Cidade da Praia, 18 Jul (Inforpress) - Os jornalistas Edisângela Tavares e Sheila Ribeiro (Expresso das Ilhas), Teresa Monteiro Pinto (RTCV) e Ângelo Semedo (Deutsche Welle) são os vencedores do Prémio de Jornalismo Fundação Merck 2024, entregue hoje, na Praia, pela primeira-dama.
Na ocasião, Débora Katísia Carvalho explicou que “Mais do que uma mãe” foi escolhido com o objectivo de permitir que os jornalistas possam dar voz a quem não a tenham para dizer o que “pensam e sentem”.
“Este ano temos quatro premiados, sendo dois na categoria imprensa, um rádio e o outro na categoria multimédia. Fico sempre muito orgulhosa quando nos enviam a lista dos países que participaram neste concurso e vemos lá cabo-verdianos”, disse, realçando que no ano passado foram premiados três jornalistas cabo-verdianos e que este ano foram quatro.
Débora Katísa Carvalho afirmou estar satisfeita com este trabalho que leva os jornalistas a exporem determinadas realidades não benéficas a sociedade e que acabam por ser conhecidos, debatidos, mas que também influenciam e a forma de fazer políticas públicas para determinados temas.
“E é bom ver que vocês trazem esses temas de violência baseada no género que é uma nódoa na nossa sociedade e precisamos limpar, falar sem tabus da educação que nós damos aos nossos rapazes, aos nossos meninos e homens que são os agressores”, realçou, manifestando a sua preocupação com o abandono escolar masculino, com a gravidez precoce e outros temas.
Neste âmbito desafiou os jornalistas a participarem no Prémio de Jornalismo Fundação Merck e a denunciar temas de interesse social.
Em 2023, Cabo Verde foi alvo de três prémios e este ano aumentou o número de premiados para quatro.
A representante da AJOC na cerimónia de entrega dos prémios, Gisela Coelho, que agradeceu a participação dos jornalistas no prémio, lamentou a fraca participação dos colegas para estimular, incentivar e parabenizar os laureados.
“Estes prémios que vocês vão receber hoje retratam, um pouco isso, a luta, a resiliência do jornalista e a vontade de dar voz às pessoas”, disse.
Para os premiados foi com muita “satisfação” que receberam a notícia de serem vencedores no Prémio de Jornalismo Fundação Merck.
A Fundação Merck, criada em 2017, é o braço filantrópico da Merck KGaA Alemanha, visa melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas e as suas vidas por meio da ciência e da tecnologia.
O Prémio Jornalismo Merck, também conhecido como Prémio de Jornalismo Fundação Merck 'Mais do que uma Mãe', é uma iniciativa da Fundação Merck que visa reconhecer e premiar jornalistas que produzem trabalhos de excelência na área do jornalismo, com foco em temas relacionados com saúde, equidade de género e direitos das mulheres.
O prémio procura incentivar a produção de conteúdos que abordam questões cruciais para a sociedade, contribuindo para um futuro mais inclusivo e justo.
PC/AA
Inforpress/Fim
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