Mindelo, 04 Set (Inforpress) – A Escola José Augusto Pinto, em São Vicente, foi pintada por populares em reconhecimento pelo acolhimento de desalojados da tempestade Erin e agora passará por um processo de desinfestação antes da abertura para o ano lectivo.
A iniciativa partiu de Balta Bem David e seus companheiros e enquadrado na iniciativa “Um parede de cada vez” (Uma parede de cada vez, em português), e surgiu como uma forma de agradecimento pelo trabalho da direcção da escola na assistência às famílias afectadas pelas chuvas.
“Fizeram em reconhecimento e ajudaram a embelezar a escola”, sublinhou à Inforpress a directora daquele estabelecimento de ensino, Dirce da Luz, que agradeceu o “gesto nobre”.
Segundo a mesma fonte, a pintura já estava nos planos após a correcção de infiltrações na fachada, mas agora aconteceu mais rápido numa parceria entre o grupo de “Um parede de cada vez” e a direcção do liceu, que também contribui com algum montante.
Dirce da Luz disse ainda que neste momento está sendo feita a reorganização da escola após a saída dos 151 desalojados na terça-feira, 02 de Setembro.
Colchões e outros materiais foram retirados por militares e o estabelecimento será desinfestado na sexta-feira, 05 de Setembro, em acção promovida pela Delegacia de Saúde de São Vicente.
De seguida, a Escola José Augusto Pinto deverá estar pronta para receber cerca de 1.700 alunos do 1.º ao 12.º anos, que já podem consultar as informações sobre a sala, professores e outras, já disponíveis na página de Facebook da instituição.
A directora informou que somente a lista das turmas ainda não foi afixada no átrio da escola devido à reorganização que está sendo feita, mas vai acontecer “assim que possível”.
Contudo, Dirce da Luz afirmou que as listas nominais dos alunos já podem ser consultadas online, através do Portal Porton di Nôs Ilha e da plataforma Skola.
A tempestade Erin, ocorrida na madrugada do dia 11 de Agosto, inundou bairros, destruiu estradas e estabelecimentos comerciais, afectou o abastecimento de energia e água e provocou nove mortos, havendo ainda duas pessoas desaparecidas e vários desalojados.
Na sequência, o Governo declarou situação de calamidade por seis meses em São Vicente, Porto Novo (Santo Antão) e nos concelhos de São Nicolau, outros dos pontos do país afectados.
Foi aprovado um plano de resposta com apoios de emergência às famílias e actividades económicas, incluindo linhas de crédito bonificadas e verbas a fundo perdido, financiadas pelo Fundo Nacional de Emergência e pelo Fundo Soberano de Emergência, criado em 2019.
LN/CP
Inforpress/Fim
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