, no início de Novembro de 2026, renovar a Câmara dos Representantes e um terço do Senado.
"Mesmo aqueles que tiveram uma presidência bem-sucedida", sofreram reveses, reconheceu o ex-promotor imobiliário de 79 anos, eleito pela primeira vez em 2016.
"Veremos o que vai acontecer. Devemos ganhar. Mas, estatisticamente, é muito difícil ganhar", admitiu Trump.
De acordo com uma sondagem de opinião da Universidade de Chicago para a agência Associated Press, publicada na passada quinta-feira, apenas 31% dos norte-americanos estão satisfeitos com a política económica de Donald Trump.
"Quando é que as sondagens irão a grandeza da América de hoje?", questionou na rede social que lhe pertence, Truth Social. "Quando é que finalmente dirão que eu criei, sem inflação, talvez a melhor economia da história do nosso país? Quando é que as pessoas vão entender o que está a acontecer?", acrescentou numa publicação esta sexta-feira.
Inforpress/Lusa
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