Carnaval/Praia: Grupos oficiais denunciam incumprimento da câmara municipal e exigem pagamento de subsídio

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Carnaval/Praia: Grupos oficiais denunciam incumprimento da câmara municipal e exigem pagamento de subsídio
08/09/25 - 12:28 pm

Cidade da Praia, 08 Set (Inforpress) - Os grupos oficiais do Carnaval, na cidade da Praia, denunciaram hoje o não pagamento da terceira tranche do subsídio acordado com a câmara municipal para o Carnaval’2025, no montante de 600 mil escudos por grupo.

Em representação aos cinco grupos oficiais, o responsável do Bloco Afro Abel Djassi, Gamal Mascarenhas, informou que apesar de já terem sido desbloqueados os prémios após reclamações anteriores “o grosso do compromisso financeiro” referente à terceira tranche continua em falta.

“Nunca pensávamos que, a esta altura do ano, estaríamos nesta situação. Já estamos no segundo semestre, a caminho do último trimestre, e consideramos abusivo este atraso”, criticou.

O representante recordou ainda que, no Fórum do Carnaval, realizado em 2024, antes das eleições autárquicas, ficou estabelecido que os subsídios passariam a ser atribuídos com seis meses de antecedência.

Contudo, salientou que se está a menos de seis meses do Carnaval de 2026 e ainda “com pendências gravíssimas” do Carnaval de 2025.

Gamal Mascarenhas acusa a autarquia de “indiferença e falta de diálogo”, referindo que os grupos “não têm recebido respostas oficiais”.

“Tentámos todas as vias de contacto, mas a câmara não atende e não dá satisfação. Houve até recados indiretos de que não se gostou da nossa última conferência de imprensa, mas o que não gostamos é de ver compromissos não cumpridos”, apontou.

Apesar das dificuldades, os grupos garantem que o Carnaval de 2026 não está em risco, sublinhando que a festa “é feita por amor e não será abandonada”.

Gamal Mascarenhas anunciou que os grupos avançarão com a criação de uma liga independente, cuja comissão instaladora será apresentada brevemente.

“Estamos a unir forças para defender e valorizar o Carnaval da Praia, que não pertence apenas aos grupos, mas sim à cidade, ao povo e ao futuro das nossas tradições. O Carnaval é cultura, é economia, é do povo. Vamos juntos defendê-lo”, finalizou Gamal Mascarenhas.

TC/AA

Inforpress/Fim

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