Porto Novo, 19 Set (Inforpress) – A edil porto-novense disse quinta-feira que a Câmara Municipal do Porto Novo se prepara para recorrer a “parceiros complementares” para poder socorrer as comunidades afectadas pelas cheias que fustigaram este município em Agosto e Setembro.
Elisa Pinheiro, que falava num encontro com criadores de gado e agricultores, disse que face à demora do Governo no desbloqueio de fundos para o município, no âmbito do Fundo de Emergência Nacional (FEN) e dos parceiros de desenvolvimento, vai recorrer a parceiros para socorrer a população.
A autarca reafirmou que a sua edilidade ainda não recebeu “um tostão do Governo” no quadro do FEN e dos apoios concedidos ao país pelos parceiros de desenvolvimento, mas, mesmo assim, a câmara municipal tem “feito um esforço enorme” no apoio às comunidades atingidas pelas cheias.
“Do Governo ainda não recebemos um tostão. Então, vamos recorrer a parceiros complementares, como o Sistema das Nações Unidas, a cooperação luxemburguesa, os municípios geminados e a diáspora, para ajudar Porto Novo”, notou a presidente da edilidade porto-novense.
A edil apelou ao Governo para, no quadro das medidas de apoio ao sector primário, apoiar os agricultores e criadores de gado que foram afectados pelas cheias, alertando que há criadores que perderam o seu gado e lavradores que estão de braços cruzados por ter perdido as suas parcelas.
Elisa Pinheiro disse, porém, que Porto Novo tem sido alvo de acções de solidariedade da sociedade civil e que o executivo está a preparar-se para iniciar um programa de apoio às famílias a nível de recuperação de habitações.
Nesta altura, as intervenções incidem, sobretudo, na recuperação das estradas municipais e das redes de distribuição de água, conforme a presidente da câmara, que prometeu a abertura de novas frentes para prosseguir com a melhoria das acessibilidades (estradas e caminhos).
Uma das “situações urgentes” com as quais o executivo se confrontou depois das cheias tem a ver com o corte no fornecimento de água ao Planalto Norte, devido a danos na nascente e no sistema de bombagem de água, situação que pode ficar normalizada ainda hoje, assegurou a autarquia.
JM/ZS
Inforpress/Fim
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